Leia esta mensagem maravilhosa e você irá entender.
Uma pobre senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou num armazém, aproximou-se do proprietário, conhecido pelo seu jeito grosseiro, e lhe pediu fiado alguns mantimentos. Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar e que tinha sete filhos para alimentar.
O dono do armazém zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento.
Pensando na necessidade da sua família ela implorou: “Por favor senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu tiver...”, ao que ele respondeu ela não tinha crédito e nem conta, na sua loja.
Em pé, no balcão ao lado, um freguês que assistia à conversa entre os dois, se aproximou do dono do armazém e lhe disse que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família, por sua conta.
Então, o comerciante falou, meio relutante, para a pobre mulher: “Você tem uma lista de mantimentos?” “Sim”, respondeu ela. “Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei em mantimentos”. A pobre mulher hesitou, por uns instantes, e, com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e o depositou, suavemente, na balança. Os três ficaram admirados, quando o prato da balança, com o papel, desceu e permaneceu embaixo. Completamente pasmado com o marcador da balança, o comerciante virou-se, lentamente, para o seu freguês e comentou contrariado: “Eu não posso acreditar!”. O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança. Como a escala da balança na equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos, até não caber mais nada. O comerciante ficou parado, ali, por uns instantes, olhando para a balança, tentando entender o que havia acontecido. Finalmente, ele pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado, pois não era uma lista de compras e sim uma oração que dizia:
“Meu Senhor, o Senhor conhece as minhas necessidades e eu estou deixando isto em suas mãos...”
O homem deu as mercadorias para a pobre mulher, no mais completo silêncio, que agradeceu e deixou o armazém. O freguês pagou a conta e disse: “Valeu cada centavo...”
Só mais tarde, o comerciante pôde reparar que a balança havia quebrado. Entretanto, só Deus sabe o quanto pesa uma prece...
Fonte: Tribuna Espírita - Set/Out/2000
Deus - orações - Poder - Prece
Alguns pacientes de AIDS atravessam todo o processo da doença sem necessitarem da ajuda dos profissionais da Saúde Mental. No entanto, outros sentem ansiedade ou angústia aumentadas, o que origina reações diversas, como intensa tristeza, desesperança ou reações depressivas. O sentimento de culpa, o desânimo, a insônia, ou a eventual idéia de suicídio repercutem de tal forma que o sistema imunológico de defesa apresenta reações não menos depressivas. A apatia faz parte da evolução da doença, mas é possível encontrarmos distúrbios de memória, atenção ou de outras funções ligadas ao domínio cognitivo.
A negação, a revolta, a raiva
"Por que eu?" O laboratório deve estar errado. É muito azar! É castigo."
Iremos encontrar aqueles tomados de sentimentos persecutórios, sentindo-se alvo de maldições ou coisas semelhantes. Estas são reações paranóides que, num ambiente acolhedor, tendem a ceder e posteriormente são trabalhadas de forma ambulatorial.
Encontraremos os que adotam uma atitude arrogante, de indiferença ou mesmo de desprezo diante da própria enfermidade e do tratamento. É uma tendência à negação da realidade. São reações maníacas que muitas vezes necessitam da intervenção do médico psiquiatra.
Encontraremos ainda reações hipocondríacas, conversivas, ou as dissociativas, como, por exemplo, a amnésia, os estados crepusculares, ou ainda a personalidade múltipla que são reações histeriformes. Aqui o ponto principal é a perda da identidade. Essas últimas vão exigir a atuação médica especializada.
A doença é de tal ordem ameaçadora que existem quadros onde mais de uma entidade está participando. São os quadros clínicos psico-orgânicos, onde sintomas mentais podem vir acompanhados de problemas neurológicos. Há o comprometimento do nível de consciência. Isto introduz um agente complicador que obriga ao diagnóstico diferencial, entre manifestações emocionais, psiquiátricas e organo-cerebrais.
Há na AIDS a eclosão de reações psicológicas e/ou psiquiátricas, mas, se já não bastasse, é necessário considerar a própria característica do paciente que nos locais de atendimento público é predominantemente de baixa renda, sem trabalho fixo ou subempregado, embora jovem, do sexo masculino e anteriormente saudável. A metade dos pacientes é representada pelos toxicômanos, que é condição também predominante no sexo feminino, associada à prostituição.
Num país que vive uma séria crise sócio-econômica, estas observações nos fazem pensar, além do aspecto puramente médico, nas condições de saúde e moradia dessas pessoas antes da contaminação. O fato da grande maioria, dos pacientes, pertencer a grupos com comportamentos de risco dificulta, ainda mais, as suas relações interpessoais. Nesse particular, difícil é a posição da Equipe de Saúde que, com neutralidade, tem que lidar com os valores e o estilo de vida escolhido pelo paciente, ao mesmo tempo que emprega todos os esforços na tentativa de restabelecer o seu estado de ânimo, a sua esperança no tratamento.
Nesta doença, os contactos iniciais com a equipe de saúde são repletos de desconfiança e de omissões de informação, pelo receio do uso que o profissional possa dela fazer. É por isso que nas entrevistas são sempre asseguradas a privacidade e o sigilo, para possibilitar uma relação de confiança, que permita ao paciente relatar particularidades de sua vida e de seus problemas pessoais.
De modo geral os pacientes homossexuais evitam o contacto com a equipe de psicologia e os usuários de drogas são motivados por uma crédula solução mágica, que os ajude a largar o hábito.
O resultado do exameMomento de crucial importância é aquele em que se tem que revelar o resultado do exame sorológico positivo.
As experiências têm demonstrado que o médico deve ser franco quanto aos resultados dos exames e informar sobre todos os recursos de ajuda disponíveis. Embora alguns possam advogar que o paciente está sob forte sofrimento e despreparado para tal revelação, esta conduta coloca sob risco outros membros da comunidade e afasta o processo educativo, que leva ao compromisso de quebra da cadeia de transmissão.
A incerteza de seu futuro conduz à ansiedade ou angústia com manifestações de medo, revolta, impaciência, opressão toráxica, insônia, etc. Dificuldades no mundo exterior intensificam essas manifestações, não raro surgem as ameaças de transfiguração estética, temor da morte, do abandono, perda de emprego, etc.
Reações psicológicas após a confirmação da suspeitaDe modo geral estes pacientes respondem com reações que se assemelham àquelas descritas por Elisabeth Kubler-Ross, para os pacientes referidos como terminais.
NEGAÇÃO - mecanismos de defesa protetores do ego. Existe a fantasia da não contaminação. Sendo assintomáticos, continuam a fazer uso de drogas e a realizar relações sexuais, sem uso de preservativos. Curandeiros podem ser procurados, assim como outros laboratórios para tentar, num novo exame, encontrar o resultado negativo.
REVOLTA - Culpando a família, o parceiro ou outro, questiona: "Por que eu?"
A síndrome de vingança é extremamente rara, ficando apenas na ameaça verbal, quando em ambiente solidário. Imaturos emocionalmente os surpreendemos com a arrogância, o narcisismo, a onipotência tentando desafiar a realidade em atitudes de desprezo pela auto-preservação. Para outros, a doença aparece como um castigo, vindo exatamente no momento em que estavam se recuperando da vida desregrada que levavam. Passam então à fase seguinte conhecida como barganha ou negociação.
BARGANHA - é o momento das promessas. Duro é buscar voluntariamente tratamento para abandonar os tóxicos e não ser aceito por ser portador do vírus. Passa então à nova fase quando tenta resolver situações não resolvidas com as pessoas das suas relações.
INTERIORIZAÇÃO - é a fase onde ainda não está preparado para aceitar a morte.
Na ACEITAÇÃO, última fase, faz o planejamento realístico para a morte, nesse momento já resolveu o que era possível no tempo disponível. Qualquer mudança na condição de saúde do paciente pode precipitar uma mudança de estágio que não é tão uniforme como acima apresentado.
Reações familiaresCom pacientes toxicômanos e/ou homossexuais é muito freqüente a ausência de um dos pais, ou a presença de conflitos familiares anteriores ao diagnóstico. O estilo de vida do paciente era para eles desconhecido e por isso recebem duplo choque. É confirmada a fragilidade dos vínculos familiares ou em outras famílias a adaptação ao estilo de vida do paciente. Surge a necessidade de reestruturação da família. Mas, como se proteger sem abandoná-lo? Como evitar a rejeição social da família? Encontra-se também a superproteção e fatos são escondidos ou camuflados. A condição de vítima do paciente dificulta o seu amadurecimento emocional.
A ajuda à família omissa é de vital importância. Deve-se tirar dúvidas sobre a doença e dar apoio psicológico. Será que haverá vaga para uma nova internação? Reuniões individuais e grupais fazem parte desta programação.
Aspectos psico-imunológicosNuma doença que provoca tantas reações, fica clara a necessidade do diagnóstico diferencial entre manifestações emocionais, psiquiátricas e organo-cerebrais. Este fato nos remete também a outro domínio, que tem sido objeto de estudos recentes, o da influência dos fatores psicológicos na predisposição ou no curso de enfermidades orgânicas, principalmente aquelas ligadas ao sistema imune como infecções, doenças auto-imunes ou malignas.
Atualmente, é consensual admitir que o "stress" produz efeito imunossupressivo. Leucócitos, linfócitos são os soldados desse imenso exército de defesa do corpo humano, que são os primeiros a serem afetados por estados alterados psicológicos. O estudo em dois grupos de indivíduos mostrou que os angustiados mais deprimidos, tinham menor capacidade de reparação do DNA danificado, quando seus leucócitos eram expostos à irradiação de raios X.
Resultado que adiciona evidências sugestivas da influência de fatores psicológicos, é o descontrole apresentado diante do vírus Epstein-Barr da mononucleose infecciosa, que causa uma severa dor de garganta. Mulheres que passaram pelo desconforto da separação conjugal e do divórcio possuíam níveis maiores de anticorpos anti-vírus Epstein-Barr. Por outro lado, os maridos de mulheres em estágio avançado de câncer de mama, após a viuvez apresentavam supressão significativa de linfócitos, com reflexos tanto na imunidade humoral (uma espécie de artilharia imunológica), quanto na imunidade celular ( semelhante a uma infantaria mecanizada).
O estudo com estudantes de Medicina, em vésperas de exame, também tem demonstrado a influência dos fatores psicológicos na economia biológica. Os acadêmicos podem apresentar infecções respiratórias após os exames e mais uma vez vamos encontrar supressão dos linfócitos "killer" (células semelhantes a soldados treinados com técnicas marciais), o que também foi observado em indivíduos com auto-relato de solidão ou em pacientes internados que estiveram muito sozinhos neste período. Os estudantes também apresentaram baixos níveis de interleucina II (uma espécie de comunicação e incentivação do exército de células em combate ativo) e o descontrole diante de determinados vírus como o do Herpes e da Mononucleose.
É conhecida a ação dos corticosteróides como agentes imunossupressores. Os níveis de cortisona podem estar aumentados em pacientes internados solitários, que podem também apresentar diminuição da atividade dos linfócitos.
