A modulação das tuas ideias deve ser coerente com a harmonia do Universo, para serem compatíveis com o amor e a verdade. A distorção deste princípio tornar-se-á em desarmonia da tua vida. A mente da alma deve ser por natureza, uma harpa divina, oferecendo condições para que as leis da natureza se mostrem em cadência com a vida que ela se propõe a viver, dentro das condições da eternidade.
Sê o vigilante das tuas próprias ideias; elas são tuas. Poderás compartilhar na formação dos teus pensamentos, drenando-os para a compreensão e ativando-os para a justiça com feição do amor. Quem assiste à formação das nossas ideias somos nós mesmos, e os responsáveis por elas não podem ser outros.
Os pensamentos são sementes, que podem ser de luz ou de trevas, do bem ou do mal; depende de quem está pensando. As ideias formadas são forças que, depois de geradas, ajustadas aos canais competentes para saírem de nós pela força mental ou pelas palavras, tornar-se-ão difíceis de serem desfeitas. Não percas as oportunidades de vigiar a formação das tuas ideias e criares um hábito de assim fazê-lo. Esse pode ser e é, um condicionamento de luz, que pelo esforço tornar-se-á instintivo, com o processamento no tempo, na conjuntura do espaço. Não existe confusão neste trabalho: falta-nos, às vezes, paciência no trabalho do auto-aperfeiçoamento. Se passamos milênios fazendo o mal, haveremos, por lei, de retificar o que fizemos fora da lei de justiça e de amor. Não deves te esquecer da gratidão, gratidão à Força Soberana, pelas oportunidades diversas a nós oferecidas, de melhorar, de compreender, aceitar e viver as leis naturais.
Quem pensa na harmonia, quem fala na harmonia, em determinado momento passará a viver essa harmonia. Até que encontrará a felicidade que todos buscamos. Não permitas, meu filho, que ideias falsas se formem em tua cabeça. Se tens o hábito de formá-las, procura curar-te desse mal. Faze um pouco de esforço, que alguém que não estás vendo te ajudará, mas depende de ti dar o primeiro passo. O teu todo é um carro; se deres a partida, ela andará. A nossa conversa pode parecer meio mística, com entendimento difícil, mas não é. São “toques” para que as almas sintam a verdade por elas mesmas e acendam a luz do próprio coração.
Queremos dizer a todos que a força do pensamento ainda é desconhecida entre os homens. Ela dorme por faltar renovação das criaturas. Disse Jesus: Os meus discípulos serão reconhecidos por muito se amarem. O amor é a maior fonte de todas as energias que conhecemos, e ele tem gradação infinita: quanto mais te elevares, mais aprenderás a amar, granjeando luz para o celeiro da tua própria paz espiritual.
A saúde do espírito depende do amor que ele desenvolveu e vive. Não deixes a tristeza invadir teu coração; corta-a logo que a descobrires. Já sabes como mudar as ideias que te fazem sofrer: formando novas ideias.
Pelo Espírito: Miramez
Psicografia de: João Nunes Maia
Livro: Força Soberana
5ª Edição 2002 – Editora Espírita Fonte Viva
Páginas: 17 até 20 – Belo Horizonte – 1986
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Em verdade Jesus, durante milênios, enviou seus emissários para instruir povos, raças e civilizações com conhecimentos e princípios da lei natural.
Além disso, há dois mil anos, veio pessoalmente ratificar os conhecimentos já existentes, deixando a Boa Nova como patrimônio para toda Humanidade.
Para o célebre pedagogo e gênio de Lyon, Allan Kardec, o Cristo foi "Espírito superior da ordem mais elevada, Messias, Espírito Puro, Enviado de Deus e, finalmente, Médium de Deus.". Não há dúvidas que Jesus foi o Doutrinador Divino e por excelência o "Médico Divino", segundo André Luiz.
Quando Allan Kardec questionou os Espíritos sobre quem teria sido o ser mais evoluído da Terra, recebeu uma resposta tão curta quanto profunda: "Jesus!".
Sua lição é não só a pedra angular do Consolador Prometido, da Doutrina dos Espíritos, mas a régua de medida, o referencial universal com que aferiremos o nosso proceder, o nosso avanço ou o nosso recuo no processo de espiritualização que nos propusermos: a visão real do que somos no íntimo de nossa consciência e quão perto ou distante estejamos do amado Mestre Jesus que nos exorta a amarmos uns aos outros como Ele nos amou.
Além disso, há dois mil anos, veio pessoalmente ratificar os conhecimentos já existentes, deixando a Boa Nova como patrimônio para toda Humanidade.
Para o célebre pedagogo e gênio de Lyon, Allan Kardec, o Cristo foi "Espírito superior da ordem mais elevada, Messias, Espírito Puro, Enviado de Deus e, finalmente, Médium de Deus.". Não há dúvidas que Jesus foi o Doutrinador Divino e por excelência o "Médico Divino", segundo André Luiz.
Quando Allan Kardec questionou os Espíritos sobre quem teria sido o ser mais evoluído da Terra, recebeu uma resposta tão curta quanto profunda: "Jesus!".
Sua lição é não só a pedra angular do Consolador Prometido, da Doutrina dos Espíritos, mas a régua de medida, o referencial universal com que aferiremos o nosso proceder, o nosso avanço ou o nosso recuo no processo de espiritualização que nos propusermos: a visão real do que somos no íntimo de nossa consciência e quão perto ou distante estejamos do amado Mestre Jesus que nos exorta a amarmos uns aos outros como Ele nos amou.
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A mediunidade é um canal entre nós
e a dimensão espiritual.
Ele pode ser de luz ou de sombras...
Cabe ao médium iluminar esse canal com os valores mais
nobres da vida, utilizando-o para a prática do bem...
... ou torná-lo em instrumento de interesses
rasteiros, gerando sofrimentos para si mesmo,
nesta mesma vida e em futuras reencarnações.
Muitos médiuns, antes da sua reencarnação, aceitaram a tarefa mediúnica como opção de resgate de erros de vidas passadas. Por isso não se trata de pessoas diferentes, favorecidas ou desfavorecidas pela vida.
Mas todo aquele que comece a sentir sintomas que indicam mediunidade, deve começar a pensar com seriedade sobre o assunto.
Não é em vão que os poderes superiores nos dão faculdades mediúnicas. Elas existem para podermos entrar em contato com o mundo espiritual, receber notícias dos que se foram, esclarecimentos sobre a vida nessa outra dimensão, sobre as leis naturais e sobre todos aqueles “porquês” que tanto angustiam a alma humana. Mas existem principalmente como instrumentos para a prática do bem, no atendimento a espíritos sofredores e obsessores, no consolo aos aflitos de toda natureza e para alívio e cura de enfermidades do corpo e da alma.Sabe-se que a tarefa mediúnica é programada antes da reencarnação e, muitas vezes, ela representa uma troca nas formas de resgate kármico. Digamos que um espírito, conhecendo ou lembrando-se de uma ou mais de suas vidas passadas, nas quais cometeu faltas graves perante a Lei Maior, decide-se a resgatá-las. Entende então, que para acabar com aquele remorso, retirar aqueles “pesos” de sua consciência profunda, precisa renascer na Terra e purgar suas culpas numa existência de sofrimentos ou limitações.
Nessas situações, e quando há merecimento de sua parte, ele pode conseguir uma troca. Em vez de reencarnar com um programa de vida repleto de dores e aflições, irá retornar á matéria trazendo um compromisso de trabalho mediúnico. É a permuta de sofrimentos por uma tarefa de amor. E lembramos, a propósito, que o apóstolo afirmou: “O amor cobre uma multidão de pecados”.
Assim, em vez da doença, da penúria, das deficiências físicas ou problemas semelhantes, esse espírito reencarna trazendo compromisso de trabalho mediúnico, inteiramente gratuito, visando apenas fazer o bem, ajudar o próximo necessitado.
