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As Runas Sagradas podem ser manipuladas de diversas formas para nosso benefício. Podemos usar os signos rúnicos de forma "mântica", ou seja, com a finalidade de predição, exatamente como o tarô. Também podemos utilizar os sinais rúnicos com finalidades diversas, como a cura, mentalizando certas runas nas partes enfermas do corpo. E finalmente, e esta é a justificativa deste texto gnóstico, podemos posicionar nosso corpo físico de tal forma que este se assemelhe a qualquer runa. 


Esta postura física que se assemelha ao desenho rúnico faz com que sintamos os benefícios energéticos da runa correspondente. Pela Lei das Correspondências, se usamos nosso corpo físico para tomar a forma de uma runa qualquer, nossa estrutura interior, com seus chacras, nadis e Centros Psíquicos, irá absorver a energia cósmica correspondente à runa imitada. Mas, antes, façamos um pequeno preâmbulo do que signifique o termo Runa.
Muitas e variadas são as definições da palavra Runa. Suas origens podem ser buscadas no antigo nórdico e anglo-saxão Run, no neo-islandês Runar ou no alemão arcaico Runa. Tais palavras por sua vez, derivam da palavra raiz indo-européia Ru, que tanto significa Mistério quanto Segredo.
Segundo os historiadores há inscrições rupestres pré-históricas, conhecidas como inscrições de Hallristinger, que foram feitas pelas tribos da era neolítica e da Idade do Bronze na região norte da Itália. Há grande semelhança entre o alfabeto rúnico antigo e a escrita etrusca.
Mitologicamente a criação das Runas é atribuída a Odin, Deus nórdico. Seu nome deriva do escandinavo arcaico Od, significando Vento ou Espírito. Afirma-se que Odin adquiriu o conhecimento secreto por um supremo ato de Auto-Sacrifício. Ele permaneceu suspenso por 9 (nove) dias e 9 (nove) noites empalado pela sua própria lança na Yggdrasil ou Árvore do Mundo, para obter a Sabedoria Proibida (ou seja, o número 9 e o empalamento simbolizam o sacrifício necessário para o despertar da Kundalini).
Afirma-se também que Odin bebeu longamente o sagrado caldo do caldeirão do deus Mimir (a transmutação), para aprender os mistérios da vida e da morte. O caldeirão é um símbolo antigo da Grande Deusa Mãe (Kundalini). Todos estes mitos indicam claramente um profundo simbolismo ao qual devemos reflexionar profundamente.
Segundo a tradição gnóstica, as runas são um alfabeto entregue nos primórdios da raça humana sobre a Terra. Mais precisamente na 1ª Raça Raiz (Raça Protoplasmática ou Polar), há muitos milhões de anos. Esse alfabeto foi trazido desde os mundos internos, as dimensões superiores da natureza para nosso benefício.
A sabedoria das Runas é realmente sagrada e o V.M. Samael a entrega decifrada e até experimentada. As Runas foram a linguagem sagrada dos primitivos Iniciados das primeiras raças humanas, cujo alfabeto constava originalmente de 22 caracteres ou letras com mágicos poderes esotéricos, 15 dos quais o V.M. Samael nos entrega decifrados e praticáveis.
Cada letra é uma Runa e esta é um símbolo hierático de divinos ensinamentos secretos. O discípulo poderá dispor seu corpo físico em determinada posição e assim assemelhá-lo aos símbolos rúnicos para executar práticas que despertam e desenvolvem os poderes interiores e mesmo nossa Consciência. A Runa é uma espécie de "Judô Cósmico", é também um meio de defesa psíquica com conexão cósmica. Essas posturas sagradas cósmicas deram origem, mais tarde, às Artes Marciais, como o Caratê, Kung-Fu, Judô etc.
Devemos lembrar que o ser humano é um trio de matéria, energia e consciência. Nossos dedos são como antenas (isto nos lembra o Teorema do Poder das Pontas, segundo a Radiônica) para captação de energia cósmica. Existem vórtices energéticos (chacras secundários) nas mãos (chacras palmares), nas plantas dos pés e nos joelhos (chacras devocionais). Trabalhando com as Runas ativamos esses vórtices e nos capacitamos a receber auxílio oriundo do Cosmos e da própria Mãe Terra.
Não devemos esquecer que tudo no Cosmos vibra, é energia, é som, é vida. A Sábia combinação dos movimentos físicos com os mantras cria condições internas de Ordem Superior, que nos ajudam a despertar nossa Consciência.
Alguns dos benefícios da prática constante e equilibrada da Magia das Runas:
  • Captação de Poderosas Energias do Universo para sutilização de nossa Vibração Interna.
  • Controle e harmonia do corpo físico através da postura.
  • Controle e equilíbrio dos pensamentos e das emoções por meio do som e das posturas.
  • Controle e fortalecimento da respiração por meio dos sons mântricos.
  • Ampliação de nossa consciência imediata, vivendo o "aqui-agora".
  • Ficar concentrado às mensagens das runas que ressoam desde os Mundos Divinos de nosso Ser, ou seja, desde os Mundos de Yggdrasil.
  • Controle da Vontade no sentido de direcioná-la a um determinado objetivo.

EXERCÍCIOS MÁGICOS DAS RUNAS

FA
Devemos saudar cada novo dia de imensa alegria, quando nos levantamos da cama, devemos elevar os braços para o Cristo-Sol, o Nosso Senhor, de tal forma que o braço esquerdo fique um pouco mais elevado que o direito. Assim, desta forma, nosso corpo físico tomará a forma desta Runa sagrada. As palmas das mãos permanecem diante da luz nessa inefável atitude de quem realmente aspira receber os divinos raios solares. Esta é a sagrada posição da Runa Fa.
Uma vez é assim postados, trabalharemos agora com o Pranayama, respirando pelo nariz e exalando o ar pela boca de maneira rítmica e com muita fé e Imaginação Criadora. Imaginemos que a luz do Cristo Cósmico entra em nós pelos dedos das mãos, circula pelos braços e inunda o nosso organismo, chegando até a Consciência, estimulando-a, despertando-a e chamando-a à atividade.
Também nas noites misteriosas e divinas, pratiquem este Judô Rúnico diante do céu estrelado de Urânia. A posição é a mesma, porém devemos acrescentar a seguinte oração:
Força Maravilhosa do Amor...
Força Maravilhosa do Amor...
Força Maravilhosa do Amor...
Avivai Meus Fogos Internos, para que Minha Consciência Desperte!