Estamos diante de observações que nos fazem refletir sobre a Aids e a História da Medicina. Nunca uma doença foi tão rapidamente identificada e descrita com detalhes em seu aspecto etiológico. Nós, que estivemos nestes últimos 20 anos com o pires na mão diante das agências de financiamento de pesquisas, continuamos a manter a esperança nos imunologistas, nos pesquisadores da quimio-antibióticoterapia, nos engenheiros da Genética, mas não esquecemos daqueles que sempre foram relegados a um segundo plano, na chamada Política Científica, os professores, os educadores, os sociólogos, e os psicólogos, entre outros profissionais de inegável valor e importância nos dias que correm.
Um tratado de PsicoimunologiaA melhor vacina continua sendo a informação que propicia mudança de comportamento. A Aids veio para ficar e testar também nossos valores ético-morais. Vencerá aquele que tiver melhor capacidade adaptativa as novas exigências, mas dependerá também do outro, que nesta hora por força das circunstâncias terá que ajudar.
O desequilíbrio na relação "stress" - doença é desencadeado por situações diversas da vida individual ou social. Chegamos ao paradoxo de por egoísmo ter de que adotar comportamentos altruístas.
"O amor é irmão gêmeo da dor". O fator crítico que é a adaptação pode ser influenciado por experiências passadas, suporte social, características de personalidade e de defesa do ego, padrão de comportamento habitual, etc. A má adaptação às mudanças é o que parece provocar as alterações do sistema imune, que terminam no aparecimento de sinais e sintomas de doenças. Poucos estão alertados de que a boa adaptação envolve um problema de crescimento espiritual, e que o hormônio desse crescimento não tem origem na hipófise. Pena que só mais tarde muitos irão saber porque o Evangelho é o maior tratado de Psicoimunologia.
FONTE: Jornal dos Espiritos
Capítulo do livro “Dores, Valores, Tabus e Preconceitos”, CELD-Editora.
Publicado no Jornal Espírita, FEESP (SP), em maio de 1992
A negação, a revolta, a raiva
"Por que eu?" O laboratório deve estar errado. É muito azar! É castigo."
Iremos encontrar aqueles tomados de sentimentos persecutórios, sentindo-se alvo de maldições ou coisas semelhantes. Estas são reações paranóides que, num ambiente acolhedor, tendem a ceder e posteriormente são trabalhadas de forma ambulatorial.
Encontraremos os que adotam uma atitude arrogante, de indiferença ou mesmo de desprezo diante da própria enfermidade e do tratamento. É uma tendência à negação da realidade. São reações maníacas que muitas vezes necessitam da intervenção do médico psiquiatra.
Encontraremos ainda reações hipocondríacas, conversivas, ou as dissociativas, como, por exemplo, a amnésia, os estados crepusculares, ou ainda a personalidade múltipla que são reações histeriformes. Aqui o ponto principal é a perda da identidade. Essas últimas vão exigir a atuação médica especializada.
A doença é de tal ordem ameaçadora que existem quadros onde mais de uma entidade está participando. São os quadros clínicos psico-orgânicos, onde sintomas mentais podem vir acompanhados de problemas neurológicos. Há o comprometimento do nível de consciência. Isto introduz um agente complicador que obriga ao diagnóstico diferencial, entre manifestações emocionais, psiquiátricas e organo-cerebrais.
Há na AIDS a eclosão de reações psicológicas e/ou psiquiátricas, mas, se já não bastasse, é necessário considerar a própria característica do paciente que nos locais de atendimento público é predominantemente de baixa renda, sem trabalho fixo ou subempregado, embora jovem, do sexo masculino e anteriormente saudável. A metade dos pacientes é representada pelos toxicômanos, que é condição também predominante no sexo feminino, associada à prostituição.
Num país que vive uma séria crise sócio-econômica, estas observações nos fazem pensar, além do aspecto puramente médico, nas condições de saúde e moradia dessas pessoas antes da contaminação. O fato da grande maioria, dos pacientes, pertencer a grupos com comportamentos de risco dificulta, ainda mais, as suas relações interpessoais. Nesse particular, difícil é a posição da Equipe de Saúde que, com neutralidade, tem que lidar com os valores e o estilo de vida escolhido pelo paciente, ao mesmo tempo que emprega todos os esforços na tentativa de restabelecer o seu estado de ânimo, a sua esperança no tratamento.
Nesta doença, os contactos iniciais com a equipe de saúde são repletos de desconfiança e de omissões de informação, pelo receio do uso que o profissional possa dela fazer. É por isso que nas entrevistas são sempre asseguradas a privacidade e o sigilo, para possibilitar uma relação de confiança, que permita ao paciente relatar particularidades de sua vida e de seus problemas pessoais.
De modo geral os pacientes homossexuais evitam o contacto com a equipe de psicologia e os usuários de drogas são motivados por uma crédula solução mágica, que os ajude a largar o hábito.
O resultado do exameMomento de crucial importância é aquele em que se tem que revelar o resultado do exame sorológico positivo.
As experiências têm demonstrado que o médico deve ser franco quanto aos resultados dos exames e informar sobre todos os recursos de ajuda disponíveis. Embora alguns possam advogar que o paciente está sob forte sofrimento e despreparado para tal revelação, esta conduta coloca sob risco outros membros da comunidade e afasta o processo educativo, que leva ao compromisso de quebra da cadeia de transmissão.
A incerteza de seu futuro conduz à ansiedade ou angústia com manifestações de medo, revolta, impaciência, opressão toráxica, insônia, etc. Dificuldades no mundo exterior intensificam essas manifestações, não raro surgem as ameaças de transfiguração estética, temor da morte, do abandono, perda de emprego, etc.
Reações psicológicas após a confirmação da suspeitaDe modo geral estes pacientes respondem com reações que se assemelham àquelas descritas por Elisabeth Kubler-Ross, para os pacientes referidos como terminais.
NEGAÇÃO - mecanismos de defesa protetores do ego. Existe a fantasia da não contaminação. Sendo assintomáticos, continuam a fazer uso de drogas e a realizar relações sexuais, sem uso de preservativos. Curandeiros podem ser procurados, assim como outros laboratórios para tentar, num novo exame, encontrar o resultado negativo.
REVOLTA - Culpando a família, o parceiro ou outro, questiona: "Por que eu?"
A síndrome de vingança é extremamente rara, ficando apenas na ameaça verbal, quando em ambiente solidário. Imaturos emocionalmente os surpreendemos com a arrogância, o narcisismo, a onipotência tentando desafiar a realidade em atitudes de desprezo pela auto-preservação. Para outros, a doença aparece como um castigo, vindo exatamente no momento em que estavam se recuperando da vida desregrada que levavam. Passam então à fase seguinte conhecida como barganha ou negociação.
BARGANHA - é o momento das promessas. Duro é buscar voluntariamente tratamento para abandonar os tóxicos e não ser aceito por ser portador do vírus. Passa então à nova fase quando tenta resolver situações não resolvidas com as pessoas das suas relações.
INTERIORIZAÇÃO - é a fase onde ainda não está preparado para aceitar a morte.
Na ACEITAÇÃO, última fase, faz o planejamento realístico para a morte, nesse momento já resolveu o que era possível no tempo disponível. Qualquer mudança na condição de saúde do paciente pode precipitar uma mudança de estágio que não é tão uniforme como acima apresentado.
Reações familiaresCom pacientes toxicômanos e/ou homossexuais é muito freqüente a ausência de um dos pais, ou a presença de conflitos familiares anteriores ao diagnóstico. O estilo de vida do paciente era para eles desconhecido e por isso recebem duplo choque. É confirmada a fragilidade dos vínculos familiares ou em outras famílias a adaptação ao estilo de vida do paciente. Surge a necessidade de reestruturação da família. Mas, como se proteger sem abandoná-lo? Como evitar a rejeição social da família? Encontra-se também a superproteção e fatos são escondidos ou camuflados. A condição de vítima do paciente dificulta o seu amadurecimento emocional.
A ajuda à família omissa é de vital importância. Deve-se tirar dúvidas sobre a doença e dar apoio psicológico. Será que haverá vaga para uma nova internação? Reuniões individuais e grupais fazem parte desta programação.
Aspectos psico-imunológicosNuma doença que provoca tantas reações, fica clara a necessidade do diagnóstico diferencial entre manifestações emocionais, psiquiátricas e organo-cerebrais. Este fato nos remete também a outro domínio, que tem sido objeto de estudos recentes, o da influência dos fatores psicológicos na predisposição ou no curso de enfermidades orgânicas, principalmente aquelas ligadas ao sistema imune como infecções, doenças auto-imunes ou malignas.
Atualmente, é consensual admitir que o "stress" produz efeito imunossupressivo. Leucócitos, linfócitos são os soldados desse imenso exército de defesa do corpo humano, que são os primeiros a serem afetados por estados alterados psicológicos. O estudo em dois grupos de indivíduos mostrou que os angustiados mais deprimidos, tinham menor capacidade de reparação do DNA danificado, quando seus leucócitos eram expostos à irradiação de raios X.
Resultado que adiciona evidências sugestivas da influência de fatores psicológicos, é o descontrole apresentado diante do vírus Epstein-Barr da mononucleose infecciosa, que causa uma severa dor de garganta. Mulheres que passaram pelo desconforto da separação conjugal e do divórcio possuíam níveis maiores de anticorpos anti-vírus Epstein-Barr. Por outro lado, os maridos de mulheres em estágio avançado de câncer de mama, após a viuvez apresentavam supressão significativa de linfócitos, com reflexos tanto na imunidade humoral (uma espécie de artilharia imunológica), quanto na imunidade celular ( semelhante a uma infantaria mecanizada).
O estudo com estudantes de Medicina, em vésperas de exame, também tem demonstrado a influência dos fatores psicológicos na economia biológica. Os acadêmicos podem apresentar infecções respiratórias após os exames e mais uma vez vamos encontrar supressão dos linfócitos "killer" (células semelhantes a soldados treinados com técnicas marciais), o que também foi observado em indivíduos com auto-relato de solidão ou em pacientes internados que estiveram muito sozinhos neste período. Os estudantes também apresentaram baixos níveis de interleucina II (uma espécie de comunicação e incentivação do exército de células em combate ativo) e o descontrole diante de determinados vírus como o do Herpes e da Mononucleose.
É conhecida a ação dos corticosteróides como agentes imunossupressores. Os níveis de cortisona podem estar aumentados em pacientes internados solitários, que podem também apresentar diminuição da atividade dos linfócitos.
Estamos diante de observações que nos fazem refletir sobre a Aids e a História da Medicina. Nunca uma doença foi tão rapidamente identificada e descrita com detalhes em seu aspecto etiológico. Nós, que estivemos nestes últimos 20 anos com o pires na mão diante das agências de financiamento de pesquisas, continuamos a manter a esperança nos imunologistas, nos pesquisadores da quimio-antibióticoterapia, nos engenheiros da Genética, mas não esquecemos daqueles que sempre foram relegados a um segundo plano, na chamada Política Científica, os professores, os educadores, os sociólogos, e os psicólogos, entre outros profissionais de inegável valor e importância nos dias que correm.
Um tratado de PsicoimunologiaA melhor vacina continua sendo a informação que propicia mudança de comportamento. A Aids veio para ficar e testar também nossos valores ético-morais. Vencerá aquele que tiver melhor capacidade adaptativa as novas exigências, mas dependerá também do outro, que nesta hora por força das circunstâncias terá que ajudar.
O desequilíbrio na relação "stress" - doença é desencadeado por situações diversas da vida individual ou social. Chegamos ao paradoxo de por egoísmo ter de que adotar comportamentos altruístas.