Também é verdade que muitos médiuns sofrem... e muito. Sem dúvida sofreriam muito mais, não fosse a sua tarefa mediúnica.
Mas há também casos de mediunidade que não representam resgate, mas uma tarefa de amor que alguém resolveu assumir.
Se o sofrimento é caminho de evolução, também é instrumento de contenção e de equilíbrio. A dor, queiramos ou não, nos preserva de muitas quedas espirituais, e muitas almas valorosas não a dispensam de suas programações reencarnatórias.
Sempre que alguém vai voltar à terra comprometido com tarefa mediúnica, os mentores elaboram um planejamento para suas futuras atividades. Eles também o preparam devidamente, para poder servir, quando na Terra, como intermediário entre os encarnados e os desencarnados.
O futuro médium então renasce e cresce, recebendo os devidos cuidados da parte dos espíritos responsáveis pela sua tarefa.
Então, ao aproximar-se a época em que deve iniciar a sua atividade mediúnica, começam a lhe ocorrer coisas estranhas: perturbações as mais variadas, doenças que os médicos não conseguem diagnosticar, acidentes anormais, sensações perturbadoras como arrepios e formigamentos, sonhos esquisitos, pesadelos, dores de cabeça, visão ou audição de espíritos, e outras semelhantes.
Nessas ocasiões sempre aparece alguém para dizer que isto pode significar mediunidade.
Pois bem, quando o médium, obedecendo ao compromisso assumido, inicia o desenvolvimento de suas faculdades, também passa a merecer assistência dos bons espíritos, que irão orientá-lo e ajudá-lo de acordo com permissão superior. Mas, para que possa receber essa ajuda é necessário que se torne merecedor, sendo dedicado, responsável, e procurando melhorar sempre as próprias atitudes, tornado-as mais compatíveis com a nobreza de uma tarefa no bem.
O médium deve também trabalhar, sem cessar, pela própria evolução ou crescimento interior; dedicar-se a leituras de elevado teor espiritual, como por exemplo “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. A conduta reta e o amor fraterno representam a sua segurança e equilíbrio como medianeiro entre a dimensão material e a espiritual. Isto é fundamental para fortalecer o seu campo energético e situá-lo fora da faixa de sintonia com entidades inferiores.
Nos meios espíritas é onde poderá encontrar maior segurança para suas atividades, porque é onde melhor se conhece e mais seguramente se trabalha no campo mediúnico.
Mas a mediunidade também pode ser uma faca de dois gumes: com Cristo, na caridade mais pura e sob a direção de pessoas experientes e verdadeiramente fraternas, apresenta-se como ponte de luz entre a Terra e o Céu. Mas quando se propõe ao atendimento a interesses rasteiros, ao ganho de bens, de posições, de influência ou status, ou pior ainda, a fazer o mal, ela se transforma em canal para espíritos das sombras com resultados imprevisíveis, mas sempre muito ruins.
E o pior ocorre no retorno ao mundo espiritual, depois da morte. Ali, o médium faltoso terá de amargar suas dores, seus remorsos e o resultado de suas ações irresponsáveis ou antifraternas, sem falar em que terá de recomeçar tudo outra vez, e em condições mais desfavoráveis.
Na maioria dos casos, o candidato a médium começa a receber o chamamento para a tarefa e não atende; muitos por medo, outros por acomodação e outros ainda, por causa de suas religiões, pois a maioria delas, sem conhecerem bem o assunto, condenam a mediunidade e a comunicação dos espíritos.
Mas as suas faculdades certamente começarão a aflorar, mesmo assim, no tempo previsto. Só que, pela falta de orientação adequada e pelo não cumprimento do compromisso assumido antes da reencarnação, elas podem transformar-se em canal para as mais diversas perturbações, podendo desembocar em doenças ou em desequilíbrios os mais variados, de conseqüências imprevisíveis.
É preciso, no entanto, ver que não foi a mediunidade a causadora desses problemas, mas sim, o descaso do próprio médium que deixou de cumprir seus compromissos.
PERGUNTA FREQUENTE
É possível que todas as pessoas sejam médiuns?
De certa forma todas as pessoas são médiuns, porque todas são passíveis de serem influenciadas pelos espíritos, mas quando falamos em médium a referência é feita aos que tem essas faculdades mais desenvolvidas, capazes de transmitir o pensamento dos espíritos, ou servir como veículo para suas manifestações na matéria.
Há médiuns, desde aqueles que possuem faculdades apenas latentes, até aqueles outros nos quais elas se apresentam com toda a sua potencialidade.
Os primeiros, regra geral, não têm maiores compromissos nesse terreno, enquanto uma mediunidade estuante certamente está informando que há tarefas de maior ou menor abrangência em sua pauta reencarnatória.
Também há casos em que a tarefa é ampliada no decorrer dos anos, a depender do desempenho do médium, enquanto em outros ela não chega a ser cumprida em sua totalidade. E há também aqueles, infelizmente muitos, que a abandonam a meio do caminho, sem falar nos que nem chegam a iniciá-la.
Na maioria dos centros espíritas há cursos para médiuns, com estudos doutrinários e sobre mediunidade, nos quais os participantes vão aprendendo a se concentrar e a educar suas faculdades. Isto é muito importante para que a sua tarefa possa desenvolver-se com equilíbrio e dentro dos princípios de ética ensinados pelo Espiritismo.
A mediunidade praticada com amor, dedicação e desprendimento é fator de equilíbrio e paz para seu portador.
PERGUNTA FREQÜENTE
Quais são as principais atividades mediúnicas desenvolvidas num centro espírita?
As principais atividades mediúnicas nos centros espíritas são a desobsessão e o atendimento a espíritos sofredores.
Alguns centros também se dedicam a curas através da mediunidade, nos mais variados formatos.
Mas as faculdades mediúnicas também são utilizadas para contatos com espíritos orientadores, para recepção de mensagens, para escrita de livros, e muitas outras finalidades voltadas para o bem.
E há ainda a pintura de quadros, por espíritos de pintores, a composição de músicas, etc.
Mediunidade - Médiuns

Sabe-se que nos primórdios do cristianismo essa ideia era aceita e chegou a ser ensinada por alguns “pais da Igreja” como Orígenes, Plotino e Clemente de Alexandria. Até mesmo Santo Agostinho, em “Confissões, I, cap. VI”, escreveu: “
Mas quando o cristianismo instituiu-se, assumindo o formato da Igreja Católica, acomodando-se ao paganismo de Roma, adotando e adaptando algumas das suas práticas, tais como os rituais, a hierarquia, as imagens, etc., afastando-se do modelo ensinado por Jesus que era o da simplicidade, da pobreza e do amor acima de tudo, precisou eliminar aquela idéia. Se não o fizesse, acabaria desestruturando seu edifício e perdendo o bastão do próprio poder, porque a reencarnação é um conhecimento que liberta. Já não seria a Igreja a detentora das chaves do Céu. Seu poder se esvairia como fumaça se os fiéis não mais pudessem ser atemorizados com as ameaças das chamas do inferno, ou atraídos pelas glórias e delícias do Céu.
Então, todos os cristãos, sob pena de serem tachados de hereges, foram forçados a acreditar no dogma que afirma ser o espírito criado na concepção.
Tal crença, incutida no psiquismo dos fiéis ao longo dos séculos (sempre acompanhada do medo de pecar e sofrer por isso terríveis castigos e conseqüências) criou poderosas algemas do pensamento, que foram se cristalizando mais e mais a cada nova encarnação ocorrida num meio cristão. Tanto que, hoje, o simples fato de tentar questionar algum dogma da Igreja católica ou das evangélicas deixa o fiel apavorado, pelo medo de estar cometendo terrível pecado e ter de pagar por ele.
Mas Jesus disse: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará.”
A qual verdade estaria o Mestre se referindo? Certamente a nada que Ele ensinara, porque disse “conhecereis”, ou seja, no futuro. E nem Ele, nem seus seguidores apresentaram algum novo conhecimento que poderia representar tal verdade.