A seguir, vocalize os mantras:
FA...FE...FI...FO...FU...
Deve-se alongar o som nas vogais. (Cada sílaba deve ser vocalizada em uma respiração completa, até se expelir todo o ar dos pulmões.)
Esta pequena porém forte oração pode e deve ser feita com todo o coração tantas e quantas vezes desejar.
Planetas: Mercúrio e SolCor: Violeta

IS
Esta runa canaliza o poder de nossa Deusa Interior, conhecida entre os gnósticos como Mãe Divina, Ram-io ou Devi Kundalini Shakti. Os gnósticos afirmam que Deus desdobra-se como Pai e como Mãe. Como Pai é a Sabedoria Divina e como Mãe é o mais puro e inefável Amor. Pratiquemos esta runa para canalizar o Amor e o Poder da Mãe Divina.
Na posição militar de sentido, levantemos os braços para formar uma linha reta com o corpo. Depois de orar e pedir ajuda a Mãe Divina, cantemos o mantram Isis, assim:
Iiiiiiiiiiiiiiiisssssssss...
Alonga-se o som das letras e divide-se a palavra em duas sílabas: Is... Is...
Depois, deitamos, relaxamos o corpo e, cheios de êxtase, nos concentramos e meditamos em nossa Mãe Divina, suplicando-lhe aquilo que mais necessitamos: orientação, inspiração, saúde, força, compreensão para nosso trabalho psicológico íntimo.
Planeta: Lua
Cor: Prata

AR
O VM Samael nos ensina que o mantra desta runa é justamente a palavra sagrada Ário. O mantra Ario prepara os gnósticos para o advento do fogo sagrado. Pratique-o todas as manhãs e ao cantá-lo, dividam-no em três sílabas, ou seja, a cada respiração, uma sílaba:
A... RI... O...
Alongue o som de cada letra. Aconselha-se a empregar dez minutos diários nesta prática. Entre os inúmeros benefícios desta runa mágica, temos a canalização de nossas energias sexuais para o despertar da Consciência; o desbloqueio de nossos nadis e o equilíbrio dos Centros da máquina humana.
Planeta: Urano
Cor: Branco

SIG
Sugere-se selar sempre todos os trabalhos mágicos, orações, invocações, cadeias de cura etc. com esta Runa. Trace-a com a mão direita, estendendo o dedo indicador.
Execute o zig-zag do raio, de cima abaixo, ao mesmo tempo em que imita o som da letra S de maneira
prolongada, como um sibilo doce e aprazível:
Sssssssssssss...
Planeta: Netuno
Cor: Lilás

TYR
As práticas correspondentes à Runa Tyr, ou Tir, consistem em se colocar os braços estendidos de lado, fazendo o corpo tomar a posição da cruz. Em seguida, abaixe e levante as mãos lenta e ritmicamente (estas devem estar meio fechadas, como conchas a colher algo) enquanto se faz ressoar o poderoso mantra Tir, para despertar nossa Consciência.
Os sons das letras I e R são alongados:
Tiiiiiiiiirrrrrrrrrr...
Portanto, canta-se o mantra Tir prolongando bem as letras I e R, não se esquecendo de golpear com o T.
O T, ou Tau, golpeia a consciência procurando o seu despertar. O I trabalha intensamente com o sangue, o veículo da Essência, e o R, além de intensificar a circulação nas veias e vasos sangüíneos, opera maravilhas com as flamas ígneas, intensificando e estimulando o despertar de nossa consciência. Ótimo exercício para quem tem problemas de falta de memória, esquecimento, divagações, desatenções, fantasias e devaneios que a nada levam.
Planeta: Peixes
Cor: Laranja

BAR
Combine inteligentemente os exercícios das Runas Bar com os da Runa Tir. Levante os braços para o alto e abaixe as mãos como se fossem conchas, enquanto canta os mantras Tir e Bar, alternadamente, assim:
Tiiiiiiiiiirrrrrrrrr... Baaaaaaaaarrrrrrrrr... Tiiiiiiiiiirrrrrrrrr... Baaaaaaaaarrrrrrrrr...
Objetivos desta prática: 1. Mesclar sabiamente em nosso Universo Interno as forças mágicas das duas Runas. 2. Despertar a Consciência. 3. Acumular internamente átomos crísticos de altíssima voltagem.
Planeta: Áries
Cor: Vermelho


UR
Esta é outra runa sagrada que conecta nossa Consciência pessoal com a supraconsciência de nossa Mãe Divina. Amando a nossa Mãe Divina e pensando nesse Grande Ventre, onde os mundos são gerados, oremos diariamente assim:
Dentro do Meu Real Ser Interno Reside a Luz Divina.
Rrrrraaaaaammmmmmmm... iiiiiiiiioooooo... É a Mãe de meu Ser, é Devi Kundalini.
Raaaaammmmm iiiiiiiooooo... Ajuda-me...
Raaaaaaaammm iiiiiiooooo... Ilumina-me...
Raaaammmm iiiiiooooo... És minha Mãe Divina, Ísis minha, tu tens o Menino Hórus, meu verdadeiro ser, em teus braços... Preciso morrer em mim mesmo para que minha Essência se perca nele... nele... nele...
Esta oração se faz em frente ao Sol com as mãos levantadas, as pernas levemente abertas e o corpo agachado, como se esperando para receber Luz e mais Luz.
Constelação: Virgem
Cor: Azul

DORN (ou TORN)
Na posição militar de sentido, parado, com o rosto voltado para o Oriente, coloque os braço direito de tal maneira que a mão fique apoiada sobre a cintura ou quadril, descrevendo a forma desta Runa. Cante agora as seguintes sílabas mântricas:
TA... TE... TI... TO... TU...
Pratica-se este exercício todos os dias ao sair do Sol, com o propósito de desenvolvermos a Vontade-Cristo, a força de vontade Solar e Positiva, para que aprendamos com a Consciência a fazer a "Vontade do Pai que está em segredo".
Planeta: Sol
Constelação: Libra
Cores: Azul e Dourado