"O amor é irmão gêmeo da dor". O fator crítico que é a adaptação pode ser influenciado por experiências passadas, suporte social, características de personalidade e de defesa do ego, padrão de comportamento habitual, etc. A má adaptação às mudanças é o que parece provocar as alterações do sistema imune, que terminam no aparecimento de sinais e sintomas de doenças. Poucos estão alertados de que a boa adaptação envolve um problema de crescimento espiritual, e que o hormônio desse crescimento não tem origem na hipófise. Pena que só mais tarde muitos irão saber porque o Evangelho é o maior tratado de Psicoimunologia.
FONTE: Jornal dos Espiritos
Capítulo do livro “Dores, Valores, Tabus e Preconceitos”, CELD-Editora.
Publicado no Jornal Espírita, FEESP (SP), em maio de 1992
AIDS
Humberto Pazian
Ninguém é exatamente igual a outra pessoa, mesmo os gêmeos geneticamente mais próximos possível, não são a mesma pessoa. Mesmo quando a clonagem humana for viável (se é que um dia o será), e os corpos forem tão semelhantes que nenhum aparelho científico, por mais sofisticado que seja, possa achar alguma dessemelhança, afirmamos: não serão iguais!
E por que será tanta convicção? Pelo fato de que todo corpo humano é habitado, ou melhor, utilizado por um só espírito e os espíritos são criados diferentes entre si. Até a romântica história das almas gêmeas pode ser entendida como almas que muito têm em comum, que se realizam pela simples presença e pela grande afinidade espiritual, mas não que sejam idênticas.
Seguindo esse raciocínio, podemos deduzir que mesmo que façamos parte de grupos afins, mesmo que haja muita harmonia entre as pessoas desses grupos poderá e, com certeza, sempre haverá discordância em relações as diversas observações da realidade. Esses grupos podem ser: as famílias, as empresas onde trabalhamos, o país em que vivemos e também a religião que abraçamos.
OS GRUPOS RELIGIOSOS
OS GRUPOS RELIGIOSOS
Toda religião tem em suas bases, conceitos e preceitos que de certa forma direcionam todo o corpo doutrinário. Nesse caso, como não poderia ser diferente, incluímos o Espiritismo.
Muitos conhecem o que chamamos de livros básicos da doutrina, compilados por Allan Kardec, e não poucas vezes os lemos e os utilizamos nas nossas reflexões e na solidificação de nossos argumentos. Como o conhecimento da doutrina está disponível a todas as pessoas e nada há ocultado ou restrito a grupos iniciáticos, pensamos erroneamente, algumas vezes, que todos deveríamos ter a mesma interpretação e as mesmas opiniões sobre o assunto, esquecendo de que não somos iguais em conhecimento e entendimento.
Quem é que detém a verdade, quem tem nas suas interpretações isenção de erros?
Cada um de nós tem um jeito todo especial, todo próprio de ver e sentir a vida e inserida nela está a religião que abraçamos. As divergências exaltadas entre irmão de um mesmo credo, quando observadas com ponderação, assemelham-se as infatigáveis e inúteis disputas infantis.
A ordem e a “pureza doutrinária” devem, sem nenhuma dúvida, ser sempre protegidas e preservadas por todos aqueles que se sintam nesse direito, mas há que se observar como lhes são atribuídos esse direito e se em nome dessa preservação não seja manchado com palavras ríspidas ou atos ferinos o ideal de amor que se quer preservar.
SEMPRE EM JESUS
Cada um de nós é dono e responsável pelo seu destino e a liberdade de expressão, ou livre arbítrio, deve ser reconhecido e exercitado por todos. Teremos sempre o direito e a oportunidade de, na hora certa, manifestarmos nossa opinião, lembrando que temos que encará-la sempre como “nossa” opinião e não a verdade absoluta. E aproveitando o próprio ensinamento que os grandes mestres espirituais já nos passaram, reflitamos: quando surgirem os momentos em que a dúvida quanto a esta ou aquela posição nos arredar a mente, lembremos sempre de Jesus, pois, com certeza, no Seu Evangelho encontraremos a solução.
Fonte: Jornal dos Espíritos
Religiao
Olivier Ameisen, um conceituado pesquisador contemporâneo na área da saúde, "alega que ele mesmo conseguiu abandonar o vício [de bebidas alcoólicas], usando uma droga hoje receitada para relaxar os músculos chamada baclofen."(1) Todavia, muitos especialistas mantêm o ceticismo, advertindo para o perigo que está por trás das chamadas "curas milagrosas" para o problema do alcoolismo.
Entre 1997 e 1999, Ameisen passou um total de nove meses confinado em clínicas para alcoólatras, mas nada funcionou. Em março de 2002, ele começou a testar a droga em si mesmo com doses diárias de cinco miligramas. Quase imediatamente, passou a sentir menos vontade de beber. Gradualmente, aumentou para a dosagem máxima de 270 mg e, então, se viu "curado". Hoje, usa, de 30mg a 50 mg por dia. Contudo, sobre isso, Alain Rigaud, presidente da Associação Nacional para a Prevenção do Alcoolismo e da Dependência da França e Michel Reynaud, membro do hospital Paul-Brousse, em Paris, "temem que a badalação da mídia, a respeito do "remédio" de Ameisen, esteja ofuscando a complexa natureza do alcoolismo."(2)
Uma droga alucinógena, popular na década de 60, pode ajudar cientistas a encontrar um tratamento para o alcoolismo. A hipótese é de um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia. "De acordo com os cientistas, pesquisas feitas com ratos, utilizando ibogaína, mostraram que a substância foi capaz de bloquear o desejo de consumir álcool, por meio do estímulo a uma proteína cerebral." (3) Estudos feitos, recentemente, sobre o uso do topiramato em voluntários alcoólatras, revelaram que essa droga, comumente usada no tratamento da epilepsia, melhora a saúde geral e reduz o desejo de beber - "embora seus efeitos colaterais preocupem o especialista britânico em psiquiatria do vício, Jonathan Chick, do Royal Edinburgh Hospital, afirmam que os resultados são positivos, especialmente os dados que mostram melhoria na saúde." (4)
Como podemos entender o vício? Para mim, é toda dependência química ou psíquica geradora de solicitudes insustentáveis, capazes de levar o dependente a repetir, incessantemente, a ação que sacia, temporariamente, essa "aflição." (5) Geralmente, decorre de uma ação repetitiva, que nem sempre proporciona prazer imediato, mas, que, ao longo do tempo, torna-se objeto de necessidade exarcebada, inconveniente e prejudicial ao indivíduo. Pode ser visto como uma forma equivocada de compensar, superficialmente, algo que deveria estar sendo preenchido interiormente, no íntimo da pessoa. Seja como for, as raízes dessas disfunções estão no passado, quer seja hereditariamente, quer seja espiritualmente, em decorrência de experiências infelizes, remanescentes de pregressas existências. Explica o Espírito Victor Hugo que "no estado de alcoolismo faz-se muito difícil a recomposição do paciente, dele exigindo um esforço muito grande para a recuperação da sanidade. A obsessão, através do alcoolismo, é mais generalizada do que parece. Num contexto social permissivo, o vício da ingestão de alcoólicos torna-se expressão de "status", atestando a decadência de um período histórico que passa lento e doído. "(6) Vale ressaltar que "ao reencarnarmos trazemos conosco os remanescentes de nossas faltas como raízes congênitas dos males que nós mesmos plantamos, a exemplo, da Sindrome de Down, da hidrocefalia, da paralisia, da cegueira, da epilepsia secundária, do idiotismo, do aleijão de nascença desde o berço." (7) Como percebemos, a Doutrina Espírita adverte sobre essa influência espiritual, oculta, ou seja, o meio espiritual que respiramos pode contribuir para o surgimento de um determinado vício. "O viciado em álcool quase sempre tem a seu lado entidades inferiores que o induzem à bebida, nele exercendo grande domínio e dele usufruindo as mesmas sensações etílicas." (8)
Para o dependente do álcool, a deterioração física, mental e social é evidente. Basta observar a figura ictérica, inchada, sem controle dos esfíncteres, perambulando pelas ruas, vítima de tremores, de delírios e alucinações, capaz de beber desodorante, álcool etílico, combustível, perfume e, até, urina [porque sabe que, através dela, parte do álcool ingerido será eliminada]. Surge a cirrose hepática, como o estágio final dos danos causados pelo álcool. Essa patologia é uma forma de dano permanente e irreversível do fígado. O acúmulo de líquido no abdômen - ascite (barriga d'água), desnutrição, confusão mental (encefalopatia) e sangramento intestinal, são alguns sinais de insuficiência hepática. Provoca lesões no coração, resultando em arritmias e outros problemas como trombos e derrames conseqüentes. "Freqüentemente, as pessoas se viciam no álcool como uma forma de mascarar seus problemas. Tratar os efeitos no cérebro não vai resolver esse outro aspecto. Também não deve resolver outros problemas de saúde, como os danos no fígado." (9) Desde 2003, os Cientistas já afirmavam ter descoberto um gene importante para a explicação dos inúmeros efeitos do álcool no cérebro, e esperavam poder produzir "um medicamento que desligasse alguns dos efeitos de prazer ligados à ingestão do álcool, e talvez tentar combater o alcoolismo com remédio."(10) Não deu certo!
Para o psicanalista Luis Alberto Pinheiro de Freitas, autor de "Adolescência, família e drogas" (Editora Mauad), "a liberalidade de muitas famílias com o álcool é um dos maiores problemas para a prevenção:- Há o mito de que a maconha leva os jovens a outras drogas. Mas é o álcool que faz esse papel. E a própria família incentiva o consumo. Tenho pacientes, diz Alberto, que começaram a beber quando o pai, orgulhoso do filho que virava homem, os chamava para drinques." (11) Outro especialista, Frederico Vasconcelos, atesta que o "álcool gera uma doença de longa evolução (dez anos em média) e o abuso entre jovens os leva a drogas maiores: - Uma delas é o ecstasy, encontrado em dois tipos de pastilha: a MAP (meta-anfetamina) e a MDMA (metil-dietil- MA), esta com propriedades alucinógenas e ambas vendidas nas boates da Zona Sul e da Barra da Tijuca. O adolescente se expõe hoje muito mais ao álcool. Está se formando uma geração de dependência de álcool. Além dos riscos à saúde, há os perigos de dirigir embriagado, da violência e de traumatismos decorrentes do abuso de álcool." (12)
Sabemos que tudo se inicia no primeiro gole. Depois, vem a necessidade do segundo, do terceiro e o alcoolismo se instala em nossas vidas. A sede, o sabor, a oportunidade social, as comemorações, a obrigatoriedade em aceitar um drinque oferecido por um "amigo" são as muitas desculpas, nas quais nos apoiamos para ingerir as doses que, mais tarde, serão letais. Precisamos estar atentos para não cometer exageros, abusos, e não resvalar por esse "hábito social", que pode terminar por nos condicionar a ele e nos transformar num trapo de gente, num farrapo humano. Ressalte-se que os limites entre o uso "social" e a dependência nem sempre são claros.