Isto está cristalinamente claro.
Quando disse “A verdade vos libertará”, deixou claro que seus seguidores se encontravam e continuariam se encontrando prisioneiros de algum engano, até que o conhecimento da verdade, no futuro, viesse libertá-los.
Não há qualquer arranjo teológico que possa mostrar outra verdade libertadora que veio depois de Jesus, a não ser o conhecimento da reencarnação e da lei de causa e efeito, trazida pelo espírito que se assinou como A Verdade, apresentando na seqüência todo um universo de informações que foram magnificamente codificadas por Allan Kardec. (V. O Livro dos Espíritos)
Convém observar também que as verdades que o Mestre ensinou não eram de molde a libertar alguém. Uns dirão que elas libertam do pecado, mas o mundo cristão continua tão “pecador” como sempre. Portanto, se alguém analisar estas questões em profundidade e sem as amarras do condicionamento psicológico a que nos referimos anteriormente, acaba ficando maravilhado com tamanha lógica e tal demonstração da sabedoria e de amor do nosso Criador, ao criar a lei que determina a evolução dos seres através das vidas sucessivas.
Essa sim é uma verdade realmente libertadora. Quem acredita na reencarnação e na lei de causa e efeito sente-se realmente livre, dono de si mesmo e único responsável pelos próprios passos, sabendo, no entanto, que tudo que semear, terá de colher.
Outra questão perturbadora é o fato de cada uma das centenas de religiões cristãs afirmar que é a única, a verdadeira, a legítima representante de Deus. Então, se sou da religião X e acredito firmemente que a minha é a verdadeira, como fica a situação das pessoas das outras religiões que também acreditam, com toda firmeza e sinceridade que as suas religiões são as verdadeiras? Se a linha demarcadora entre elas é tão tênue, como pode alguém saber qual é a legítima?
No entanto Jesus não criou qualquer religião. Ele apenas ensinou uma ética de vida, afirmando em várias oportunidades que a cada um será dado de acordo com suas obras.
Ele nunca disse que alguém vai para o inferno porque acredita nisso ou naquilo, mas sempre ensinou a vivência dos valores da alma.
Quanto à idéia da reencarnação, é muito antiga. É encontrada em quase todos os sistemas religiosos do mundo, mesmo entre as tribos selvagens mais afastadas umas das outras; em todos os continentes da Terra e desde os povos mais antigos. Isto mostra que essa idéia não foi inventada. É como se ela tivesse surgido junto com o ser humano, um conhecimento do próprio espírito.
Grandes pensadores como Pitágoras, Sócrates e Platão, tinham-na como fundamento filosófico.
Mas as idéias da reencarnação e da lei de causa e efeito (carma) também estão expressas em vários momentos na própria Bíblia.
No episódio da transfiguração, depois que Jesus conversou com Moisés e Elias na presença de Pedro, Tiago e João, estes lhe perguntaram: “Por que dizem os escribas ser necessário que Elias venha primeiro? Ao que o Mestre respondeu dizendo que Elias já viera, mas não o reconheceram. Então os discípulos entenderam que Ele falava de João Batista” (Mateus 17:12 e 13).
Ora, se Elias foi também João Batista, isto só pode ter se dado mediante a reencarnação, porque diante de Jesus ele apresentou-se em sua antiga forma, quando fora profeta do Velho Testamento.
Em Mat.11:14, essa assertiva é confirmada por Jesus, quando, referindo-se a João Batista, diz: “Se puderdes compreender, ele mesmo é Elias que devia vir”. Observe-se que o Mestre tinha dúvidas sobre a capacidade de entendimento dos discípulos, porque disse: “Se puderdes compreender…”
A idéia da reencarnação também aparece em outros textos:
Em Mat. 16:13 e 14 se diz: “E Jesus perguntou aos seus discípulos: Quem dizem os homens que eu sou? E responderam: uns, João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou algum dos profetas”.
Ora, como poderia ser Jesus algum desses profetas do Antigo Testamento, a não ser pela reencarnação?
Já com Nicodemus, que era doutor da lei, o Mestre foi mais explícito:
“O que é nascido da carne, é carne; o que é nascido do espírito é espírito; não te admires de eu dizer: “Necessário vos é nascer de novo” (João 3:6).”
Fonte: Mundo Espiritual
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As Alterações realizadas na Bíblia ao longo dos séculos, para adaptá-las às novas doutrinas teológicas, são “um caso muito sério”.
Por José Reis Chaves
Teósofo e biblista
Faz uns três anos, mais ou menos, que uma freira me disse que muitas autoridades religiosas gostariam de escrever para um jornal de grande circulação, tal como é O Tempo, acordando os assuntos desta coluna, mas que não podem fazê-lo pelo seu compromisso de obediência à hierarquia eclesiástica. E acrescentou que a Igreja precisa de indivíduos como eu, que, segundo ela, sabem das coisas, são livres para expô-las de público e tem coragem para isso.
Pode-se dizer que assim como há ditaduras políticas, há também as religiosas. E, ao raiar a liberdade democrática em uma nação, entre as primeiras providências advindas do novo regime democrático incluem-se os preparativos para que se promulgue logo uma nova constituição, com o objetivo de se aprimorar os direitos consentâneos à cidadania dos seus compatriotas.
Como religião, o Cristianismo não escapou de sua fase ditatorial, quando certas doutrinas teológicas polêmicas foram impostas à força pela ala ortodoxa da Igreja apoiada pelo poder temporal. E que é uma das reformas que deveriam ser feitas depois que o Tribunal do Santo Ofício chegou ao fim?
É estranho que certas doutrinas que os cristãos eram obrigados a aceitar – sob pena de serem condenados, inclusive à pena de morte na fogueira da Inquisição –, continuem em vigor. Tal como acontece com o fim dos regimes de força, o mesmo deveria ocorrer com as doutrinas religiosas impostas à força no passado, ferindo o direito humano de crer ou não crer naquilo que, reciprocamente, está de acordo ou não com a voz de sua consciência.
E, assim, toda doutrina religiosa que prevaleceu não pela lógica e pela razão, mas por coação, deveria ser revista. Esse é o problema mais grave do Cristianismo. E as autoridades eclesiásticas sabem disso – e como sabem –, mas nada fazem. Enquanto isso, o cristão anda cada vez mais descrente.
Nunca foi minha intenção desmoralizar a Igreja ou qualquer outra religião. Pelo contrário, até desejo que elas reencontrem o caminho certo do verdadeiro Cristianismo. A verdade é que alguns dogmas polêmicos só são aceitos por pessoas que não estudam a Bíblia, a teologia e a história do Cristianismo; ou então, que os estudam, mas com viseiras, pois que são comprometidas, profissionalmente, com seu sistema religioso, do qual tiram a sua subsistência.
Mas já havia advertido o Nazareno que não podemos servir a Deus e a mamon (dinheiro).
E o “Apóstolo dos Gentios” dizia que ele trabalha para seu sustento, evitando, assim, pesar para seus irmãos. Como sobejamente se sabe, as autoridades religiosas prestam uma obediência cega às que lhes são hierarquicamente superiores. E sua disciplina é tão rigorosa quanto a militar, ou às vezes até mesmo mais rigorosas do que a dos militares.
Confidenciou-me um padre que Jesus protege de fato a Igreja, caso contrário, ela já teria sucumbido, pois que o clero e os teólogos cristãos vem fazendo tudo para destruí-la, ao longo dos séculos. E embora eu não concorde totalmente com o renomado teólogo Albert Schweitzer, uma advertência sua incomoda-nos: “Quem é vacinado com o soro da teologia cristã, está imunizado contra o espírito do Cristo”.