OS
Ou Runa Olin. Alterne sucessivamente os braços durante as práticas esotéricas com esta Runa. Inicialmente, coloque os braços para baixo, esta é a primeira posição. Depois, coloque-os na cintura como na Runa Dorn ou Torn. Repito que devem examinar cuidadosamente as duas representações gráficas da Runa Os.
Durante esta prática rúnica, combine rítmica e harmoniosamente os movimentos com a respiração. Inale o prana pelo nariz, exalando-o após pela boca, juntamente com o místico som Torn, no qual se alonga a pronúncia de cada letra:
Tooooooorrrrrrrrnnnnnnn...
Ao inalar, imagine as forças sexuais subindo desde as glândulas sexuais por esse par de cordões nervosos simpáticos conhecidos na Índia com os nomes de Idá e Píngala. Esses canais, ou nadis, transportam o poder mais sagrado dentro de nós, que é a energia sexual. As forças sexuais, seguindo por esses nervos ou "tubos", chegam até o cérebro e continuam até o coração por intermédio de outros canais, entre os quais está o Amrita Nadi.
Ao exalare, imagine que as energias sexuais entram no coração e penetram profundamente, chegando até a consciência para despertá-la. Golpeiem a consciência com força, com THELEMA (vontade), combinado assim as duas Runas.
Depois reze e medite. Suplique ao Pai que está em segredo. Peça a Ele o despertar da consciência. Suplique à Divina Mãe Kundalini, roguem com infinito amor para que Ela faça subir, que faça chegar até o coração e até o mais profundo da consciência as suas energias sexuais.
Amem e rezem. Meditem e supliquem. Se tiverem fé mesmo sendo do tamanho de um grão de mostarda, moverão montanhas. Recorde que o princípio da ignorância está na dúvidaPedi e se vos dará, batei e se vos abrirá.
Planeta: Plutão
Constelação: Escorpião
Cor: Branco

RITA
Os mantras fundamentais da Runa Rita são:
RA... RE... RI... RO... RU...
Na Runa Fa tivemos de levantar os braços. Na Runa Ur, abrimos bem as pernas. Na Runa Dorn pusemos um braço na cintura. Na Runa Os mantivemos as pernas abertas e os braços na cintura. Agora na Runa Rita devemos abrir uma perna e um braço. Assim, nessas posições, os irmãos gnósticos ver-se-ão como se fossem os próprios símbolos rúnicos, da maneira como são escritas as letras.
Esta prática rúnica tem o poder de libertar o Juízo Interno. Precisamos despertar o Budhata, a alma, e nos converter em juizes conscientes. A presente Runa possui o poder de despertar a Consciência do Juízo. Recordemos essa voz chamada de Remorso.Os que não o escutam estão muito longe de seu Juiz Interno, comumente são Casos perdidos. Gente assim deve trabalhar intensamente com a Runa Rita para libertar seu Juízo Interno. Precisamos urgentemente aprender a nos guiar pela Voz do Silêncio, pelo Juiz Íntimo.
Planeta: Júpiter
Cor: Verde

KAUM
A misteriosa Runa Kaum representa com inteira exatidão a mulher-sacerdotisa e também a espada flamejante. A Runa Kaum, com seu cabalístico 6, vibra com intensidade dentro da Esfera de Vênus, o planeta do amor.
A Runa Rita influi decididamente nas glândulas endócrinas masculinas e a Runa Kaum exerce sua influência sobre as glândulas femininas.
Os mistérios da Runa Kaum brilham gloriosamente no fundo da Arca, aguardando o momento de serem realizados.
A Runa Kaum serve para a transmutação das Energias Sexuais. Deve ser usada pelos solteiros e casados.
Posição: Corpo ereto, braços formando um ângulo de cerca de 45 graus com o corpo, e cantar o mantra:
KAAAAAAAAAAOOOOOOOOMMMMMMMM...
Planeta: Vênus
Cor: Rosa

HAGAL
Amado discípulo, medite profundamente na Unidade da Vida, no Grande Alaya do Universo, no Mundo Invisível, bem como nos Universos Paralelos da dimensões superiores do espaço. Concentre o pensamento nas Walquírias... nos Deuses do fogo, do ar, das águas e da terra...
Agni é o Deus do fogo. Paralda é o Deus do ar. Varuna é o Deus da água. Gob é o Deus do elemento da terra. Através da meditação, poderá entrar em contato com os Deuses Elementais.
Trace a Runa Hagal sobre um papel em branco e concentre a mente em qualquer um dos quatro principais Deuses dos Elementos. Peça socorro a eles quando for necessário. Chame-os. Invoque-os quando precisar.
Depois de traçado o santo signo, a maravilhosa Runa Hagal, cante os seguintes mantras:
Achaxucanac... Achxuraxan... Achgnoya... Xiraxi... Iguaya... Hiraji...
Constelação: Sagitário
Cor: Todas as sete do espectro

NOT
Em caso de se necessitar a assistência de Anúbis, faz-se urgente negociar com Ele. Abra os braços na forma da Runa Not. Um deles formará um ângulo de 135 graus com o corpo e o outro um ângulo de apenas 45 graus com o corpo. Depois o braço que forma o ângulo de apenas 45 graus passará a formar um de 135 graus, enquanto que o que formava o ângulo de 135 graus formará 45. Assim, sucessivamente alternam-se os braços.
Durante o exercício cantarão os mantras:
NA... NE... NI... NO... NU...
Mantendo a mente concentrada em Anúbis, o Chefe do Karma e suplicando o negócio desejado, pedindo a ajuda urgente.
Observe bem a figura da Runa Not. Imite com os braços o seu signo. Alterne o braço direito e esquerdo durante a movimentação.
Planeta: Saturno

LAF
A prática correspondente a esta Runa consiste em parar defronte ao Sol, de manhã, no momento em que ele sobe pelo Oriente, naquela atitude mística manifestada pela Runa Laf, com as mãos levantadas, e implorar-Lhe auxílio esotérico. Suplique o Despertar da Consciência, a Morte das Trevas Interiores, o aflorar do Fogo Interior...
Esta prática deve ser feita na aurora do dia 27 de cada mês.
Constelação: Touro
Cor: Dourado


GIBUR
Esta Runa é a letra G da Maçonaria. É pena que os M.'. M.'. não hajam compreendido a profunda significação desta misteriosa letra. O G é a cruz swastika, o amén, o maravilhoso final de todas as orações.
G também é o Gott ou God, que significa Deus. Saibam o que é Gibraltar (Giburaltar: o altar da vida divina, a ara de Gibur).
As pessoas esqueceram-se das práticas rúnicas, porém a Runa Cruz ainda não foi esquecida, felizmente.Traçando o símbolo sagrado da swastika com os dedos polegar, índice e médio da mão direita, podemos nos defender das potências tenebrosas. As colunas de Demônios fogem diante da swastika.
Constelação: Escorpião
Cores: Vermelho e Dourado