O que se vê nos hospitais, durante a autópsia do cadáver de um alcoólatra crônico, é algo horripilante. O panorama interno do cadáver pode ser comparado ao de uma cidade completamente destruída por um bombardeio atômico. Mudam-se os tipos de bebidas: das mais populares, ao alcance do trabalhador braçal, às mais sofisticadas, para os homens de "status". No entanto, o costume é o mesmo, os prejuízos, iguais. Em verdade o alcoolismo possui um forte estigma social. O número de casos ligados ao abuso de álcool, atendidos nos hospitais na Inglaterra, mais que dobrou nos últimos anos. "Em 2007, houve 207.800 admissões hospitalares vítimas do álcool, comparadas com 93.500 em 1996, segundo um relatório divulgado, recentemente, pelo "Centro de Informação do NHS (National Health Service), o serviço público da saúde do país." (13) Desse total, 57.142 casos tiveram, como causa direta, o abuso de álcool, como embriaguez profunda, dependência, cirrose e intoxicação aguda. "O estudo revelou, ainda, que 9% desses casos envolveram jovens com menos de 18 anos e 30% dos adolescentes de 15 anos consideram aceitável ficar bêbado pelo menos uma vez por semana." (14)
Apesar dos danos que o Álcool provoca na estrutura fisiopsicossomática, existem aqueles especialistas que alegam que "o corpo físico necessita de pequenas quantidades dele". Ledo engano! Isso é, veementemente, contestado pelos Drs. Edgar Berger e Oldmar Beskow, no livro intitulado: ESCRAVOS DO SÉCULO XX. Como vimos acima, o alcoolista não é somente um destruidor de si mesmo, é, também, um veículo das trevas, ponte viva para as investidas arrasadoras do mal. Joanna de Ângelis nos ensina que "a pretexto de comemorações, festas e decisões, não nos comprometamos com o hábito da bebida. O oceano é constituído de gotículas, e as praias, de inumeráveis grãos. Libertemo-nos do chavão "HOJE SÓ", e quando impelidos a comprometimentos nocivos, não encampemos o célebre desculpismo "SÓ UM POUQUINHO", porquanto uma picada que injeta veneno letal, não obstante em pequena dose, produz morte imediata." (15) (destaque meu)
No meu site, publiquei um artigo que escrevi, em 2005, que, ante o desculpismo, que procura arrazoar o hábito de beber, eis uma lenda que, um dia, li em um calendário, com frases e pensamentos orientais:
"Um homem chega ao líder de sua religião, que proíbe a bebida e indaga:
- Grande mestre, as uvas são proibidas?
- Não.
- E o suco de uva é contra a nossa religião?
- Absolutamente.
- E se as uvas fermentarem na água, seremos culpados?
- De jeito nenhum.
- Pois ao fermentar, elas produzem o vinho. Por que é pecado então bebê-lo?
- Bem, respondeu o Grande mestre, - se eu lhe atirar um punhado de terra à cabeça, não lhe farei mal algum.
- Claro!
- Se lhe jogar água misturada com terra, também não o ferirei.
- Certo!
- Mas, se eu pegar nesse punhado de terra misturado com água e o meter no forno para cozimento, transformando-o num tijolo e o atirar na sua cabeça, o que será que pode acontecer?"(16)
Vale refletir!
FONTES:
(1) Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/12/081206_cura_alcoolismorg.shtml
(2) idem
(3) Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2005/01/050119_alcoolismobg.shtml
(4) Cf. revistas científicas Archives of Internal Medicine e Proceedings of the National Academy of Sciences disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/06/080610_alcoolismo_tratamentos_mv.shtml
(5) Do ponto de vista médico, o alcoolismo é uma doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada.
(6) Franco, Divaldo Pereira. Calvário de Libertação - ditado pelo Espírito Victor Hugo , Salvador: 1a. Ed. ALVORADA, 1979
(7) Xavier, Francisco Cândido. Nos domínios da mediunidade, ditado pelo Espírito André Luiz, RJ: Ed FEB, 2000, p.139-140
(8) Peres, Ney Prieto Manual prático do espírita, SP: Ed. Pensamento, 1984, p.55).
(9) Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2004/03/040312_alcoolas.shtml
(10) A pesquisa foi publicada na revista científica Cell , Cf. http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2003/12/031212_alcoholfn.shtml
(11) Alberto , Luis Pinheiro de Freitas.Adolescência, família e drogas, RJ: Editora Mauad, 2002, In Revista "Época" de 29 de julho de 2002, (Marcia Cezimbra, jornal O Globo)
(12) Disponível no site www.alcoolismo.com.br, acesso em 18-07-09
(13) http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/05/080523_bebidajovens_mp.shtml
(14) idem
(15) Franco, Divaldo Pereira. Estudos Espíritas, ditado pelo Espírito Joanna de Angelis 1a. Ed. Ed FEB, RJ: 1983
(16) Hessen, Jorge. Artigo OS CÉLEBRES DESCULPISMOS DO "SÓ UM POUQUINHO!" "HOJE SÓ!", publicado no site http://jorgehessen.net em 14-05-05
Entre 1997 e 1999, Ameisen passou um total de nove meses confinado em clínicas para alcoólatras, mas nada funcionou. Em março de 2002, ele começou a testar a droga em si mesmo com doses diárias de cinco miligramas. Quase imediatamente, passou a sentir menos vontade de beber. Gradualmente, aumentou para a dosagem máxima de 270 mg e, então, se viu "curado". Hoje, usa, de 30mg a 50 mg por dia. Contudo, sobre isso, Alain Rigaud, presidente da Associação Nacional para a Prevenção do Alcoolismo e da Dependência da França e Michel Reynaud, membro do hospital Paul-Brousse, em Paris, "temem que a badalação da mídia, a respeito do "remédio" de Ameisen, esteja ofuscando a complexa natureza do alcoolismo."(2)
Uma droga alucinógena, popular na década de 60, pode ajudar cientistas a encontrar um tratamento para o alcoolismo. A hipótese é de um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia. "De acordo com os cientistas, pesquisas feitas com ratos, utilizando ibogaína, mostraram que a substância foi capaz de bloquear o desejo de consumir álcool, por meio do estímulo a uma proteína cerebral." (3) Estudos feitos, recentemente, sobre o uso do topiramato em voluntários alcoólatras, revelaram que essa droga, comumente usada no tratamento da epilepsia, melhora a saúde geral e reduz o desejo de beber - "embora seus efeitos colaterais preocupem o especialista britânico em psiquiatria do vício, Jonathan Chick, do Royal Edinburgh Hospital, afirmam que os resultados são positivos, especialmente os dados que mostram melhoria na saúde." (4)
Como podemos entender o vício? Para mim, é toda dependência química ou psíquica geradora de solicitudes insustentáveis, capazes de levar o dependente a repetir, incessantemente, a ação que sacia, temporariamente, essa "aflição." (5) Geralmente, decorre de uma ação repetitiva, que nem sempre proporciona prazer imediato, mas, que, ao longo do tempo, torna-se objeto de necessidade exarcebada, inconveniente e prejudicial ao indivíduo. Pode ser visto como uma forma equivocada de compensar, superficialmente, algo que deveria estar sendo preenchido interiormente, no íntimo da pessoa. Seja como for, as raízes dessas disfunções estão no passado, quer seja hereditariamente, quer seja espiritualmente, em decorrência de experiências infelizes, remanescentes de pregressas existências. Explica o Espírito Victor Hugo que "no estado de alcoolismo faz-se muito difícil a recomposição do paciente, dele exigindo um esforço muito grande para a recuperação da sanidade. A obsessão, através do alcoolismo, é mais generalizada do que parece. Num contexto social permissivo, o vício da ingestão de alcoólicos torna-se expressão de "status", atestando a decadência de um período histórico que passa lento e doído. "(6) Vale ressaltar que "ao reencarnarmos trazemos conosco os remanescentes de nossas faltas como raízes congênitas dos males que nós mesmos plantamos, a exemplo, da Sindrome de Down, da hidrocefalia, da paralisia, da cegueira, da epilepsia secundária, do idiotismo, do aleijão de nascença desde o berço." (7) Como percebemos, a Doutrina Espírita adverte sobre essa influência espiritual, oculta, ou seja, o meio espiritual que respiramos pode contribuir para o surgimento de um determinado vício. "O viciado em álcool quase sempre tem a seu lado entidades inferiores que o induzem à bebida, nele exercendo grande domínio e dele usufruindo as mesmas sensações etílicas." (8)
Para o dependente do álcool, a deterioração física, mental e social é evidente. Basta observar a figura ictérica, inchada, sem controle dos esfíncteres, perambulando pelas ruas, vítima de tremores, de delírios e alucinações, capaz de beber desodorante, álcool etílico, combustível, perfume e, até, urina [porque sabe que, através dela, parte do álcool ingerido será eliminada]. Surge a cirrose hepática, como o estágio final dos danos causados pelo álcool. Essa patologia é uma forma de dano permanente e irreversível do fígado. O acúmulo de líquido no abdômen - ascite (barriga d'água), desnutrição, confusão mental (encefalopatia) e sangramento intestinal, são alguns sinais de insuficiência hepática. Provoca lesões no coração, resultando em arritmias e outros problemas como trombos e derrames conseqüentes. "Freqüentemente, as pessoas se viciam no álcool como uma forma de mascarar seus problemas. Tratar os efeitos no cérebro não vai resolver esse outro aspecto. Também não deve resolver outros problemas de saúde, como os danos no fígado." (9) Desde 2003, os Cientistas já afirmavam ter descoberto um gene importante para a explicação dos inúmeros efeitos do álcool no cérebro, e esperavam poder produzir "um medicamento que desligasse alguns dos efeitos de prazer ligados à ingestão do álcool, e talvez tentar combater o alcoolismo com remédio."(10) Não deu certo!
Para o psicanalista Luis Alberto Pinheiro de Freitas, autor de "Adolescência, família e drogas" (Editora Mauad), "a liberalidade de muitas famílias com o álcool é um dos maiores problemas para a prevenção:- Há o mito de que a maconha leva os jovens a outras drogas. Mas é o álcool que faz esse papel. E a própria família incentiva o consumo. Tenho pacientes, diz Alberto, que começaram a beber quando o pai, orgulhoso do filho que virava homem, os chamava para drinques." (11) Outro especialista, Frederico Vasconcelos, atesta que o "álcool gera uma doença de longa evolução (dez anos em média) e o abuso entre jovens os leva a drogas maiores: - Uma delas é o ecstasy, encontrado em dois tipos de pastilha: a MAP (meta-anfetamina) e a MDMA (metil-dietil- MA), esta com propriedades alucinógenas e ambas vendidas nas boates da Zona Sul e da Barra da Tijuca. O adolescente se expõe hoje muito mais ao álcool. Está se formando uma geração de dependência de álcool. Além dos riscos à saúde, há os perigos de dirigir embriagado, da violência e de traumatismos decorrentes do abuso de álcool." (12)
Sabemos que tudo se inicia no primeiro gole. Depois, vem a necessidade do segundo, do terceiro e o alcoolismo se instala em nossas vidas. A sede, o sabor, a oportunidade social, as comemorações, a obrigatoriedade em aceitar um drinque oferecido por um "amigo" são as muitas desculpas, nas quais nos apoiamos para ingerir as doses que, mais tarde, serão letais. Precisamos estar atentos para não cometer exageros, abusos, e não resvalar por esse "hábito social", que pode terminar por nos condicionar a ele e nos transformar num trapo de gente, num farrapo humano. Ressalte-se que os limites entre o uso "social" e a dependência nem sempre são claros.