Mas o certo é que a Bíblia, no decorrer dos séculos, sofreu várias transformações justamente para que fosse adaptada às novas doutrinas teológicas. E há pessoas ingênuas que ainda acham que a Bíblia é “ipsis litteris” a palavra de Deus. Segundo o maior biblista do mundo, Bart. D. Ehrman – Ph.D em Teologia em Princeton University, diretor do Departamento de Estudos Religioso da University of North Carolina e autor de “O que Jesus Disse? O que Jesus não Disse?” (Editorial Prestígio, 2006), a Bíblia tem cerca de 400.000 alterações, o que é um caso muito sério.
Por José Reis Chaves
Teósofo e biblista
Faz uns três anos, mais ou menos, que uma freira me disse que muitas autoridades religiosas gostariam de escrever para um jornal de grande circulação, tal como é O Tempo, acordando os assuntos desta coluna, mas que não podem fazê-lo pelo seu compromisso de obediência à hierarquia eclesiástica. E acrescentou que a Igreja precisa de indivíduos como eu, que, segundo ela, sabem das coisas, são livres para expô-las de público e tem coragem para isso.
Pode-se dizer que assim como há ditaduras políticas, há também as religiosas. E, ao raiar a liberdade democrática em uma nação, entre as primeiras providências advindas do novo regime democrático incluem-se os preparativos para que se promulgue logo uma nova constituição, com o objetivo de se aprimorar os direitos consentâneos à cidadania dos seus compatriotas.
Como religião, o Cristianismo não escapou de sua fase ditatorial, quando certas doutrinas teológicas polêmicas foram impostas à força pela ala ortodoxa da Igreja apoiada pelo poder temporal. E que é uma das reformas que deveriam ser feitas depois que o Tribunal do Santo Ofício chegou ao fim?
É estranho que certas doutrinas que os cristãos eram obrigados a aceitar – sob pena de serem condenados, inclusive à pena de morte na fogueira da Inquisição –, continuem em vigor. Tal como acontece com o fim dos regimes de força, o mesmo deveria ocorrer com as doutrinas religiosas impostas à força no passado, ferindo o direito humano de crer ou não crer naquilo que, reciprocamente, está de acordo ou não com a voz de sua consciência.
E, assim, toda doutrina religiosa que prevaleceu não pela lógica e pela razão, mas por coação, deveria ser revista. Esse é o problema mais grave do Cristianismo. E as autoridades eclesiásticas sabem disso – e como sabem –, mas nada fazem. Enquanto isso, o cristão anda cada vez mais descrente.
Nunca foi minha intenção desmoralizar a Igreja ou qualquer outra religião. Pelo contrário, até desejo que elas reencontrem o caminho certo do verdadeiro Cristianismo. A verdade é que alguns dogmas polêmicos só são aceitos por pessoas que não estudam a Bíblia, a teologia e a história do Cristianismo; ou então, que os estudam, mas com viseiras, pois que são comprometidas, profissionalmente, com seu sistema religioso, do qual tiram a sua subsistência.
Mas já havia advertido o Nazareno que não podemos servir a Deus e a mamon (dinheiro).
E o “Apóstolo dos Gentios” dizia que ele trabalha para seu sustento, evitando, assim, pesar para seus irmãos. Como sobejamente se sabe, as autoridades religiosas prestam uma obediência cega às que lhes são hierarquicamente superiores. E sua disciplina é tão rigorosa quanto a militar, ou às vezes até mesmo mais rigorosas do que a dos militares.
Confidenciou-me um padre que Jesus protege de fato a Igreja, caso contrário, ela já teria sucumbido, pois que o clero e os teólogos cristãos vem fazendo tudo para destruí-la, ao longo dos séculos. E embora eu não concorde totalmente com o renomado teólogo Albert Schweitzer, uma advertência sua incomoda-nos: “Quem é vacinado com o soro da teologia cristã, está imunizado contra o espírito do Cristo”.
Mas o certo é que a Bíblia, no decorrer dos séculos, sofreu várias transformações justamente para que fosse adaptada às novas doutrinas teológicas. E há pessoas ingênuas que ainda acham que a Bíblia é “ipsis litteris” a palavra de Deus. Segundo o maior biblista do mundo, Bart. D. Ehrman – Ph.D em Teologia em Princeton University, diretor do Departamento de Estudos Religioso da University of North Carolina e autor de “O que Jesus Disse? O que Jesus não Disse?” (Editorial Prestígio, 2006), a Bíblia tem cerca de 400.000 alterações, o que é um caso muito sério.
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A harmonia mental e o equilíbrio evangélico nutrem as energias benfeitoras que circulam pelo perispírito, aumentando-lhe a luz e vitalidade, as quais, por força de sua alta vibração, também fluem para o meio exterior depois de utilizadas em
nível mental superior. Mas, quando a alma se degrada na prática de atos aviltantes e exaure suas forças para alimentar a violência ou a crueldade, ocorre um abaixamento vibratório tão nefasto, que se poderia descrever como sendo uma "carbonização" das energias astrais em torno do seu corpo fluídico. No caso da harmonia mental, as energias circulantes representam o "maná" que nutre o espírito em sua dinâmica angélica; mas o desequilíbrio perturba as forças operantes e então surgem os resíduos cáusticos, que depois se depositam na delicadeza circulatória do perispírito, formando uma crosta ácida, coleante e viscosa, que corrói, sufoca e alucina. Eis, então, as toxinas que os pântanos das trevas umbralinas depois absorvem no serviço rude da cura espiritual, e cujo processo resulta em atroz sofrimento para a alma, assim como, no benefício das intervenções cirúrgicas do vosso mundo, a dor está presente mas sem representar a punição do enfermo.
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A Lei Cármica não pune, mas "reajusta". O processo de retificação espiritual propende para um só objetivo, que é consolidar a consciência ignorante e depois emancipá-la na sua configuração individual no Cosmo. É um processo severo e discipl
inado, mas sempre ascensional, visando a ventura do espírito, o qual, à medida que gradativamente aumenta ou amplia a sua área de consciência e afina o seu sentimento, opera a metamorfose do animal em anjo. No caminho da evolução espiritual, a Lei Cármica encarrega-se de indicar o caminho certo ao viajante despreocupado e teimoso, corrigindo os desvios que o retardam no caminho da angelitude. Desde o princípio do mundo o Criador tem enviado aos homens instrutores espirituais, que encarnam em todas as latitudes geográficas e entre os povos mais exóticos do orbe terráqueo, dando-lhes em linguagem pátria e acessível a todo entendimento as rotas exatas do caminho certo e das realizações ascensionais do espírito. Eles têm aconselhado tudo o que se deve fazer em todos os momentos de angústias e complicações humanas, apontando os labirintos ilusórios e afastando as sombras perturbadoras. Hão deixado sobre a Terra ensinamentos de todos os matizes e em todas as línguas, nos moldes mais científicos ou nas asas da poesia mais pitoresca, tudo de conformidade com a ética divina e a legislação da verdadeira e definitiva pátria espiritual. Nenhum povo e nenhuma criatura deixou de ser atendida, pois cada homem é o prolongamento de uma extensa cadeia de renascimentos em que, através de várias raças, ambientes e oportunidades diferentes, o seu espírito trava conhecimento com todas as formas de doutrinas e ensinamentos ministrados pela pedagogia sideral, a fim de desenvolver em si mesmo o sentido da universalidade e a definitiva consciência de sua imortalidade.