FONTES DE PESQUISA
Aun Weor, Samael - "Rosa Ígnea"
Aun Weor, Samael - "Tratado de Teurgia e Magia Prática"
Aun Weor, Samael - "Logos, Mantram e Teurgia"
Aun Weor, Samael - "As Três Montanhas"
Aun Weor, Samael - "O Matrimônio Perfeito"
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Os grandes pensadores de todos os tempos, os maiores filósofos e estudiosos nos campos da cosmologia e da metafísica, têm dedicado sua inteligência e seu tempo à pesquisa e ao entendimento da figura do Criador de todas as coisas e seres do Universo, este tomado no sentido amplo. Criaram até uma ciência para isso: a TEODICÉIA. Dois assuntos principais foram objeto do exame desses estudiosos: a) a existência de Deus, e b) a essência de Deus.
Deus Existe? O grande filósofo da França, Descartes, baseia-se no chamado argumento ontológico, para afirmar que sim: eu tenho idéia de um ser, de um ente perfeito; este ente perfeito tem que existir, porque se não existisse faltar-lhe-ia a perfeição da existência e então não seria perfeito. É o argumento pela evidência.
Outro vulto notável do pensamento francês foi Voltaire. Seu raciocínio é prático, ao afirmar: “O Universo me espanta e não posso imaginar que este relógio exista e não tenha relojoeiro“. Assim, diante da realidade do Universo, é forçoso reconhecer que ele foi feito por alguém. Se esse alguém não foi o homem, só pode ter sido Deus, mas este nos concede sempre o benefício da dúvida, não é mesmo?
Deve-se, porém, ao famoso S. Tomaz de Aquino, autor da não menos famosa Summa Theológica, a prova da existência de Deus mais convincente, baseada nos argumentos metafísicos.

Ele diz que a existência de Deus pode ser provada por cinco vias, que são a do movimento, da causalidade, dos seres contingentes, dos graus de perfeição dos seres e da ordem do mundo. Esses argumentos assim se sintetizam:
1 – Se no mundo existe movimento ou mudança, que caracteriza o vir-a-ser, deve existir um motor primeiro que não seja movido por nenhum outro, pois se tudo fosse movido, teríamos o efeito sem causa;
2 – Há uma causa absolutamente primeira, transcendente às causas em geral; assim, se existem as causas segundas, deve existir a causa primeira, porque as causas segundas são efeitos.
3 – Existem seres contingentes, que não possuem em si mesmos a razão de sua existência, que são mas poderiam não ser; se existem seres contingentes, deve existir um ser necessário;
4 – Nas coisas existem vários graus de perfeição, referentes à beleza, à bondade, à inteligência, à verdade; então deve haver um ser infinitamente perfeito, porque o relativo exige o absoluto;
5 – Prova pela ordem do mundo, pela organização complexa do Universo, pelo governo das coisas, tudo devido a uma inteligência ordenadora, superior, absoluta, necessária.
A esquizofrenia apresenta um conjunto de sintomas bastante diversificado e complexo, sendo, por vezes, de difícil compreensão. Pode surgir e desaparecer em ciclos de recidivas e remissões. Hoje, é encarada, não como uma doença única, mas, como um grupo de patologias, atingindo todas as classes sociais e grupos humanos. Geralmente, o diagnóstico tem mostrado níveis de confiabilidade, relativamente baixos ou inconsistentes. Explicando, aqui, a esquizofrenia não é a dupla pessoalidade, pois é muito mais ampla que isso e não há motivos de incluir, nela, os Transtornos de Personalidade Múltipla.


Em 2004, no Japão, o termo japonês para esquizofrenia foi alterado de Seishin-Bunretsu-Byo (doença da mente dividida) para Togo-shitcho-sho (desordem de integração). Em 2006, ativistas no Reino Unido, sob o jargão de Campanha para a Abolição do Rótulo de Esquizofrenia, defenderam semelhante rejeição do diagnóstico de esquizofrenia e uma abordagem diferente para a compreensão e tratamento dos sintomas associados a ela.

Coube ao suíço Eugen Bleuer, em 1911, a criação do termo "esquizofrenia" significando uma dissidência entre pensamento, emoção e comportamento (esquizo significa cisão e frenia quer dizer mente). É uma doença crônica que atinge, aproximadamente, 60 milhões de pessoas do planeta (1% da população mundial), sendo distribuída de forma igual pelos dois sexos. A diagnose da doença tem sido criticada como desprovida de validade científica ou confiabilidade, e, em geral, a validade dos diagnósticos psiquiátricos tem sido objeto de críticas mais amplas. Uma alternativa sugere que os problemas com o diagnóstico seriam mais bem atendidos se de dimensões individuais fossem, ao longo das quais todos variam, de tal forma, que haveria um espectro contínuo, em vez de um corte distinto entre normal e doente. Geralmente, o esquizofrênico não é violento ou perigoso. Fora da crise, é uma pessoa como qualquer outra. Porém, alguns poucos, quando em crise, tornam-se agressivos, verbal ou fisicamente, pois os delírios ou as alucinações podem fazer com que se sintam ameaçados.

Não há sintomas determinantes que possibilitem um diagnóstico preciso, de imediato. Tanto pode começar, repentinamente, e eclodir numa crise exuberante, como começar, lentamente, sem apresentar mudanças extraordinárias, e somente depois de anos surgir uma crise característica. Os sintomas podem ser confundidos com "crises existenciais", "revoltas contra o sistema", "alienação egoísta", uso de drogas, etc. O delírio de identidade (achar que é outra pessoa) é a marca típica de um doente. É, com frequência, relacionada com o mendigo que deambula pelas ruas, que fala sozinho, com a mulher que aparece na TV, dizendo ter outros álteres, e com o "louco" que aparece nas telenovelas e nos filmes. Foi, durante muitos anos, sinônimo de exclusão social, e o diagnóstico de esquizofrenia significava internação em hospitais psiquiátricos (manicômios) ou asilos, como destino "certo", onde os pacientes ficavam durante vários anos.

Manifesta-se, habitualmente, na parte final da adolescência ou no início da vida adulta. Afirma-se que os primeiros sinais e sintomas de esquizofrenia são traiçoeiros. Os primeiros "sinais" de sossego/calma e afastamento, visíveis num adolescente, normalmente, passam despercebidos, como não sendo sinais de alerta, pois, considera-se o fato de que "é, apenas, uma fase" por que passam os jovens. É importante, porém, que se diga o quanto é difícil interpretar esses comportamentos, associando-os à idade. A sintomatologia esquizofrênica se apresenta demasiada abrangente, sendo uma síndrome com grande componente fisiológico, com a presença marcante das alucinações e dos delírios. O comportamento, frequentemente, fica condicionado às ideias delirantes paranoides e às alucinações auditivo-verbais que os doentes, geralmente, apresentam.

Pouco se sabe sobre essa doença e, ante o desafio terapêutico, o máximo que se consegue é obter controle dos sintomas com os antipsicóticos. Faz, apenas, um pouco mais de 10 anos que a Organização Mundial de Saúde editou critérios objetivos e claros para a realização do diagnóstico da esquizofrenia. As causas do processo patogênico são um mosaico: a única coisa evidente é a constituição pluricausal da doença. Isso inclui mudanças na química cerebral [a atividade dopaminérgica é muito elevada nos indivíduos esquizofrênicos], fatores genéticos e mesmo alterações estruturais.