O que se vê nos hospitais, durante a autópsia do cadáver de um alcoólatra crônico, é algo horripilante. O panorama interno do cadáver pode ser comparado ao de uma cidade completamente destruída por um bombardeio atômico. Mudam-se os tipos de bebidas: das mais populares, ao alcance do trabalhador braçal, às mais sofisticadas, para os homens de "status". No entanto, o costume é o mesmo, os prejuízos, iguais. Em verdade o alcoolismo possui um forte estigma social. O número de casos ligados ao abuso de álcool, atendidos nos hospitais na Inglaterra, mais que dobrou nos últimos anos. "Em 2007, houve 207.800 admissões hospitalares vítimas do álcool, comparadas com 93.500 em 1996, segundo um relatório divulgado, recentemente, pelo "Centro de Informação do NHS (National Health Service), o serviço público da saúde do país." (13) Desse total, 57.142 casos tiveram, como causa direta, o abuso de álcool, como embriaguez profunda, dependência, cirrose e intoxicação aguda. "O estudo revelou, ainda, que 9% desses casos envolveram jovens com menos de 18 anos e 30% dos adolescentes de 15 anos consideram aceitável ficar bêbado pelo menos uma vez por semana." (14)
Apesar dos danos que o Álcool provoca na estrutura fisiopsicossomática, existem aqueles especialistas que alegam que "o corpo físico necessita de pequenas quantidades dele". Ledo engano! Isso é, veementemente, contestado pelos Drs. Edgar Berger e Oldmar Beskow, no livro intitulado: ESCRAVOS DO SÉCULO XX. Como vimos acima, o alcoolista não é somente um destruidor de si mesmo, é, também, um veículo das trevas, ponte viva para as investidas arrasadoras do mal. Joanna de Ângelis nos ensina que "a pretexto de comemorações, festas e decisões, não nos comprometamos com o hábito da bebida. O oceano é constituído de gotículas, e as praias, de inumeráveis grãos. Libertemo-nos do chavão "HOJE SÓ", e quando impelidos a comprometimentos nocivos, não encampemos o célebre desculpismo "SÓ UM POUQUINHO", porquanto uma picada que injeta veneno letal, não obstante em pequena dose, produz morte imediata." (15) (destaque meu)
No meu site, publiquei um artigo que escrevi, em 2005, que, ante o desculpismo, que procura arrazoar o hábito de beber, eis uma lenda que, um dia, li em um calendário, com frases e pensamentos orientais:
"Um homem chega ao líder de sua religião, que proíbe a bebida e indaga:
- Grande mestre, as uvas são proibidas?
- Não.
- E o suco de uva é contra a nossa religião?
- Absolutamente.
- E se as uvas fermentarem na água, seremos culpados?
- De jeito nenhum.
- Pois ao fermentar, elas produzem o vinho. Por que é pecado então bebê-lo?
- Bem, respondeu o Grande mestre, - se eu lhe atirar um punhado de terra à cabeça, não lhe farei mal algum.
- Claro!
- Se lhe jogar água misturada com terra, também não o ferirei.
- Certo!
- Mas, se eu pegar nesse punhado de terra misturado com água e o meter no forno para cozimento, transformando-o num tijolo e o atirar na sua cabeça, o que será que pode acontecer?"(16)
Vale refletir!
FONTES:
(1) Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/12/081206_cura_alcoolismorg.shtml
(2) idem
(3) Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2005/01/050119_alcoolismobg.shtml
(4) Cf. revistas científicas Archives of Internal Medicine e Proceedings of the National Academy of Sciences disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/06/080610_alcoolismo_tratamentos_mv.shtml
(5) Do ponto de vista médico, o alcoolismo é uma doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada.
(6) Franco, Divaldo Pereira. Calvário de Libertação - ditado pelo Espírito Victor Hugo , Salvador: 1a. Ed. ALVORADA, 1979
(7) Xavier, Francisco Cândido. Nos domínios da mediunidade, ditado pelo Espírito André Luiz, RJ: Ed FEB, 2000, p.139-140
(8) Peres, Ney Prieto Manual prático do espírita, SP: Ed. Pensamento, 1984, p.55).
(9) Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2004/03/040312_alcoolas.shtml
(10) A pesquisa foi publicada na revista científica Cell , Cf. http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2003/12/031212_alcoholfn.shtml
(11) Alberto , Luis Pinheiro de Freitas.Adolescência, família e drogas, RJ: Editora Mauad, 2002, In Revista "Época" de 29 de julho de 2002, (Marcia Cezimbra, jornal O Globo)
(12) Disponível no site www.alcoolismo.com.br, acesso em 18-07-09
(13) http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/05/080523_bebidajovens_mp.shtml
(14) idem
(15) Franco, Divaldo Pereira. Estudos Espíritas, ditado pelo Espírito Joanna de Angelis 1a. Ed. Ed FEB, RJ: 1983
(16) Hessen, Jorge. Artigo OS CÉLEBRES DESCULPISMOS DO "SÓ UM POUQUINHO!" "HOJE SÓ!", publicado no site http://jorgehessen.net em 14-05-05
Sem Categoria
Joanes
Cada dia corresponde a uma nova página escrita no livro da sua vida, onde você deverá escrever as melhores memórias.
Assim, quando desperte, dirija ao Infinito a sua prece. Agradeça pela noite superada e rogue ao Pai do Céu as indispensáveis bênçãos para o período começante. Eleve as vibrações da alma e entregue-se ao Senhor, totalmente.
Erga-se e alegre-se com a oportunidade de manter seu corpo físico para os empreendimentos do progresso. Busque ocupar-se com algo nobre, algo que dignifique a sua existência na Terra.
À frente dos transtornos e contratempos, que surgem nos caminhos de todos, invariavelmente, não se deixe conduzir pela irritação, pelo agastamento ou pelo azedume, procurando compreender que nada lhe ocorre sem que tenha um sentido útil para o seu crescimento geral.
Perante as ocorrências da violência e diante dos quadros de agressões que veja em sua rota, realize o melhor que possa, sem praguejamentos, sem revolta, sem desespero, porque você não está senão no mundo que fez por merecer, com as situações que caracterizam a sua quadra evolutiva e com as pessoas do seu mesmo patamar moral, com ligeiras diferenças, facilmente observáveis.
Onde esteja, semeie alegria e jovialidade, atendendo à recomendação do Apóstolo Paulo para que demos graças a Deus por todas as coisas da vida.
Busque fazer novos amigos, mantendo, com carinho, os velhos companheiros. A amizade no mundo é como o beijo solar iluminando as flores, sem o qual elas tendem a murchar e fenecer.
Alimente-se com moderação. Ao é preciso passar fome, contudo, é bom que não transforme o estômago em tonel de venenosas misturas, capazes de o intoxicar, de lhe acumular indevido colesterol nas artérias ou de lhe provocar disfunções hepáticas.
Afaste-se das pseudonecessidades alcoólicas. O álcool de que você precisa para a digestão a Divindade já fez constar do seu programa de produção orgânica. Fora disso, a ingestão dessa substância corresponderá sempre a consciente envenenamento que lhe perturbará a saúde aos poucos.
Procure ser comedido nas brincadeiras, a fim de não constranger os amigos, gerando afastamentos e inimizades, ou para não perder seu precioso tempo com intermináveis lorotas e banalidades que lhe possam prender as horas ao visco da leviandade.
Sorria, seja prazenteiro, uma vez que o Evangelho de Jesus, que você afirma conhecer, é fonte inesgotável de alegrias.
E quando chegar ao fim o seu dia, vivido com maior ou menor dificuldade, ponha-se em meditação. Verifique onde é que você poderia ter sido melhor, em que itens deveria ter agido melhor, e, sem remorsos perniciosos, faça projetos de renovação para o dia seguinte, procurando levá-los seriamente.
Ore e entregue-se uma vez mais ao Supremo Senhor, construindo, dia-a-dia, a própria felicidade, a sua própria luz.
Valorize o seu dia.
Não o desperdice remoendo mágoas ou destilando tormento, mas aprenda a cultivar a alegria de viver, apesar das lutas e limitações que carregue.
Valorize o seu tempo na Terra e prossiga, decidido pelo bem, para que, no serviço do Senhor, você continue crescendo em busca do encontro consigo mesmo.
Meditação: Não julgueis, todavia, que, exortando-vos incessantemente à prece e à evocação mental, pretendamos vivais uma vida mística, que vos conserve fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver. Não; vivei com os homens da vossa época, como devem viver os homens. Sacrificai às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai com um sentimento de pureza que as possa santificar. (Cap. XVII, item 10, segundo parágrafo, do Evangelho Segundo o Espiritismo).
(Fonte: “Para uso diário”, de J. Raul Teixeira – pelo Espírito Joanes)
Cada dia corresponde a uma nova página escrita no livro da sua vida, onde você deverá escrever as melhores memórias.
Assim, quando desperte, dirija ao Infinito a sua prece. Agradeça pela noite superada e rogue ao Pai do Céu as indispensáveis bênçãos para o período começante. Eleve as vibrações da alma e entregue-se ao Senhor, totalmente.
Erga-se e alegre-se com a oportunidade de manter seu corpo físico para os empreendimentos do progresso. Busque ocupar-se com algo nobre, algo que dignifique a sua existência na Terra.
À frente dos transtornos e contratempos, que surgem nos caminhos de todos, invariavelmente, não se deixe conduzir pela irritação, pelo agastamento ou pelo azedume, procurando compreender que nada lhe ocorre sem que tenha um sentido útil para o seu crescimento geral.
Perante as ocorrências da violência e diante dos quadros de agressões que veja em sua rota, realize o melhor que possa, sem praguejamentos, sem revolta, sem desespero, porque você não está senão no mundo que fez por merecer, com as situações que caracterizam a sua quadra evolutiva e com as pessoas do seu mesmo patamar moral, com ligeiras diferenças, facilmente observáveis.
Onde esteja, semeie alegria e jovialidade, atendendo à recomendação do Apóstolo Paulo para que demos graças a Deus por todas as coisas da vida.
Busque fazer novos amigos, mantendo, com carinho, os velhos companheiros. A amizade no mundo é como o beijo solar iluminando as flores, sem o qual elas tendem a murchar e fenecer.
Alimente-se com moderação. Ao é preciso passar fome, contudo, é bom que não transforme o estômago em tonel de venenosas misturas, capazes de o intoxicar, de lhe acumular indevido colesterol nas artérias ou de lhe provocar disfunções hepáticas.
Afaste-se das pseudonecessidades alcoólicas. O álcool de que você precisa para a digestão a Divindade já fez constar do seu programa de produção orgânica. Fora disso, a ingestão dessa substância corresponderá sempre a consciente envenenamento que lhe perturbará a saúde aos poucos.
Procure ser comedido nas brincadeiras, a fim de não constranger os amigos, gerando afastamentos e inimizades, ou para não perder seu precioso tempo com intermináveis lorotas e banalidades que lhe possam prender as horas ao visco da leviandade.
Sorria, seja prazenteiro, uma vez que o Evangelho de Jesus, que você afirma conhecer, é fonte inesgotável de alegrias.
E quando chegar ao fim o seu dia, vivido com maior ou menor dificuldade, ponha-se em meditação. Verifique onde é que você poderia ter sido melhor, em que itens deveria ter agido melhor, e, sem remorsos perniciosos, faça projetos de renovação para o dia seguinte, procurando levá-los seriamente.