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A definição de entidade "menos digna" prende-se a várias interpretações das quais será oportuno cogitar. Minuto a minuto, no labor comum da vida humana, o espírito é chamado a se comunicar com entidades menos dignas, da censura, da vaidade,
da mentira, do orgulho, da maledicência, do amor-próprio, da pretensão, da impiedade, da luxúria, da presunção e da cólera! O problema mais grave da criatura não é o de evitar comunicação com entidades menos dignas, mas sim o de como passar a agir após o contato com elas. Na hipótese de sermos entidade menos digna, cremos que o maior perigo para o médium, ou para vós que nos ouvis, não seria a nossa personalidade, mas sim as possíveis indignidades que despertassem em vós, devido à nossa influência. O perigo estaria, portanto, na simpatia que pudesse resultar entre vós e aquilo que fosse indigno. Muitos homens se consideram virtuosos porque deixaram de fumar; no entanto, o que mais lhes causa temor é o verem outros homens fumarem, porque ainda não venceram completamente o vício, que os espreita como um contínuo desejo oculto. Do mesmo modo, as criaturas realmente dignas nunca poderão temer que as encaminharemos para o mal, salvo se ainda lhes vive, oculto, o desejo para o mal. Encontrai-vos rodeados de tantas influências menos dignas que, de modo nenhum, poderíamos significar para vós um perigo, ao pôr em relevo as vossas responsabilidades. Satanás — entidade menos digna — não conseguiu perverter a alma de Jesus; no entanto, invocando legiões de anjos e cantando hosanas ao Cristo, os sacerdotes matavam criaturas nas fogueiras da Inquisição e os protestantes assassinavam os seus irmãos no Novo Mundo!
Espíritos
A obsessão é o domínio que alguns Espíritos inferiores logram adquirir sobre outros Espíritos, que se opera por meio da sintonia mental ou influência magnética, em que os fluidos perispirituais exercem papel fundamental.
É um fenômeno que, graças à conscientização de alguns psiquiatras espíritas, vem sendo estudado nos meios acadêmicos, facultando os diagnósticos e os tratamentos de certas enfermidades psíquicas, porém, ainda há muita ignorância no meio científico, razão pela qual, mesmo na atualidade, pessoas são internadas como se fossem loucas, quando não passam de obsidiadas. Precisam também de tratamento espiritual, sem que o terminam enlouquecendo de fato.
A obsessão apresenta surtos epidêmicos que vêm se acentuando nos últimos tempos, em que “[...] A mente humana abre-se, cada vez mais, para o contato com as expressões invisíveis”, e em que a Humanidade experimenta os efeitos da transição para o mundo de regeneração. A violência é o sintoma mais declarado dessa epidemia obsessiva que ronda a Humanidade, não só a violência coletiva, via de regra açulada pelo comportamento de massa, mas também a violência individual e também aquela que ocorre na intimidade das famílias ou mesmo nos locais públicos.
A obsessão, alçada à categoria de expiação, funciona também como prova, com vistas ao despertamento do Espírito para novos valores morais. Todos estamos sujeitos a ela, sejamos ou não espíritas, sejamos ou não médiuns ostensivos. As obsessões, classificadas por Kardec como simples, fascinação e subjugação, sempre existiram, nominadas, em o Novo Testamento, como “possessão”.
Na obsessão simples, o médium sabe que está sendo assediado por um Espírito perseguidor e este não disfarça. É um inimigo declarado, do qual é mais fácil se defender. Por isso, o médium se mantém em guarda e raramente é enganado. Entretanto, a pessoa não consegue se livrar deste tipo de assédio com facilidade, devido à persistência do obsessor. Apesar de tudo isso, a obsessão simples pode ser vencida pela própria vítima, sem a ajuda de terceiros, desde que conserve firme a vontade.
Já a fascinação é uma modalidade de obsessão mais acentuada, devido à ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento da pessoa, a qual lhe confunde o raciocínio, inibindo a sua capacidade de julgar as comunicações, visto que o fascinado não acredita que esteja sendo iludido. Toda vigilância é pouca, pois até mesmo os mais instruídos podem se enganados. Aqui, as consequências da interferência espiritual são mais graves: o obsessor, extremamente astuto e hipócrita – pois apresenta falsos aspectos de virtude -, convence a vítima a aceitar teorias e idéias absurdas. A tática principal do obsessor, nesta hipótese, é afastar o obsidiado das pessoas das quais depende para furtar-se ao processo obsessivo ou daqueles que poderiam advertir a vítima do seu erro.
A subjugação, também conhecida como “possessão”, conforme já visto, é outro tipo de obsessão. Assemelha-se muito à fascinação, porém, aqui, o obsessor atua com maior intensidade, uma vez que manipula o médium não apenas no aspecto psicológico, mas também no aspecto físico, sem que isto implique coabitação corporal permanente. A subjugação – psicológica ou corporal – é uma interferência do obsessor que paralisa ou anula a vontade e o livre-arbítrio daquele que a sofre e o faz agir contra a própria vontade.
A obsessão pode acontecer de várias maneiras: de encarnado para encarnado; de desencarnado para desencarnado; de desencarnado para encarnado; de encarnado para desencarnado; auto-obsessão; e obsessão recíproca.
As causas da obsessão variam de acordo com o caráter dos Espíritos envolvidos, mas a raiz dela está sempre nas enfermidades morais, características comuns aos habitantes dos planetas de provas e expiações, como é a Terra, tais quais vingança (muitas vezes de um inimigo do passado), ódio, inveja, orgulho, ira, ciúme, avareza, egoísmo, vaidade, maledicência, etc.
As consequências da obsessão dependem do grau de influência dos Espíritos e do poder de defesa e reação do obsidiado, podendo ir de um simples mal-estar até os desequilíbrios mentais e físicos de todos os matizes. Nos casos de fascinação e subjugação, se não forem tratadas a tempo, graças ao contato prolongado dos fluidos malsãos com as moléculas do organismo, podem levar à dominação completa, gerando enfermidades orgânicas e psicológicas graves que põem em risco a sanidade e a vida do paciente, caso em que se faz necessário, também, o tratamento médico convencional.
Independente do tipo de obsessão, porém, ela somente se inicia no caso de o obsidiado consentir, seja pela sua invigilância, seja pela sua fraqueza ou por nesta se comprazer. Daí a importância de o paciente mudar o seu comportamento, que, muitas vezes, é o fomentador da obsessão. Por isso, a recomendação de Jesus à mulher adúltera igualmente serve a todos nós: “Vai e não peques mais”, isto é, corrijamo-nos moralmente, evitando reincidir no erro, para que outros obsessores não sejam de novo atraídos pela nossa conduta irrefletida.
Os meios preventivos da obsessão são os mais eficazes e relativamente simples, pois encontram nos ensinamentos de Jesus remédios morais infalíveis, quando seguidos à risca. A prática do bem em todos os sentidos, a vigilância mental, o estudo, o trabalho, a oração pelo obsessor e por si mesmo, o perdão, a transformação íntima, a substituição de certos hábitos por outros mais elevados, contribuem muito para se evitar a influência dos irmãos infelizes, os quais, mesmo que perseverem com sua presença indesejável, acabam, não raras vezes, mudando de ideia e seguindo os bons exemplos da vítima e, às vezes, até perdoando o desafeto. Mesmo que o obsessor não se sensibilize com a conduta exemplar, muitas vezes acaba desistindo da perseguição, ao perceber que a vítima não está iludida e que lhe é impossível enganá-la. Assim, a confiança irrestrita em Deus e nas suas leis imutáveis constitui excelente antídoto contra a obsessão.
Já os casos de obsessão mais graves, uma vez instalados, exigem tratamento especializado, que geralmente são feitos nas reuniões doutrinárias de desobsessão, em que os perseguidores são esclarecidos sobre os problemas que os atormentam, num trabalho de orientação fraterna, com vistas a persuadi-los do erro em que incorrem.
As sessões de exorcismo, que consistem na prática de “expulsar” os chamados “demônios”, por meio de fórmulas e rituais místicos, muito utilizadas no passado e ainda atualmente, embora com menor intensidade, por certas doutrinas religiosas, mostraram-se ineficazes no tratamento da obsessão. O êxito do tratamento depende mais da autoridade moral do religioso do que de fórmulas ritualísticas ou ordens imperativas para que o Espírito obsessor se afaste. O Espiritismo não adota essa prática, porque não professa a crença na existência dos “demônios” como seres devotados eternamente ao mal, uma vez que eles nada mais são do que os Espíritos desencarnados (homens e mulheres que viveram na Terra), e ainda não evoluíram, como muitos de nós, e que constituem os enfermos que necessitam de remédio.