Na atualidade, alguns neurotransmissores vêm sendo colocados na implicação da fisiopatologia dessa doença, tais como a serotonina e a noradrenalina. Do ponto de vista fisiológico, e apesar das grandes descobertas já realizadas até aqui, no campo dos mecanismos etiopatogênicos, é preciso considerar que o arsenal, ainda, não se esgotou. Isso porque, afora as contribuições psicossociais, há que se levar em consideração o Espírito imortal, agente causal fundamental. Segundo Jung, "A investigação da esquizofrenia constitui uma das tarefas mais importantes da psiquiatria futura. O problema encerra dois aspectos: um fisiológico e um psicológico... "(1)

É importante frisar que a Esquizofrenia tem cura. Até bem pouco tempo, pensava-se que era incurável e que se convertia, obrigatoriamente, em uma doença crônica e para toda a vida. Atualmente, entretanto, sabe-se que uma porcentagem de pessoas que sofre desse transtorno pode recuperar-se por completo e levar uma vida normal, como qualquer outra. Algumas, com quadros mais graves, apesar de dependerem de medicação, chegam a melhorar até o ponto de poderem desempenhar bem seu ofício, casar e constituir família. O matemático norte-americano, John Nash, que, em sua juventude, sofria de esquizofrenia, conseguiu reverter sua situação clínica e ganhar o Prêmio Nobel de Ciências Econômicas, em 1994.

Percebe-se, atualmente, certo conflito entre a ala conservadora da Psiquiatria e o Espiritismo, que tomou vulto entre nós, em virtude do crescimento do movimento espírita brasileiro. Na proporção em que o conceito de matéria se pulverizou nas mãos dos físicos, e atingiu o plano da física quântica, verificou-se uma nova revolução copernicana, no que tange à concepção do homem integral. Hoje, há grande número de psiquiatras espíritas que estabelece o diálogo entre corpo e espírito.

A propósito, as doenças são do corpo ou da alma? Encontramos, em "O Livro dos Espíritos", parte II, capítulo VII, que "a matéria é apenas o invólucro do Espírito. Unindo-se ao corpo, o Espírito conserva os atributos de natureza espiritual; que o exercício das faculdades do Espírito depende dos órgãos que lhes servem de instrumento." (2) Traz o Espírito certas pré-disposições ao renascer. O princípio das faculdades está no Espírito e não nos órgãos. Na visão espírita, "esquizofrênicos"são Espíritos sujeitos a uma punição. Sofrem por habitarem corpos, cujos órgãos comprometidos os impedem de se manifestarem plenamente.

As enfermidades fisiopsíquicas são efeitos e não causas: Tanto as distonias mentais quanto as doenças orgânicas expressam os resultados de ações desequilibradas do Espírito, cuja conduta negativa prejudica, primeiramente, o próprio autor, abrindo zonas mórbidas em seu psiquismo, refletindo-se no seu perispírito e registrando-se no corpo físico em reencarnações posteriores. "A mente transmite ao carro físico, a que se ajusta durante a encarnação, todos os seus estados felizes ou infelizes, equilibrando ou conturbando o ciclo de causa e efeito..."(3) Portanto, é uma patologia que guarda a sua origem profunda no Espírito que delinquiu. É mister levar em conta a influência negativa, através da obsessão, o que contribui para o agravamento do quadro e para o surgimento de outras disfunções características do transtorno. Por isso mesmo, é preciso vê-la como sendo um processo misto de natureza espiritual, fisiológica, obsessiva e com influências psicossociais.

A divisão da mente, a diluição da memória, o afastamento da realidade parecem denunciar uma espécie de nostalgia psíquica que determina a inadaptação do espírito à realidade atual. Podem ocorrer casos típicos de auto-obsessão nas modalidades variáveis da Esquizofrenia. Os casos se agravam com a participação de entidades obsessoras, geralmente atraídas pelo estado dos pacientes. Este é motivo relevante para a prática da desobsessão.

Psiquiatria e Espiritismo podem ajudar-se, mutuamente, ao que parece, em futuro bem próximo. Não há razão para que a Psiquiatria condene os processos espíritas no tratamento dos casos de obsessão e auto-obsessão. É muito importante ampliar o entendimento das causas originais da esquizofrenia e considerar imprescindível o tratamento espiritual [desobsessão, passe, água fluidificada, oração] oferecido pela Doutrina Espírita, com base nos ensinamentos do Cristo, que, um dia, inevitavelmente, constará nas propostas científicas para o tratamento de todas as doenças humanas.


Jorge Hessen
Site: http://jorgehessen.net

Vanda Copolla Ippolito
Psicologia Clinica
A depressão é um transtorno do humor “caracterizado por uma alteração psíquica global com consequentes alterações na maneira de valorizar a realidade. É também considerada uma doença “do organismo como um toldo” compreendendo o físico, o humor e o pensamento.

A depressão altera a maneira como a pessoa vê o mundo, sente a realidade, o entendimento das coisas, as manifestações emocionais e o sentir da disposição e o prazer com a vida.
Caracteriza-se por um grande desinteresse pela vida, falta de vontade de viver, por vezes existem medos, seja de enfrentar algo ou apenas medo de viver. A situação depressão, que pode acontecer na infância, na vida adulta e após o parto, deveria ser mais fiscalizada por todos, pois pode acontecer com qualquer pessoa, com alguém da nossa família, sem que tenhamos consciência desse fato.
Em qualquer das situações, a pessoa com depressão sente-se incapaz de lidar com algo, ou sente que não vale a pena viver ou lutar e isso leva a afastar-se de tudo e de todos, podendo tentar ou consumar um suicídio. Pode haver angústia, acompanhada ou não da ansiedade e tristeza. Apresenta um quadro de sofrimento intenso, caracterizado pela insatisfação, e como decorrência desta o tédio.

Sintomas

Afastamento de amigos, falta de vontade de realizar uma determinada tarefa que progressivamente se alastra ou pode alastrar a muitas outras atividades; cansaço ou falta de energia; vontade de ficar só, afastando-se de tudo e de todos; não querer ouvir barulhos ou querer música ou barulhos em altos berros; abusar de medicamentos, álcool ou drogas; medo de executar determinadas tarefas, ou medo do que possa acontecer a outrem se falhar; vontade de chorar ou chora as escondidas; não se sente bem em lado nenhum; tem maus resultados escolares, incapacidade de se concentrar ou irrita-se facilmente; desleixa-se com o vestir ou com a sua apresentação; etc.

Tratamento

A situação corrente convencional para resolver a depressão, seja ela qual for costuma ser:
1 – Medicina Psiquiatra (tratamento com antidepressivos) disfunção do corpo.
2 – Psicologia Clinica (psicoterapia) componente emocional.