Ore e entregue-se uma vez mais ao Supremo Senhor, construindo, dia-a-dia, a própria felicidade, a sua própria luz.
Valorize o seu dia.
Não o desperdice remoendo mágoas ou destilando tormento, mas aprenda a cultivar a alegria de viver, apesar das lutas e limitações que carregue.
Valorize o seu tempo na Terra e prossiga, decidido pelo bem, para que, no serviço do Senhor, você continue crescendo em busca do encontro consigo mesmo.
Meditação: Não julgueis, todavia, que, exortando-vos incessantemente à prece e à evocação mental, pretendamos vivais uma vida mística, que vos conserve fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver. Não; vivei com os homens da vossa época, como devem viver os homens. Sacrificai às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai com um sentimento de pureza que as possa santificar. (Cap. XVII, item 10, segundo parágrafo, do Evangelho Segundo o Espiritismo).
(Fonte: “Para uso diário”, de J. Raul Teixeira – pelo Espírito Joanes)
Psicografias
Paranormalidade em Itatira
Estudantes, a maioria meninas, vivem instantes de apreensão ao entrarem em transe no Distrito de Cachoeira BR
Itatira. Um fenômeno paranormal está afetando estudantes, a maioria meninas, da Escola de Ensino Fundamental Eduardo Barbosa no Distrito de Cachoeira BR, no Município de Itatira, cidade localizada no Sertão Central a 220 quilômetros de Fortaleza. O caso está deixando as autoridades do Município sem uma explicação.
De acordo com depoimentos das vítimas os sintomas são: dores musculares, de cabeça, sufoco no sistema respiratório, no peito, palidez, calafrio, dificuldades para caminhar, náusea, paralisia muscular, aumento nos batimentos do coração, pressão alta, desmaio, inquietação e medo de morrer.
O fato está deixando o secretário de Educação de Itatira, Antônio Inácio, preocupado, pois as vítimas, segundo ele, ficam em transe, agressivas e com perda de identidade. Os jovens, entre 11 e 16 anos, depois que voltam ao normal, não conseguem lembrar nada.
Os familiares, professores e amigos das estudantes, quando estão presentes no momento do fenômeno, ficam apavorados, correm de um lado para outro e precisam agir com rapidez para carregá-las nos braços e levá-las aos hospitais mais próximos em Canindé, Lagoa do Mato e Madalena. A ocorrência começou no último dia 2 e se estendeu por toda a semana. Já atingiu 32 alunas e um estudante.
Após o transe
Após o momento de transe, as meninas se recuperam e voltam a conversar normalmente, como se nada tivesse acontecido.
Para os pais, como não há um diagnóstico para o que está acontecendo, o jeito é acreditar em Deus. Para a auxiliar de serviço da instituição educacional onde se presencia o fato, Francisca Zeneide da Silva, todas as crianças que são dominadas pelo fenômeno agem da mesma forma e, ao retomarem os sentidos, não lembram nada. "Quando acontece com uma, todas ficam em pânico", conta ela.
A diretora da Escola Nazaré Guerra, Eliane Dias, situada em Lagoa do Mato, que tem um anexo funcionando na Escola Eduardo Barbosa, local onde estão ocorrendo os fatos paranormais, não esconde o medo de tudo isso e já pensa em buscar solução junto ao Estado e até mesmo um parapsicólogo. "Vamos nos reunir com as autoridades do Município para buscarmos uma solução. Está todo mundo apavorado, nunca tinha presenciado nada igual ao que vi na última sexta-feira, dia 4", disse. Ela autorizou a suspensão das aulas até que seja esclarecido o ocorrido.
Celebração
Para tentar conter o avanço do fenômeno, o padre Guilherme Afonso de Andrade Pessoa foi convidado a celebrar uma missa na própria escola. No momento de oração, o que se viu foi à repetição da cena por diversas vezes. Em uma determinada ocasião, uma aluna, Graziele da Silva, entrou em transe e mudou totalmente a voz. Houve uma grande correria. Essa é a reação que ocorre para quem presencia a cena. A adolescente dizia que estava com medo e pedia para não deixá-la morrer e chorava muito.
O padre disse que a Igreja é muito prudente em tudo. "É preciso aprofundar bem as coisas, para não dizer palavras sem nexo. A Igreja só emite opinião depois de um estudo aprofundado", disse.
O pastor evangélico, José Carlos, de Lagoa do Mato, distrito mais próximo do local dos acontecimentos, acredita que pode ser uma força espiritual que está agindo dentro da escola, já que da unidade educacional, três jovens morreram em acidentes. "Talvez eles estejam vagando precisando de reza".
TENSÃO
Estudantes relatam angústia e medo
Itatira. Para quem sofre na pele o fenômeno, conta que são momentos angustiantes. De acordo com a estudante Andréia Alves Marcolino, de 16 anos, a "perseguição deste fenômeno é de exato um mês. É tudo muito rápido, começa com um calafrio, depois as mãos ficam trêmulas, os batimentos do coração ficam acelerados, dá sede, um sufocamento toma conta do tórax, as pernas não seguram o corpo e aos poucos vem o desmaio. Quando volto ao normal, não dá para relembrar de nada", relata.
Um dos garotos que vivenciou o problema, Marlei Alves Marcolino, de 14 anos, diz que os acontecimentos acontecem em série. "Quando tudo começa dá uma dor no peito, um arrepio, uma agitação que dá vontade de correr, gritar e pedir para não morrer. A gente desmaia, perde o sentido e o que é pior fica com a voz conturbada. No dia que aconteceu comigo, a professora disse que mais seis alunas sofreram o mesmo ataque", conta.
Emoção
Outra estudante que se emociona e chega a chorar ao descrever a situação é Francisca Diana Lôbo Loiola, de 18 anos. "De imediato dá um nervosismo. Fiquei tonta, bateu um suor frio, a voz fica enrolada e grossa e a força que penetra na mente pede que reze missa e faça orações porque ele não vai ficar satisfeito enquanto não realizar a sua missão. É uma adrenalina muito forte. Estou com muito medo de voltar à sala de aula".
Antônio Carlos Alves
Colaborador
Colaborador
Jorge Hessen* comenta
Alguns estudantes (a maioria meninas) viveram instantes de pânico ao entrarem em transe na Escola de Ensino Fundamental do Distrito de Cachoeira, no Município de Itatira, no estado do Ceará. O episódio está deixando as autoridades da localidade sem uma explicação.
Durante o transe psíquico, as jovens sentem dores musculares, de cabeça, asfixia no sistema respiratório, palidez, calafrio, dificuldades para caminhar, náusea, paralisia muscular, aumento nos batimentos do coração, pressão alta, desmaio, inquietação e medo de morrer. Após a crise, os alunos se recuperam e voltam a conversar normalmente, como se nada tivesse acontecido.
Na tentativa de conter o avanço do fenômeno, um líder religioso foi convidado para orar na própria escola. Mas, no momento da preleção, o que se viu foi à repetição dos transes por diversas vezes. O religioso justificou a ineficácia de sua presença dizendo que a sua Igreja é prudente nesses casos. Para ele, é preciso analisar mais detalhadamente o fato. A Igreja só emite opinião depois de um estudo “aprofundado”. Um representante de outro credo religioso afirmou que pode ser uma força espiritual que está agindo dentro da escola, já que da unidade educacional três jovens morreram em acidentes. "Talvez eles estejam vagando precisando de reza”, opinou.
Uma das estudantes relatou que, na crise, é tudo muito rápido, começa com um calafrio, depois as mãos ficam trêmulas, os batimentos do coração ficam acelerados, dá sede, um sufocamento toma conta do tórax, as pernas não seguram o corpo e aos poucos vem o desmaio. “Quando volto ao normal, não dá para relembrar de nada", afirmou.
Estamos diante de um fenômeno mediúnico coletivo ou um surto de histeria psicótica? O médico do hospital que atendeu as jovens disse que elas chegaram apresentando histeria, gritando, debatendo-se e com comportamento agressivo. Afirmou que a histeria coletiva tem uma explicação científica. Esses fenômenos acontecem em contextos em que há muita tensão, sofrimento não-verbalizado, argumentou.
O fenômeno é uma histeria coletiva disse o clérigo. "De repente, uma aluna surtou e isso contagiou as demais garotas". Pasmem(!) O sacerdote afirmou que os fenômenos de Itatira são totalmente humanos e classificados pela parapsicologia “oscarquevediana” de "psicorragia" ou "hemorragia psíquica.(!!??...)
Obviamente, analisaremos o drama dos alunos sob a ótica espírita. A mediunidade é uma faculdade humana e pode eclodir a qualquer momento. No caso de Itatira, alguns alunos dizem ver o espírito de um aluno desencarnado, chegando a descrevê-lo, vestido com calças de canga azul e uma camisa. Quando o “morto” aparece, os alunos (principalmente as meninas) começam a tremer, a contorcer-se, entram em transe e a partir daí o pavor toma conta delas e desmaiam.
O assunto nos remete ao mês de março do ano de 1857, quando a comuna de Morzine, situada na Alta Sabóia, leste da França, com aproximadamente 2.500 habitantes, encontrava-se, segundo os noticiários da época, sob a influência de uma desconhecida epidemia psíquica. As autoridades francesas designaram o pesquisador Constant, para que investigasse o fato.
Após analisar os fenômenos, Constant elaborou um relatório, em cujos tópicos curiosos destacamos: “de repente sobrevêm sobre as pessoas bocejos, espreguiçamentos, tremores, pequenos solavancos nos braços; pouco a pouco, em curto espaço de tempo, como por efeito de descargas sucessivas; batem nos móveis com força e vivacidade, começam a falar, ou antes a vociferar; no transe as moças têm uma força desproporcional à idade, pois são precisos três ou quatro homens para conter, durante a mesma, meninas de dez anos; deram respostas exatas a perguntas feitas em línguas por elas desconhecidas; após a crise, as meninas não têm qualquer lembrança do que disseram ou fizeram”.
Com esse farto material, sob a ótica espírita, não hesitaríamos em identificar claras evidências de um legítimo enredo obsessivo; no entanto, assim concluiu o pesquisador: “parece ser uma possessão demoníaca, crise histero-demoniomania coletiva. Tratar-se-ia, segundo o diagnóstico proposto, de uma intrigante histeria coletiva, agravada pela fixação na figura demoníaca.(!!??...)
Em decorrência do relatório do senhor Constant, recorreu-se aos tradicionais procedimentos de expulsão demoníaca, a cargo das autoridades religiosas. Tentaram um exorcismo coletivo na igreja local, todavia, as jovens entraram em crise ostensiva simultaneamente, derrubando e quebrando o mobiliário do templo, lançando-se ao chão entre homens e crianças que, em vão, tentavam contê-las. Posteriormente, tentou-se o exorcismo em domicílio, porém não surtiu nenhum efeito.