O Evangelho no Lar e a água fluidificada também são tratamentos muito eficazes, assim como os passes magnéticos, estes utilizados na Casa Espírita, geralmente empregados em complementação às sessões de evangelização dos Espíritos, com vistas à renovação dos fluidos malsãos que afligem os obsidiados.
Como ensinam os Espíritos, o mais poderoso meio de se combater a influência dos maus Espíritos é lutar, o máximo possível, para conquistar a virtude dos bons. Enfim, evangelizar-se, pois, no fundo, a obsessão é um problema educativo. Todos nós, sem exceção, estamos lutando para nos libertar das influências do mal, que, a rigor, reside em nós mesmos. Sem negligenciar-mos a saúde corporal, devemos dar prioridade à saúde da alma e, assim, como ensinou Jesus, seremos médicos de nós mesmos!
Autor (a): Christiano Torchi
Reformador (Revista de Espiritismo Cristão) – Federação Espírita Brasileira –
Ano: 127 – Nº 2.160 – Páginas: 31 à 33 – Fevereiro/2009
Livros Pesquisados:
KARDEC, Allan – O Livro dos Médiuns – 8º Edição – Federação Espírita Brasileira (FEB) – Cap.: 23, itens: 237 até 254 – Rio de Janeiro – 2007.
XAVIER, Francisco Cândido – Nos Domínios da Mediunidade – Pelo Espírito de André Luiz – 34ª Edição – 1ª Reimpressão – Cap.: 01 – Federação Espírita Brasileira (FEB) – Rio de Janeiro – 2008.
KARDEC, Allan – Obras Póstumas – 4ª Edição – Parte 1 Manifestações dos Espíritos, § 7, item 56 – Federação Espírita Brasileira (FEB) – Rio de Janeiro – 2007.
XAVIER, Francisco Cândido – Os Mensageiros – Pelo Espírito André Luiz – 45ª Edição – 1ª Reimpressão – Cap.: 05 – Federação Espírita Brasileira (FEB) – Rio de Janeiro – 2008.
KARDEC, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo – 127ª Edição – Cap.: 03, itens: 01 à 19 – Federação Espírita Brasileira (FEB) – Rio de Janeiro – 2007.
KARDEC, Allan – A Gênese – 52ª Edição – 1ª Reimpressão – Cap.: 14, itens: 45 à 49 – Federação Espírita Brasileira (FEB) – Rio de Janeiro – 2008.
Trechos da Bíblia – Novo Testamento
Marcos, Cap.: 01 Versículos: 21 à 27
LUCAS, Cap.: 4 Versículos: 31 à 41
JOÃO, Cap.: 8 Versículo: 11
Sem Categoria
A reencarnação acha-se claramente expressa nos textos sagrados. Muitas são as passagens do Velho e Novo Testamentos que nos servem para elucidar tal afirmativa.
Podemos ainda dividi-las em partes que nos mostrem seu caráter provacional, evolutivo, missionário e, acima de tudo, como Lei Divina.
A seguir analisamos algumas passagens:
Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos. (Isaías, 26: 19)
A crença nos renascimentos era vista entre os judeus sob o nome de ressurreição. Por isso o Profeta usa este termo, mas no fundo quer dizer a mesma coisa, ou para ser mais preciso, no seu sentido de renovação para uma nova vida, logo, a ressurreição é um objetivo da reencarnação.
Isaías diz que os mortos viverão, isto não pode ser entendido como viverão após a vida terrena, porque senão ele diria: ainda vivem. O termo viverão quer dizer tornar a viver; e para completar, e a terra lançará de si os mortos, nos dá claramente a idéia de voltar ao corpo de carne.
E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és
Mestre vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se
Deus não for com ele.
Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabe donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso?
Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre em Israel, e não sabes isto? (…) (João, 3: 1 a 10)
Esta é a passagem clássica em que o texto evangélico mostra a reencarnação com o objetivo de chegar à perfeição; aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus.
Jesus não podia ser mais claro no sentido de afirmar a necessidade reencarnatória. E diante da ignorância de Nicodemos, Ele explica: nascer da água e do Espírito (…)
A água sempre foi tida como o início da vida. Na Cabala hebraica, a água era a matéria primordial; o elemento frutificador.
Na Gênese mosaica, o autor diz que no princípio, o Espírito de Deus se movia sobre as águas. (Gênesis, 1: 2)
E este ensinamento é também dado por Emmanuel:
O protoplasma foi o embrião de todas as organizações do globo terrestre (…) Os primeiros habitantes da Terra, no plano material, são as células albuminóides, as amebas e todas as organizações unicelulares, isoladas e livres, que se multiplicam prodigiosamente na temperatura tépida dos oceanos.
Os modernos conhecimentos científicos atestam que as primeiras formas de vida, desde a concepção, se fazem no ambiente aquoso, seja a própria constituição do gameta feminino como o masculino, de cuja fusão (água) nasce o novo corpo, que adquirindo personalidade diversa da que possuía antes (espírito), recomeça o cadinho purificador, expungindo males e sublimando experiências para entrar no reino do Céus.
Logo, nascer da água, significa reencarnar, e nascer do Espírito, é renovar, melhorar, evoluir.
E é por isso, já ser conhecido dos judeus daquela época, que Jesus diz: Tu és mestre em Israel, e não sabes isto?
E passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus. (João, 9: 1 a 3)
Os discípulos de Jesus também já criam na pluralidade das existências, se assim não fosse, não fariam tal pergunta: quem pecou, estes ou seus pais. Jesus mostra que este não era um caso de pecado (expiação), mas de missão: foi assim para que se manifeste nele as obras de Deus. Se para Jesus a reencarnação não fosse uma realidade, teria dito aos seus discípulos claramente ali naquele instante, mas não foi isso que Ele fez, muito pelo contrário, achou o Mestre naquele instante, oportunidade para nos ensinar sobre um outro tipo de reencarnação. Trata de uma reencarnação em bases de cooperação. Quando não temos mais nada a expiar podemos trabalhar como servidores do Senhor, e pedirmos a oportunidade de uma reencarnação com o objetivo de cooperarmos com a aplicação da lei divina. Além de ter sido educativo para aquele que vestiu-se de cego, deu a oportunidade que Jesus operasse a cura, e nos deixasse mais um valioso ensinamento.
E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro?
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas; mas digo que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do homem.
Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista. (Mateus, 17: 10 a 13)
Nesta passagem fica claro que João Batista era Elias reencarnado. João era um Espírito de alta envergadura. Vinha com a missão de ser o revelador do Mestre, aquele que iria fazer a passagem da revelação de Justiça para a revelação do Amor.
Mas existe também em seu processo reencarnatório um caráter expiatório.
Considerando a severidade com que Elias tratara os adoradores do deus Baal, mandando-os passar a fio de espada, pela espada padeceu, ao impositivo das paixões de Herodíades e do terrível medo do reizete Herodes.
Muitas outras alusões à lei da reencarnação são feitas nos textos bíblicos, mas cremos que somente estas já se prestam ao objetivo deste trabalho.
Livro: Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro Espírita Amor e Caridade – Goiânia – GO – 1997
Site: www.autoresespiritasclassicos.com
Livros Pesquisados:
“Cristianismo e Espiritismo”.
“A Caminho da Luz”, cap. II.
“Estudos Espíritas”, cap. 8.
Reencarnação
Há por parte de grande parcela da Humanidade, incluindo a classe dos espíritas, a preocupação com as previsões catastróficas baseadas nos textos bíblicos e em próprias comunicações espíritas, sob o fim do mundo.
O que diz a Doutrina Espírita sobre isto? A Humanidade corre o risco de desaparecer da Terra? O mundo em que vivemos desaparecerá? E o juízo final? E a volta de Jesus, como se dará?