Depressão na Visão Espírita

A depressão é milenar, sua raiz é espiritual (é constituída por atitudes milenares, podendo estar associada a uma obsessão ou não). Pode estar sendo acompanhada por um processo obsessivo ou ser uma doença psicológica, sendo 70% dos casos associada a interferência espiritual. É fruto de uma disfunção neuroquímica cuja causa não é explicada ainda pela medicina.


Como a insatisfação é uma das características principais da depressão, acompanhada de tédio, rebeldia e revolta contra DEUS, poderemos dizer que é uma doença da Alma, denotando falta de fé e egoísmo. Os indivíduos depressivos são aqueles que carregam um sentimento de culpa muito presente – o que os leva a uma constante autopunição inconsciente, são muito exigentes consigo mesmo e com os outros e não se consideram merecedores da felicidade e, até mesmo, do sucesso.
Sendo a depressão uma doença milenar, muitos espíritos já estão nascendo deprimidos, muitos desencarnam e continuam doentes na vida espiritual.
É interessante que o depressivo comece a trocar o PORQUE para PRAQUE sou deprimido, exercitando assim um olhar para dentro de si que não é feito há anos.

Tratamento na Visão Espírita

1 – O remédio Alopata traz alívio, trata somente do corpo físico.
2 – Passe Espiritual, chega ao Duplo Etéreo, para dar energia, vitalizar e reagir.
3 – Terapias Complementares-Energéticas (Florais, Acumpultura, Homeopatia, Reik, Cromoterapia, etc) chegam ao corpo Perispirítico.
4 – Psicoterapia (Transpessoal) a luz do Cristo, tem como foco as potencialidades da alma, tem como objetivo descobrir a raiz, chaga no Corpo Mental.
Como vimos, o estar na matéria é estar um pouco em depressão, e o convite para todos nós seria o TRILHAR DO HEROI.
Vanda Copolla Ippolito é Psicóloga e Terapeuta Complementar, com formação em Psicologia Transpessoal.
Mais informações em seu blog Psicologia Clinica.

Extraído da Revista Espírita, Abril de 1858
Por Allan Kardec
jupiterNOTA: Por evocações anteriores sabíamos que Bernard Palissy, o célebre oleiro do século XVI, habita Júpiter. As respostas que se seguem confirmam em todos os pontos quanto nos foi dito sobre esse planeta, em várias ocasiões, por outros Espíritos e através de diferentes médiuns. Pensamos que serão lidas com interesse, como complemento do quadro que traçamos em nosso último número. A identidade que apresentam com as descrições anteriores é um fato notável que vale pelo menos como uma presunção de exatidão.

1. Onde te encontraste ao deixar a Terra?
R: Ainda me demorei nela.
2. Em que condições estavas aqui?
R: Sob o aspecto de uma mulher amorosa e dedicada. Era uma simples missão.
3. Essa missão durou muito?
R: Trinta anos.