O interessante fenômeno coletivo de Morzine fez com que Kardec solicitasse orientação específica ao Espírito São Luiz, e o mentor da Sociedade Espírita de Paris explicou o seguinte: "Os possessos de Morzine estão realmente sob a influência dos Espíritos sofredores, atraídos para aquela região por causas que conhecereis um dia, ou melhor, que vós mesmos reconhecereis um dia. O conhecimento do Espiritismo ali fará predominar a boa influência sobre a má fé, isto é, os Espíritos curadores e consoladores, atraídos pelos fluidos simpáticos, substituirão a maligna e cruel influência que desola aquela população. O Espiritismo está chamado a prestar grandes serviços. Será o curador dos males cuja causa era antes desconhecida e ante às quais a ciência continua impotente. Sondará as chagas mortais e lhes ministrará o bálsamo reparador; tornando os homens melhores, deles afastará os Espíritos doentes atraídos pelos vícios da humanidade. Se todos os homens fossem bons, os Espíritos violentos deles se afastariam porque não poderiam os induzir ao mal. A presença dos homens de bem os faz fugir. A dos homens viciosos os atrai, ao passo que se dá o contrário com os bons Espíritos. Assim, sede bons, se quiserdes ter apenas bons Espíritos em redor de vós.”(1)
Como percebemos, os fenômenos de Morzine se mostram atuais. Importa, portanto, que, diante de tão elucidativas afirmações pertinentes à temática, nos abstenhamos de responsabilizar somente os Espíritos momentaneamente imersos nas sombras por todos os dissabores e infortúnios que nos visitam a existência, reconhecendo que processo obsessivo é fenômeno de sintonia, sobretudo mental, em que ondas semelhantes se entrelaçam, fazendo com que os afins se atraiam, ainda que circunstancialmente.
Para a Doutrina Espírita, o esclarecimento dos encarnados, o amparo e consolo dos espíritos desencarnados em sofrimento poderiam acalmar as coisas em Itatira, sem maiores estardalhaços.
Fonte:
(1) Kardec, Allan. Revista Espírita, ano VI, maio de 1863, vol. 5 (mensagem ditada pelo Espírito S. Luiz através da médium sra. Costel, em reunião na SEEP);
* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal lotado no INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.
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Pela autoridade da Chama Trina em meu coração, em nome de Alfa e Omega, da Mãe Divina e do relâmpago azul do coração de Hércules, o Elohim do 1º Raio, Eu comando o Arcanjo Miguel e suas Legiões de Luz Azul Celeste, para nossa proteção aqui e agora: (faça seus pedidos e inclua familiares e amigos)
* São Miguel - *(3x)Arcanjo de Deus Iluminado.
Vista-nos com uma armadura de chama azul – dourada,
Sobreponha-nos com a vossa espada azul flamejante,
Libertando-nos aqui e agora de todo o mal manifestado!Legiões de São Miguel à nossa frente,
Legiões de São Miguel atrás de nós,Legiões de São Miguel à nossa direita,
Legiões de São Miguel à nossa esquerda,Legiões de São Miguel acima de nós,
Legiões de São Miguel abaixo de nós,* São Miguel - *(3x) e Legiões do raio azul Celeste.
* Com suas espadas e armaduras nos protejam aqui! - *(3x)
Selamento: Que a Poderosa Presença EU SOU em mim, sele toda energia agora magnetizada, para que seja utilizada de acordo com a vontade de Deus e somente a vontade de Deus. Assim seja, em nome do Pai, da Mãe, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
miguel
Em Taiwan, a fabricante de eletrônicos Foxconn "anunciou que vai contratar dois mil profissionais de saúde mental para tentar conter uma onda de suicídios em suas fábricas na China".(1) A empresa conta com 700 mil funcionários - cerca de 300 mil deles na China -, fabrica vários produtos para multinacionais, como o celular iPhone, da Apple, os consoles de games PlayStation, da Sony, Wii, da Nintendo, e Xbox, da Microsoft, e o leitor eletrônico Kindle, da Amazon.
Na França, como se não bastasse o preocupante "Dia nacional prevensão ao suicídio", a Justiça francesa está investigando a onda de suicídios na operadora de telefonia France Telecom. Nos últimos dois anos, 46 funcionários da companhia se mataram - 11 deles apenas em 2010, segundo dados da direção da empresa e dos sindicatos.
Nos EUA a Universidade de Cornell, no estado americano de Nova York, lançou recentemente uma campanha de prevenção ao suicídio. A universidade já carrega há muito tempo a fama negativa de ser uma escola marcada por suicídios. Entre 2000 e 2005, houve 10 casos de suicídio confirmados na Cornell.
O número de suicídios na Terra estarrece, analisemos: há dez anos foram "815.000 pessoas que cometeram suicídio. Países do Leste Europeu são os recordistas em média de suicídio por 100.000 habitantes. A Lituânia (41,9), Estônia (40,1), Rússia (37,6) (a taxa de suicídio na Rússia é a segunda no mundo, abaixo somente da Lituânia e leste europeu), Letônia (33,9) e Hungria (32,9). Guatemala, Filipinas, e Albânia estão no lado oposto, com a menor taxa, variando entre 0,5 e 2. Os demais estão na faixa de 10 a 16. Em números absolutos, porém, a República Popular da China lidera as estatísticas. Foram 195 mil suicídios no ano de 2000, seguido pela Índia com 87 mil, os Estados Unidos com 31 mil, o Japão com 20 mil (em 2008 o suicído entre os jovens bateu novo recorde no Japão)e a Alemanha com 12,5 mil." (2)
O suicídio é um ato exclusivamente humano e está presente em todas as culturas. Suas matrizes causais são numerosas e complexas. Alguns vêem o suicídio como um assunto legítimo de escolha pessoal e um direito humano (absurdamente conhecido como o "direito de morrer"), e alegam que ninguém deveria ser obrigado a sofrer contra a sua vontade, sobretudo nas condições como doenças incuráveis, doenças mentais, e idade avançada que não têm nenhuma possibilidade de melhoria.
Nenhuma religião admite o suicídio. Essa unanimidade evidencia tratar-se de algo contrário às leis divinas. Mas , algumas seitas paranóicas fazem cultos ao suicídio, como a Ordem do Templo Solar, a Heaven's gate, a Peoples Temples e outras. Adeptos "notáveis" dessa escola de pensamento inclui o filósofo pessimista Arthur Schopenhauer, Friedrich Nietzsche, e o empirista escocês David Hume.
Sob o ponto de vista sociológico, o suicídio é um ato que se produz no marco de situações anômicas(3), em que os indivíduos se vêem forçados a tirar a própria vida para evitar conflitos ou tensões inter-humanas, para eles insuportáveis. Em verdade para os espíritas o "suicídio é o ato sumamente covarde de quem opta por fugir, despertando em realidade mais vigorosa, sem outra alternativa de escapar".(4)
O suicida não quer matar a si próprio, mas alguma coisa que carrega dentro de si e que, sinteticamente, pode ser nominado de sentimento de culpa e vontade de querer matar alguém com quem se identifica. Como as restrições morais o impedem, ele acaba se autodestruindo. Assim, o suicida mata uma outra pessoa que vive dentro dele e que o incomoda, profundamente. O pensador Émile Durkheim teoriza que a "causa do suicídio, quase sempre, é de raiz social, ou seja, o ser individual é abatido pelo ser social. Absorvido pelos valores [sem valor], como o consumismo, a busca do prazer imediato, a competitividade, a necessidade de não ser um perdedor, de ser o melhor, de não falhar, a pessoa se afasta de si mesmo e de sua natureza. Sobrevive de 'aparências', para representar um 'papel social' como protagonista do meio. Nessa vivência neurotizante, ele deixa de desenvolver suas potencialidades, não se abre, nem expõe suas emoções e se esmaga na sua intimidade solitária."(5)
Curiosamente, há casos e casos. Em incêndios de edifícios, algumas pessoas presas em andares superiores, ter pulado para a morte, ante a proximidade das chamas. Não podemos considerar essa situação como um ato suicida. Há apenas um gesto instintivo de fuga. O calor, nessa situação, é tão intenso que, literalmente, pode levar a pessoa ao estado de absoluta inconsciência.
Situação grave que merece ser analisada é a obsessão que pode ser definida como um constrangimento que um indivíduo, suicida em potencial ou não, sente, pela presença perturbadora de um obsessor(encarnado ou desencarnado). Há suicídios que se afiguram como verdadeiros assassinatos, cometidos por perseguidores desencarnados (e encarnados também). Esses seres envolvem de tal forma a vítima que a induzem a matar-se. Obviamente que o suicida nesse caso não estará isento de responsabilidade. Até porque um obsessor não obriga ninguém ao suicídio. Ele sugere telepaticamente ao ato , porém a decisão será sempre do autocida.
A simples idéia, repetida várias vezes, leva o indivíduo à fascinação, à subjugação, e, por fim, ao suicídio. Emmanuel adverte que o suicídio é como alguém que "pula no escuro sobre um precipício de brasas. Após o ato, sobrevêm a infeliz a sede, a fome, o frio, o cansaço, a insônia, os irresistíveis desejos carnais, a promiscuidade e as tempestades com constantes inundações de lamas fétidas."(6) Em verdade, "de todos os desvios da vida humana o suicídio é, talvez, o maior deles pela sua característica de falso heroísmo, de negação absoluta da lei do amor e de suprema rebeldia à vontade de Deus, cuja justiça nunca se fez sentir, junto dos homens, sem a luz da misericórdia"(7)
Refletindo sobre a questão 945 de "O Livro dos Espíritos", que pensar do suicídio que tem por causa o desgosto da vida? Os Espíritos responderam: "Insensatos! Por que não trabalhavam? A existência não lhes seria uma carga!"(8) O suicídio é a mais desastrada maneira de fugir das provas ou expiações pelas quais devemos passar. É uma porta falsa em que o indivíduo, julgando libertar-se de seus males, precipita-se em situação muito pior. Arrojado violentamente para o Além-túmulo, em plena vitalidade física, revive, intermitentemente, por muito tempo, as chicotadas de consciência e sensações dos derradeiros instantes, além de ficar submerso em regiões de penumbras, onde seus tormentos serão importantes para o sacrossanto aprendizado, flexibilizando-o e credenciando-o a respeitar a vida com mais empenho.
Na literatura espírita encontramos livros que comentam o assunto. Temos como exemplo: "O Martírio dos Suicidas", de Almerindo Martins de Castro, e "Memórias de um Suicida", de Yvonne A. Pereira. O mestre de Lyon , em o livro "O Céu e o Inferno" deixa enorme contribuição em exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual e, especificamente, no capítulo V, da Segunda parte, onde aborda a questão dos suicidas.
Quando um indivíduo perde a capacidade de se amar, quando a auto-estima está debilitada, passa a ter dificuldade de manter a saúde física, psíquica e somática. André Luiz explica que "os estados da mente são projetados sobre o corpo através dos bióforos que são unidades de força psicossomáticas, que se localizam nas mitocôndrias. A mente transmite seus estados felizes ou infelizes a todas as células do nosso organismo, através dos bióforos. Ela funciona ora como um sol irradiando calor e luz, equilibrando e harmonizando todas as células do nosso organismo, e ora como tempestades, gerando raios e faíscas destruidoras que desequilibram o ser, principalmente em atingindo as células nervosas"(9)
O mais grave é que o suicida acarreta danos ao seu perispírito. Quando reencarnar, além de enfrentar os velhos problemas ainda não solucionados, verá acrescida a necessidade de reajustar a sua lesão perispiritual. Portanto, adiar dívida significa reencontrá-la mais tarde, com juros cuidadosamente calculados e cobrados, sem moratória. A questão 920, do Livro Espíritos, registra que a vida na Terra foi dada como prova e expiação, e depende do próprio homem lutar, com todas as forças, para ser feliz o quanto puder, amenizando as suas dores.(10)
Ante o impositivo da Lei da fraternidade, devemos orar pelos nossos irmãos que deram fim às suas vidas, compadecendo-nos de suas angústias, sem condená-los. Até porque, todos os suicidas, sem exceção, lamentam o ato praticado e são acordes na informação de que somente a oração em seu favor aliviam as atrozes dores conscienciais em que se encontram e que lhes parecem eternas.