Os Espíritos são claros: Antes dizíamos: aproximam-se os tempos, agora dizemos: Os tempos são chegados.
Kardec, no livro “Obras Póstumas”, transcreve algumas comunicações dos Espíritos, em que eles falam deste assunto, e eles são claros em dizer que tudo o que está nos Evangelhos terá de cumprir-se, e já está se cumprindo. O que temos de ter é discernimento para tirarmos o espírito da letra na interpretação dos textos sagrados.
Como já dissemos anteriormente, toda a Criação Divina segue um programa pré-estabelecido, e as Leis de Deus conseqüentemente não serão subvertidas.
Não haverá fim do mundo material como muitos têm anunciado, o que acontecerá é o fim de uma era, de uma etapa do processo evolutivo. O que se prepara é o fim do mundo amoral, aquele em que os interesses mundanos vêm à frente dos interesses definitivos do Espírito.
Essa mudança não será brusca, e nem acontecerá no ano dois mil, ela já está acontecendo e continuará ainda por muitos anos. O processo é gradual como toda transformação da Natureza, não haverá cataclismos nem revoluções capazes de exterminar a Criação Divina. Haverá uma transformação que conduzirá a Terra, de mundo de provas e expiações, a mundo de regeneração, mas estas não serão transformações externas, mas sim no interior dos próprios homens. A luta no campo das idéias, nos conflitos do relacionamento interpessoal, criará uma nova ética baseada na Verdadeira Moral, e esta será a tônica do novo mundo. O que fará haver mais ou menos dor, é a própria conduta do homem diante das mudanças que se fazem necessárias, ou seja, será diretamente proporcional à sua aceitação ou à sua rebeldia.
Mas podemos perguntar, como se fará a substituição desta geração por outra mais cristã?
Para que haja felicidade na Terra, é preciso que os Espíritos que a habitam sejam afinados com o bem, portanto, é preciso que aconteça uma limpeza em nosso orbe, ou seja, os Espíritos recalcitrantes no mal serão levados para outros mundos que acham-se mais atrasados em relação ao nosso, onde expiarão seus erros e aprenderão com o “suor do seu rosto”, a não mais transgredir às Leis Divinas.
Entretanto, esse transporte não será via discos voadores ou planeta chupão, como muitos apregoam, eles serão transportados por meios espirituais e de forma natural.
Só para ilustrar, lembremos de que isto já aconteceu com relação à Terra, no entanto, ela, no momento, estava em condição de receptora destes espíritos, conforme narra Emmanuel:
Há muitos milênios um dos orbes da Capela, que guarda afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. (…)
(…) Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade. (…)
As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos, deliberaram, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração. (…)
Desta forma, podemos afirmar que o tempo é de tranqüilidade e de construção de um novo ser baseado nos ensinamentos evangélicos. O juízo final não é acontecimento de um dia, mas de todos os instantes em que se faz necessário o autoconhecimento, e a elaboração por nós mesmos do caminho a seguir.
Não nos inquietemos, devemos sempre lembrar de que neste planeta há governo, e que este condutor não é ninguém mais nem menos que Jesus, o Cristo de Deus.
Livro: Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro Espírita Amor e Caridade – Goiânia – GO – 1997
Site: www.autoresespiritasclassicos.com
Livro Pesquisado:
“A Caminho da Luz”, cap. III.
Espiritismo - Espíritos - Fé - Mensagens - Poder - Religiao
Uma jovem desencarnou após ter recebido 80 chibatadas em Bangladesh, como punição por ter tido um relacionamento extraconjugal com um primo (casado). A sentença foi decretada por um tribunal religioso de Shariatpur, no sudoeste do país, a 56 quilômetros da capital, Daca. A adolescente desmaiou enquanto recebia as chibatadas e chegou a ser levada para um hospital local, mas não resistiu aos ferimentos, falecendo seis dias após ter sido internada.
O clérigo muçulmano Mofiz Uddin foi o responsável pela fatwah (sentença) contra Hena, que foi presa juntamente com outras três pessoas. Os religiosos disseram à polícia que Hena teria sido pega em flagrante. Porém, Dorbesh Khan, o pai da adolescente dissse: “Que tipo de justiça é essa? Minha filha foi espancada em nome do fanatismo religioso. Se tivesse sido julgada por um tribunal do Estado, minha filha jamais teria morrido”. Em verdade, punições realizadas em nome da sharia (legislação sagrada islâmica) e decretos religiosos foram proibidos em Bangladesh, por isso, um grupo de moradores de Shariatpur foi às ruas em protesto contra a fatwa e contra os autores da sentença.
Para comentar o fato sob o viés kardeciano, é importante destacar que em qualquer análise que façamos sobre o comportamento sexual dessa ou daquela pessoa, somos obrigados a lembrar sempre de Deus, “que julga em última instância, que vê os movimentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censuramos, ou reprova o que relevamos, porque conhece o móvel de todos os atos. Lembremo-nos de que nós, que clamamos em altas vozes anátemas, teremos quiçá cometido falta mais grave” (1) do que a pessoa que censuramos.
No caso Hena, alguns dizem que ela sofreu violência sexual, contudo há os que afirmam que houve o adultério cometido pelo primo. De qualquer modo, o episódio remete-nos aos Códigos de Jesus, que proclamou a sentença: “atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado”(2). Essa advertência faz da comiseração uma obrigação para nós outros, porque ninguém há que não necessite, para si próprio, de indulgência. “Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos. Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.”(3) É importante observar que Jesus, avaliando equívocos e quedas, nas aldeias do espírito, haja selecionado aquela da mulher, em falhas do sexo, para emitir a sua memorável sentença: "aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra".
O sábio Espírito Emmanuel explica que “no rol das defecções, deserções, fraquezas e delitos do mundo, os problemas afetivos se mostram de tal modo encravados no ser humano que pessoa alguma da Terra haja escapado, no conjunto das existências consecutivas, aos chamados "erros do amor".”(4) Penetremos cada um de nós nos recessos da própria alma, e, se conseguimos apresentar comportamento irrepreensível, no imediatismo da vida prática ante os dias que correm, indaguemo-nos, com sinceridade, quanto às próprias tendências. “Quem não haja varado transes difíceis, nas áreas do coração, no período da reencarnação em que se encontre, investigue as próprias inclinações e anseios no campo íntimo, e, em sã consciência, verificará que não se acha ausente do emaranhado de conflitos, que remanescem do acervo de lutas sexuais da Humanidade.”(5)
Por essas razões, personalizando na mulher sofredora a família humana, Jesus pronunciou a inesquecível sentença “atire-lhe a primeira pedra”, convocando os homens, supostamente puros em matéria de sexualidade, a lançarem sobre a mulher infeliz a primeira pedra.
Em verdade, quando respeitarmos nosso semelhante em seu foro íntimo, os conceitos de adultério se farão distanciados do cotidiano, de vez que a compreensão apaziguará o coração humano e a chamada desventura afetiva não terá razão de ser, ou seja, ninguém trairá ninguém em matéria afetiva.
Abstenhamo-nos, sob qualquer hipótese, de censurar e condenar seja lá quem for em matéria de comportamento sexual. Recordemos que estamos emergindo de um passado longínquo, em que estivemos mergulhados nos labirintos dos desequilíbrios na área afetiva, a fim de que as bênçãos do aprendizado se nos fixem na consciência a Lei do amor. Achamo-nos muito longe da pureza do coração , por isso mesmo, se alguém nos parece cair, sob enganos do sentimento, não critiquemos , ao invés disso silenciemos e oremos a seu benefício.
Para com qualquer pessoa que se nos afigura desmoronar em delito sentimental, sejamos caridosos!.Nenhum de nós consegue conhecer-se tão exatamente, a ponto de saber hoje qual a dimensão da experiência afetiva que nos espera no futuro. Silenciemos ante as supostas culpas do próximo, porquanto nenhum de nós, por agora, é capaz de medir a parte de responsabilidade que nos compete a cada um nas irreflexões e desequilíbrios dos outros.