4. Lembras-te do nome dessa mulher?
R: Era obscuro.
5. Agrada-te a estima em que são tidas as tuas obras? Isto te compensa os sofrimentos que suportaste?
R: Que me importam as obras materiais de minhas mãos? O que me importa é o sofrimento que me elevou.
6. Com que fim traçaste, pela mão do Sr. Victorien Sardou (1) os admiráveis desenhos que nos deste sobre o planeta Júpiter, onde habitas?
R: Com o fim de vos inspirar o desejo de vos tornardes melhores.
7. Desde que vens com freqüência a esta Terra que habitaste várias vezes, deves conhecer bastante o seu estado físico e moral para estabelecer uma comparação entre ela e Júpiter. Pediríamos que nos elucidasses sobre diversos pontos.
R: Ao vosso globo venho apenas como Espírito; o Espírito não tem mais sensações materiais.
ESTADO FÍSICO DO GLOBO
8. Pode-se comparar a temperatura de Júpiter a de uma de nossas latitudes?
R: Não. Ela é suave e temperada; é sempre igual, enquanto a vossa varia. Lembrai-vos dos Campos Elíseos, cuja descrição já vos fizeram.
9. O quadro que os antigos nos deram dos Campos Elíseos seria resultado do conhecimento intuitivo que eles tinham de um mundo superior, tal como Júpiter, por exemplo?
R: Do conhecimento positivo. A evocação permanecia nas mãos dos sacerdotes.
10. A temperatura, como aqui, varia conforme a latitude?
R: Não.
11. Segundo os nossos cálculos, o Sol deve aparecer aos habitantes de Júpiter num ângulo muito pequeno e, conseqüentemente, dar muito pouca luz. Podes dizer-nos se a intensidade da luz é ali igual à da Terra ou se é menos forte?
R: Júpiter é cercado de uma espécie de luz espiritual, em relação com a essência de seus habitantes. A luz grosseira de vosso Sol não foi feita para eles.
12. Há uma atmosfera?
R: Sim.
13. A atmosfera de Júpiter é formada dos mesmos elementos que a atmosfera terrestre?
R: Não: os homens não são os mesmos; suas necessidades mudaram.
14. Lá existem água e mares?
R: Sim.
15. A água é formada dos mesmos elementos que a nossa?
R: Mais etérea.
16. Há vulcões?
R: Não. Nosso globo não é atormentado como o vosso: lá a Natureza não teve suas grandes crises. É a morada dos bem-aventurados. Nele, a matéria quase não existe.
17. As plantas têm analogia com as nossas?
R: Sim; mas são mais belas.
ESTADO FÍSICO DOS HABITANTES
18. A conformação do corpo dos seus habitantes tem relação com a nossa?
R: Sim: ela é a mesma.
19. Podes dar-nos uma idéia de sua estatura, comparada com a dos habitantes da Terra?
R: Grandes e bem proporcionados. Maiores que os vossos maiores homens. O corpo do homem é como a impressão de seu espírito: belo, onde ele é bom. O invólucro é digno dele: não é mais uma prisão.
20. Lá os corpos são opacos, diáfanos ou translúcidos?
R: Há uns e outros. Uns têm tal propriedade; outros têm outra, conforme o seu destino.
21. Compreendemos isto em relação aos corpos inertes. Mas nossa pergunta refere-se aos corpos humanos.
R: O corpo envolve o Espírito sem o ocultar, como um tênue véu lançado sobre uma estátua. Nos mundos inferiores o envoltório grosseiro oculta o Espírito aos seus semelhantes. Mas os bons nada mais têm para se ocultarem: podem ler reciprocamente em seus corações. Que aconteceria se assim fosse aqui?
22. Lá existe diferença de sexo?
R: Sim: há por toda parte onde existe a matéria; é uma lei da matéria.
23. Qual a base da alimentação dos habitantes? É animal e vegetal como aqui?
R: Puramente vegetal. O homem é o protetor dos animais.
24. Disseram-nos que parte de sua alimentação é extraída do meio ambiente, cujas emanações eles aspiram. É verdade?
R: Sim.
25. Comparada com a nossa, a duração da vida é mais longa ou mais curta?
R: Mais longa.
26. Qual é a duração média da vida?
R: Como medir o tempo?
27. Não podes tomar um dos nossos séculos como termo de comparação?
R: Creio que mais ou menos cinco séculos.
28. O desenvolvimento da infância é proporcionalmente mais rápido que o nosso?
R: O homem conserva sua superioridade: a infância não comprime a inteligência nem a velhice a extingue.
29. Os homens são sujeitos a doenças?
R: Não estão sujeitos aos vossos males.
30. A vida está dividida entre o sono e a vigília?
R: Entre a ação e o repouso.
31. Poderias dar-nos uma idéia das várias ocupações dos homens?
R: Teria que falar muito. As suas principais ocupações são o encorajamento dos Espíritos que habitam os mundos inferiores, a fim de que perseverem no bom caminho. Não havendo entre eles infortúnios a serem aliviados, vão procurá-los onde esses existem: são os bons Espíritos que vos amparam e vos atraem para o bom caminho.
32. Lá são cultivadas algumas artes?
R: Lá elas são inúteis. As vossas artes são brinquedos que distraem as vossas dores.
33. A densidade especifica do corpo humano permite ao homem transportar-se de um a outro ponto, sem ficar, como aqui, preso ao solo?
R: Sim.
34. Existem lá o tédio e o desgosto da vida?
R: Não: o desgosto da vida origina-se no desprezo de si mesmo.
35. Sendo os corpos dos habitantes de Júpiter menos densos que os nossos, são formados de matéria compacta e condensada ou vaporosa?
R: Compacta para nós; mas não o seria para vós: ela é menos condensada.
36. O corpo, considerado como feito de matéria, é impenetrável?
R: Sim.
37. Os habitantes têm, como nós, uma linguagem articulada?
R: Não; há entre eles a comunicação pelo pensamento.
38. A segunda vista é, como nos informaram, uma faculdade normal e permanece entre vós?
R: Sim. O Espírito não conhece entraves: nada lhe é oculto.
39. Se nada é oculto ao Espírito, conhece ele o futuro? Referimo-nos aos Espíritos encarnados em Júpiter.
R: O conhecimento do futuro depende do grau de perfeição do Espírito: isto tem menos inconvenientes para nós do que para vós; é-nos mesmo necessário, até certo ponto, para a realização das missões de que nos incumbem. Mas dizer que conheçamos o futuro sem restrições seria nivelar-nos a Deus.
40. Podereis revelar-nos tudo quanto sabeis sobre o futuro?
R: Não. Esperai até que tenhais merecido sabê-lo.
41. Comunicai-vos mais facilmente que nós com os outros Espíritos?
R: Sim; sempre. Não existe mais a matéria entre eles e nós.
42. A morte inspira o mesmo horror e pavor que entre nós?
R: Porque seria ela apavorante? Entre nós já não existe o mal. Só o mau se apavora ante o seu último instante: teme o seu juiz.
43. Em que se transformam os habitantes de Júpiter depois da morte?
R: Crescem sempre em perfeição, sem passar por mais provas.
44. Não haverá em Júpiter Espíritos que se submetam a provas a fim de cumprir uma missão?
R: Sim; mas não é uma prova: só o amor do bem os leva ao sofrimento.
45. Podem eles falhar em sua missão?
R: Não, porque são bons. Só existe fraqueza onde haja defeitos.
46. Poderias nomear alguns dos Espíritos habitantes de Júpiter que tivessem desempenhado uma grande missão na Terra?
R: São Luís.
47. Não poderias nomear outros?
R: Que vos importa? Há missões desconhecidas, cujo objetivo e a felicidade de um só. Por vezes são as maiores; e as mais dolorosas.
DOS ANIMAIS
48. O corpo dos animais é mais material que o dos homens?
R: Sim. O homem é o rei, o deus planetário.
49. Há animais carnívoros?
R: Os animais não se estraçalham mutuamente. Vivem todos submetidos ao homem e se amam entre si.
50. Há porém animais que escapam à ação do homem, assim como os insetos, os peixes e os pássaros?
R: Não: todos lhe são úteis.
51. Disseram-nos que os animais são os operários e os capatazes que executam os trabalhos materiais, constroem as habitações, etc. É exato?
R: Sim. O homem não mais se rebaixa para servir ao semelhante.
52. Os animais servidores estão ligados a uma pessoa ou família, ou são tomados e trocados à vontade, como aqui?
R: Todos estão ligados a uma família particular. Vós mudais à procura do melhor.
53. Os animais servidores vivem em escravidão ou no estado de liberdade? São uma propriedade, ou podem, à vontade, mudar de patrão?
R: Estão no estado de submissão.
54. Os animais trabalhadores recebem alguma remuneração por seus trabalhos?
R: Não.
55. As faculdades dos animais são desenvolvidas por uma espécie de educação?
R: Eles as desenvolvem por si mesmos.
56. Têm os animais uma linguagem mais precisa e caracterizada que a dos animais terrenos?
R: Certamente.
ESTADO MORAL DOS HABITANTES
57. As habitações de que nos deste uma mestra nos teus desenhos estão reunidas em cidades como aqui?
R: Sim. Aqueles que se amam se reúnem. Só as paixões estabelecem a solidão em torno do homem. Se o homem ainda mau procura o seu semelhante, que é para ele um instrumento de dor, por que o homem puro e virtuoso deveria fugir de seu irmão?
58. Os Espíritos são iguais ou de várias graduações?
R: De diversos graus, mas da mesma ordem.
59. Pedimos que te reportes especialmente à escala espírita que demos no segundo número da Revista e que nos digas a que ordem pertencem os Espíritos encarnados em Júpiter.
R: Todos bons, todos superiores. Por vezes o bem desce até o mal; entretanto, o mal jamais se mistura com o bem.
60. Os habitantes formam diferentes povos como aqui na Terra?
R: Sim: mas todos unidos entre si pelos laços do amor.
61. Sendo assim, as guerras são desconhecidas?
R: Pergunta inútil.
62. O homem poderia chegar, na Terra, a um tal grau de perfeição que a guerra fosse desnecessária?
R: Ele chegará a isto, sem a menor dúvida. A guerra desaparecerá com o egoísmo dos povos e à medida que melhor seja compreendida a fraternidade.
63. Os povos são governados por chefes?
R: Sim.
64. Em que consiste a autoridade dos chefes?
R: No seu grau superior de perfeição.
65. Em que consiste a superioridade e a inferioridade dos Espíritos em Júpiter, de vez que todos são bons?
R: Têm maior ou menor soma de conhecimentos e de experiência; depuram-se à medida que se esclarecem.
66. Como aqui na Terra, lá existem povos mais ou menos avançados que outros?
R: Não; mas entre os povos há diversos graus.
67. Se o povo mais adiantado da Terra fosse transportado para Júpiter, que posição ocuparia?
R: A que entre vós é ocupada pelos macacos.
68. Lá os povos se regem por leis?
R: Sim.
69. Há leis penais?
R: Não há mais crimes.
70. Quem faz as leis?
R: Deus as fez.
71. Há ricos e pobres? Por outras palavras: há homens que vivem na abundância e no supérfluo e outros a quem falta o necessário?
R: Não: todos são irmãos. Se um possuísse mais que o outro, com este repartiria; não seria feliz quando seu irmão fosse necessitado.
72. De acordo com isso as fortunas de todos seriam iguais?
R: Eu não disse que todos sejam igualmente ricos. Perguntaste se haveria gente com o supérfluo enquanto a outros faltasse o necessário.
73. As duas respostas se nos afiguram contraditórias. Pedimos que estabeleças a concordância.
R: A ninguém falta o necessário; ninguém tem o supérfluo. Por outras palavras, a fortuna de cada um está em relação com a sua condição. Estais satisfeitos?
74. Agora compreendemos. Mas te perguntamos, entretanto, se aquele que tem menos não é infeliz em relação àquele que tem mais?
R: Ele não pode sentir-se infeliz, desde que nem é invejoso nem ciumento. A inveja e o ciúme produzem mais infelizes que a miséria.
75. Em que consiste a riqueza em Júpiter?
R: Em que isto vos importa?
76. Há desigualdades sociais?
R: Sim.
77. Em que estas se fundam?
R: Nas leis da sociedade. Uns são mais adiantados que outros na perfeição. Os superiores têm sobre os outros uma espécie de autoridade, como um pai sobre os filhos.
78. As faculdades do homem são desenvolvidas pela educação?
R: Sim.
79. Pode o homem adquirir bastante perfeição na Terra para merecer passar imediatamente a Júpiter?
R: Sim. Mas na Terra é o homem submetido a imperfeições a fim de estar em relação com os seus semelhantes.
80. Quando um Espírito deixa a Terra e deve reencarnar-se em Júpiter, fica errante durante algum tempo, até encontrar o corpo a que se deve unir?
R: Fica errante durante algum tempo, até que se tenha livrado das imperfeições terrenas.
81. Há várias religiões?
R: Não. Todos professam o bem e todos adoram um só Deus.
82. Há templos e um culto?
R: Por templo há o coração do homem; por culto, o bem que ele faz.
(1) Victorien Sardou, médium psicógrafo que trabalhou com Allan Kardec: embora não soubesse desenho, foi o instrumento para os esplêndidos quadros de cenas de outros planetas. Foi membro da Academia Francesa e um dos mais fecundos comediógrafos franceses. (N. do T.)
casa de mozart em Jupiter
Casa de Mozart em Júpiter.
jupiter-casa-de-mozart
Uma residência em Júpiter de acordo com Victorien Sardou