FONTES:
(1) Cf. informa a edição online do jornal de Hong Kong South China Morning Post
(2) Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Suic%C3%ADdio
(3) Anomia é um estado de falta de objetivos e perda de identidade, provocado pelas intensas transformações ocorrentes no mundo social moderno
(4) Franco, Divaldo, Momentos de Iluminação, Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis, RJ: ed. FEB
(5) Durkheim, Emile. Título: El suicidio. P.imprenta: Tlahuapan, Puebla. Premiá. 1987. 343 p. Edición; 2a ed. Descriptores: Suicidio. Sociología. Aspectos psicológicos
(6) Xavier, Francisco Cândido e Vieira, Waldo. Leis Do Amor, ditado pelo espírito Emmanuel, Ed. FEESP, 1970
(7) Xavier, Francisco Cândido, O Consolador, Ditado pelo Espírito Emmanuel RJ: Ed. FEB - 13ª edição pergunta 154
(8) Kardec , Allan, O Livro dos Espíritos, RJ: Ed FEB, 2001, perg. 945
(9) Xavier, Francisco Cândido, Missionário da Luz, Ditado pelo Espírito André Luiz, RJ: Ed. FEB 2003
(10) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, RJ: Ed FEB, 2002, pergunta 920
Na França, como se não bastasse o preocupante "Dia nacional prevensão ao suicídio", a Justiça francesa está investigando a onda de suicídios na operadora de telefonia France Telecom. Nos últimos dois anos, 46 funcionários da companhia se mataram - 11 deles apenas em 2010, segundo dados da direção da empresa e dos sindicatos.
Nos EUA a Universidade de Cornell, no estado americano de Nova York, lançou recentemente uma campanha de prevenção ao suicídio. A universidade já carrega há muito tempo a fama negativa de ser uma escola marcada por suicídios. Entre 2000 e 2005, houve 10 casos de suicídio confirmados na Cornell.
O número de suicídios na Terra estarrece, analisemos: há dez anos foram "815.000 pessoas que cometeram suicídio. Países do Leste Europeu são os recordistas em média de suicídio por 100.000 habitantes. A Lituânia (41,9), Estônia (40,1), Rússia (37,6) (a taxa de suicídio na Rússia é a segunda no mundo, abaixo somente da Lituânia e leste europeu), Letônia (33,9) e Hungria (32,9). Guatemala, Filipinas, e Albânia estão no lado oposto, com a menor taxa, variando entre 0,5 e 2. Os demais estão na faixa de 10 a 16. Em números absolutos, porém, a República Popular da China lidera as estatísticas. Foram 195 mil suicídios no ano de 2000, seguido pela Índia com 87 mil, os Estados Unidos com 31 mil, o Japão com 20 mil (em 2008 o suicído entre os jovens bateu novo recorde no Japão)e a Alemanha com 12,5 mil." (2)
O suicídio é um ato exclusivamente humano e está presente em todas as culturas. Suas matrizes causais são numerosas e complexas. Alguns vêem o suicídio como um assunto legítimo de escolha pessoal e um direito humano (absurdamente conhecido como o "direito de morrer"), e alegam que ninguém deveria ser obrigado a sofrer contra a sua vontade, sobretudo nas condições como doenças incuráveis, doenças mentais, e idade avançada que não têm nenhuma possibilidade de melhoria.
Nenhuma religião admite o suicídio. Essa unanimidade evidencia tratar-se de algo contrário às leis divinas. Mas , algumas seitas paranóicas fazem cultos ao suicídio, como a Ordem do Templo Solar, a Heaven's gate, a Peoples Temples e outras. Adeptos "notáveis" dessa escola de pensamento inclui o filósofo pessimista Arthur Schopenhauer, Friedrich Nietzsche, e o empirista escocês David Hume.
Sob o ponto de vista sociológico, o suicídio é um ato que se produz no marco de situações anômicas(3), em que os indivíduos se vêem forçados a tirar a própria vida para evitar conflitos ou tensões inter-humanas, para eles insuportáveis. Em verdade para os espíritas o "suicídio é o ato sumamente covarde de quem opta por fugir, despertando em realidade mais vigorosa, sem outra alternativa de escapar".(4)
O suicida não quer matar a si próprio, mas alguma coisa que carrega dentro de si e que, sinteticamente, pode ser nominado de sentimento de culpa e vontade de querer matar alguém com quem se identifica. Como as restrições morais o impedem, ele acaba se autodestruindo. Assim, o suicida mata uma outra pessoa que vive dentro dele e que o incomoda, profundamente. O pensador Émile Durkheim teoriza que a "causa do suicídio, quase sempre, é de raiz social, ou seja, o ser individual é abatido pelo ser social. Absorvido pelos valores [sem valor], como o consumismo, a busca do prazer imediato, a competitividade, a necessidade de não ser um perdedor, de ser o melhor, de não falhar, a pessoa se afasta de si mesmo e de sua natureza. Sobrevive de 'aparências', para representar um 'papel social' como protagonista do meio. Nessa vivência neurotizante, ele deixa de desenvolver suas potencialidades, não se abre, nem expõe suas emoções e se esmaga na sua intimidade solitária."(5)
Curiosamente, há casos e casos. Em incêndios de edifícios, algumas pessoas presas em andares superiores, ter pulado para a morte, ante a proximidade das chamas. Não podemos considerar essa situação como um ato suicida. Há apenas um gesto instintivo de fuga. O calor, nessa situação, é tão intenso que, literalmente, pode levar a pessoa ao estado de absoluta inconsciência.
Situação grave que merece ser analisada é a obsessão que pode ser definida como um constrangimento que um indivíduo, suicida em potencial ou não, sente, pela presença perturbadora de um obsessor(encarnado ou desencarnado). Há suicídios que se afiguram como verdadeiros assassinatos, cometidos por perseguidores desencarnados (e encarnados também). Esses seres envolvem de tal forma a vítima que a induzem a matar-se. Obviamente que o suicida nesse caso não estará isento de responsabilidade. Até porque um obsessor não obriga ninguém ao suicídio. Ele sugere telepaticamente ao ato , porém a decisão será sempre do autocida.
A simples idéia, repetida várias vezes, leva o indivíduo à fascinação, à subjugação, e, por fim, ao suicídio. Emmanuel adverte que o suicídio é como alguém que "pula no escuro sobre um precipício de brasas. Após o ato, sobrevêm a infeliz a sede, a fome, o frio, o cansaço, a insônia, os irresistíveis desejos carnais, a promiscuidade e as tempestades com constantes inundações de lamas fétidas."(6) Em verdade, "de todos os desvios da vida humana o suicídio é, talvez, o maior deles pela sua característica de falso heroísmo, de negação absoluta da lei do amor e de suprema rebeldia à vontade de Deus, cuja justiça nunca se fez sentir, junto dos homens, sem a luz da misericórdia"(7)
Refletindo sobre a questão 945 de "O Livro dos Espíritos", que pensar do suicídio que tem por causa o desgosto da vida? Os Espíritos responderam: "Insensatos! Por que não trabalhavam? A existência não lhes seria uma carga!"(8) O suicídio é a mais desastrada maneira de fugir das provas ou expiações pelas quais devemos passar. É uma porta falsa em que o indivíduo, julgando libertar-se de seus males, precipita-se em situação muito pior. Arrojado violentamente para o Além-túmulo, em plena vitalidade física, revive, intermitentemente, por muito tempo, as chicotadas de consciência e sensações dos derradeiros instantes, além de ficar submerso em regiões de penumbras, onde seus tormentos serão importantes para o sacrossanto aprendizado, flexibilizando-o e credenciando-o a respeitar a vida com mais empenho.
Na literatura espírita encontramos livros que comentam o assunto. Temos como exemplo: "O Martírio dos Suicidas", de Almerindo Martins de Castro, e "Memórias de um Suicida", de Yvonne A. Pereira. O mestre de Lyon , em o livro "O Céu e o Inferno" deixa enorme contribuição em exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual e, especificamente, no capítulo V, da Segunda parte, onde aborda a questão dos suicidas.
Quando um indivíduo perde a capacidade de se amar, quando a auto-estima está debilitada, passa a ter dificuldade de manter a saúde física, psíquica e somática. André Luiz explica que "os estados da mente são projetados sobre o corpo através dos bióforos que são unidades de força psicossomáticas, que se localizam nas mitocôndrias. A mente transmite seus estados felizes ou infelizes a todas as células do nosso organismo, através dos bióforos. Ela funciona ora como um sol irradiando calor e luz, equilibrando e harmonizando todas as células do nosso organismo, e ora como tempestades, gerando raios e faíscas destruidoras que desequilibram o ser, principalmente em atingindo as células nervosas"(9)
O mais grave é que o suicida acarreta danos ao seu perispírito. Quando reencarnar, além de enfrentar os velhos problemas ainda não solucionados, verá acrescida a necessidade de reajustar a sua lesão perispiritual. Portanto, adiar dívida significa reencontrá-la mais tarde, com juros cuidadosamente calculados e cobrados, sem moratória. A questão 920, do Livro Espíritos, registra que a vida na Terra foi dada como prova e expiação, e depende do próprio homem lutar, com todas as forças, para ser feliz o quanto puder, amenizando as suas dores.(10)
Ante o impositivo da Lei da fraternidade, devemos orar pelos nossos irmãos que deram fim às suas vidas, compadecendo-nos de suas angústias, sem condená-los. Até porque, todos os suicidas, sem exceção, lamentam o ato praticado e são acordes na informação de que somente a oração em seu favor aliviam as atrozes dores conscienciais em que se encontram e que lhes parecem eternas.
Jorge Hessen
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net
Blog: http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com
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Blog: http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com
FONTES:
(1) Cf. informa a edição online do jornal de Hong Kong South China Morning Post
(2) Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Suic%C3%ADdio
(3) Anomia é um estado de falta de objetivos e perda de identidade, provocado pelas intensas transformações ocorrentes no mundo social moderno
(4) Franco, Divaldo, Momentos de Iluminação, Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis, RJ: ed. FEB
(5) Durkheim, Emile. Título: El suicidio. P.imprenta: Tlahuapan, Puebla. Premiá. 1987. 343 p. Edición; 2a ed. Descriptores: Suicidio. Sociología. Aspectos psicológicos
(6) Xavier, Francisco Cândido e Vieira, Waldo. Leis Do Amor, ditado pelo espírito Emmanuel, Ed. FEESP, 1970
(7) Xavier, Francisco Cândido, O Consolador, Ditado pelo Espírito Emmanuel RJ: Ed. FEB - 13ª edição pergunta 154
(8) Kardec , Allan, O Livro dos Espíritos, RJ: Ed FEB, 2001, perg. 945
(9) Xavier, Francisco Cândido, Missionário da Luz, Ditado pelo Espírito André Luiz, RJ: Ed. FEB 2003
(10) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, RJ: Ed FEB, 2002, pergunta 920
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