Marcos Paterra
A temática “doação de órgãos e transplantes” é bastante frequente na Doutrina espírita. As pessoas ainda hoje vêem com preconceito a idéia do transplante de órgãos, no entanto o transplante de órgãos é a que demonstra com maior clareza a estreita relação entre a morte e a nova vida.

Para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, mas é fundamental comunicar à sua família o desejo da doação. A família sempre se aplica na realização deste último desejo, que só se concretiza após a autorização desta, por escrito. Considera-se como potencial doador, todo paciente com morte encefálica (ausência de perfusão sangüínea cerebral ou ausência de atividade elétrica cerebral ou ausência de atividade metabólica cerebral).O diagnóstico de morte cerebral significa, para o momento dos nossos conhecimentos médicos, a impossibilidade do retorno à vida, mas não representa o instante da desencarnação, nem a garantia de que o espírito já tenha partido definitivamente.
A questão n° 156 de O Livro dos Espíritos diz que “na agonia, a alma, algumas vezes, já tem deixado o corpo; nada mais existe que a vida orgânica”.
Consequentemente, tanto o corpo pode funcionar, tendo a desencarnação já se efetivado, quanto pode ocorrer a morte cerebral e o espírito não ter ainda efetivado sua liberação total da carne.
Como deve agir o Espírita perante a legislação recente da doação de órgãos?

Resposta do Emmanuel (reproduzida em “Manual Espírita do Principiante”, pg. 91), que adotamos pela precisão de conceitos e lucidez de raciocínio: “a doação de órgãos deve ser regida pela consciência individual. Se o desencarnado é muito apegado ao corpo material, poderá sentir-se um tanto perturbado, mas sem gravidade. Tendo notícia do real papel do próprio corpo na trajetória ascensional do espírito, entenderá. Uma vez inútil ao seu trabalho, algo dele serve ao outro, cuja máquina perdeu só um parafuso. Como o carro fundido ou acidentado cede peças sãs a um menos lesado.
Mesmo que a separação entre o espírito e o corpo não se tenha completado, a Espiritualidade dispõe de recursos para impedir impressões penosas e sofrimentos aos doadores. A doação de órgãos não é contrária às Leis da Natureza, porque beneficia, além disso, é uma oportunidade para que se desenvolvam os conhecimentos científicos, colocando-os a serviço de vários necessitados.” (Do livro Plantão de Respostas, de Emmanuel e Francisco Cândido Xavier)


A doação de órgãos para transplantes é perfeitamente legítima. Divaldo Franco certifica: “Se a misericórdia divina nos confere uma organização física sadia, é justo e válido, depois de nos havermos utilizado desse patrimônio, oferecê-lo, graças às conquistas valiosas da ciência e da tecnologia, aos que vieram em carência a fim de continuarem a jornada.” (Franco, Divaldo Pereira. Seara de Luz, Salvador: Editora LEAL – o livro apresenta uma série de entrevistas ocorridas com Divaldo entre 1971 e 1990)
Em síntese a doação de órgãos para transplantes não afetará o espírito do doador, exceto se acreditarmos ser injusta a Lei de Deus e estarmos no Orbe à deriva da Sua Vontade. Lembremos que nos Estatutos do Pai não há espaço para a injustiça e o transplante de órgãos (façanha da ciência humana) é valiosa oportunidade dentre tantas outras colocadas à nossa disposição para o exercício do amor.
Os transplantes constituem uma sublime benesse. Salvam vidas. Aliviam dores.