Jamais esqueçamos que todos somos componentes de uma só família (encarnada e desencarnada), operando em dois mundos, simultaneamente. Somos incapazes de examinar as consciências alheias e cada um de nós, ante a Sabedoria Divina, é um caso particular, em matéria de amor, reclamando compreensão. “A vista disso, muitos de nossos erros imaginários no mundo são caminhos certos para o bem, ao passo que muitos de nossos acertos hipotéticos são trilhas para o mal de que nos desvencilharemos, um dia!... Abençoai e amai sempre. Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for, colocai-vos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai, no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo: "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.”(6)
Jorge Hessen
http://jorgehessen.net
Referências bibliográficas:
(1) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 16, do Cap. X, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1991
(2) João Cp. 8:7
(3) ______, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 13, do Cap. X, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1991
(4) Xavier, Francisco Cândido. Vida e Sexo, ditado pelo espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2000, Cap. 22
(5) Idem
(6) Idem Cap. 26
O clérigo muçulmano Mofiz Uddin foi o responsável pela fatwah (sentença) contra Hena, que foi presa juntamente com outras três pessoas. Os religiosos disseram à polícia que Hena teria sido pega em flagrante. Porém, Dorbesh Khan, o pai da adolescente dissse: “Que tipo de justiça é essa? Minha filha foi espancada em nome do fanatismo religioso. Se tivesse sido julgada por um tribunal do Estado, minha filha jamais teria morrido”. Em verdade, punições realizadas em nome da sharia (legislação sagrada islâmica) e decretos religiosos foram proibidos em Bangladesh, por isso, um grupo de moradores de Shariatpur foi às ruas em protesto contra a fatwa e contra os autores da sentença.
Para comentar o fato sob o viés kardeciano, é importante destacar que em qualquer análise que façamos sobre o comportamento sexual dessa ou daquela pessoa, somos obrigados a lembrar sempre de Deus, “que julga em última instância, que vê os movimentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censuramos, ou reprova o que relevamos, porque conhece o móvel de todos os atos. Lembremo-nos de que nós, que clamamos em altas vozes anátemas, teremos quiçá cometido falta mais grave” (1) do que a pessoa que censuramos.
No caso Hena, alguns dizem que ela sofreu violência sexual, contudo há os que afirmam que houve o adultério cometido pelo primo. De qualquer modo, o episódio remete-nos aos Códigos de Jesus, que proclamou a sentença: “atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado”(2). Essa advertência faz da comiseração uma obrigação para nós outros, porque ninguém há que não necessite, para si próprio, de indulgência. “Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos. Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.”(3) É importante observar que Jesus, avaliando equívocos e quedas, nas aldeias do espírito, haja selecionado aquela da mulher, em falhas do sexo, para emitir a sua memorável sentença: "aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra".
O sábio Espírito Emmanuel explica que “no rol das defecções, deserções, fraquezas e delitos do mundo, os problemas afetivos se mostram de tal modo encravados no ser humano que pessoa alguma da Terra haja escapado, no conjunto das existências consecutivas, aos chamados "erros do amor".”(4) Penetremos cada um de nós nos recessos da própria alma, e, se conseguimos apresentar comportamento irrepreensível, no imediatismo da vida prática ante os dias que correm, indaguemo-nos, com sinceridade, quanto às próprias tendências. “Quem não haja varado transes difíceis, nas áreas do coração, no período da reencarnação em que se encontre, investigue as próprias inclinações e anseios no campo íntimo, e, em sã consciência, verificará que não se acha ausente do emaranhado de conflitos, que remanescem do acervo de lutas sexuais da Humanidade.”(5)
Por essas razões, personalizando na mulher sofredora a família humana, Jesus pronunciou a inesquecível sentença “atire-lhe a primeira pedra”, convocando os homens, supostamente puros em matéria de sexualidade, a lançarem sobre a mulher infeliz a primeira pedra.
Em verdade, quando respeitarmos nosso semelhante em seu foro íntimo, os conceitos de adultério se farão distanciados do cotidiano, de vez que a compreensão apaziguará o coração humano e a chamada desventura afetiva não terá razão de ser, ou seja, ninguém trairá ninguém em matéria afetiva.
Abstenhamo-nos, sob qualquer hipótese, de censurar e condenar seja lá quem for em matéria de comportamento sexual. Recordemos que estamos emergindo de um passado longínquo, em que estivemos mergulhados nos labirintos dos desequilíbrios na área afetiva, a fim de que as bênçãos do aprendizado se nos fixem na consciência a Lei do amor. Achamo-nos muito longe da pureza do coração , por isso mesmo, se alguém nos parece cair, sob enganos do sentimento, não critiquemos , ao invés disso silenciemos e oremos a seu benefício.
Para com qualquer pessoa que se nos afigura desmoronar em delito sentimental, sejamos caridosos!.Nenhum de nós consegue conhecer-se tão exatamente, a ponto de saber hoje qual a dimensão da experiência afetiva que nos espera no futuro. Silenciemos ante as supostas culpas do próximo, porquanto nenhum de nós, por agora, é capaz de medir a parte de responsabilidade que nos compete a cada um nas irreflexões e desequilíbrios dos outros.
Jamais esqueçamos que todos somos componentes de uma só família (encarnada e desencarnada), operando em dois mundos, simultaneamente. Somos incapazes de examinar as consciências alheias e cada um de nós, ante a Sabedoria Divina, é um caso particular, em matéria de amor, reclamando compreensão. “A vista disso, muitos de nossos erros imaginários no mundo são caminhos certos para o bem, ao passo que muitos de nossos acertos hipotéticos são trilhas para o mal de que nos desvencilharemos, um dia!... Abençoai e amai sempre. Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for, colocai-vos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai, no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo: "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.”(6)
Jorge Hessen
http://jorgehessen.net
Referências bibliográficas:
(1) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 16, do Cap. X, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1991
(2) João Cp. 8:7
(3) ______, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 13, do Cap. X, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1991
(4) Xavier, Francisco Cândido. Vida e Sexo, ditado pelo espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2000, Cap. 22
(5) Idem
(6) Idem Cap. 26
Sem Categoria

A jovem francesa Isabelle Caro, após sofrer todo tipo de constrangimentos físicos e morais, desencarnou no dia 17 de novembro de 2010. Caro foi a “modelo” que se tornou mundialmente conhecida após mostrar seu corpo “esqueleticamente nu” para as imagens midiáticas, na tentativa altruística de advertir as jovens das passarelas da moda sobre as consequências da anorexia, doença que sofria desde os 13 anos.
Segundo o informe do Instituto Nacional de Saúde Mental Norte Americano (NIMH), as desordens alimentícias apresentam as taxas de mortalidade mais altas de todas as patologias mentais. Na década de 1970, Karen Carpenter, cantora do grupo Carpenters, também desenvolveu anorexia nervosa. Ela tentou, em 1982, tratamento com renomados psicanalistas americanos, porém, no ano seguinte, Karen, com 32 anos, desencarnou em decorrência de uma parada cardíaca.
Escrevemos para a Revista Eletrônica O Consolador um artigo (1) sobre o drama de Terri Schiavo, uma mulher da Flórida-EUA, que esteve em estado vegetativo por longos 15 anos e que foi desconectada do tubo que a alimentava, depois de um intenso debate entre seus familiares, o governo americano e os tribunais. Embora não seja citado no artigo, Schiavo sofreu um ataque cardíaco em 1990, decorrente de anorexia, o que a levou ao dramático estado de coma.
Nos anos que vão de 1200 a1500, na Europa Medieval, muitas mulheres faziam prolongados jejuns, e por se conservarem vivas apesar do seu estado de inanição, eram tidas como santas ou milagrosas. O termo "anorexia santa" foi cunhado por Rudolph Bell que, valendo-se de uma moderna teoria psicológica que explicava o jejum, classificou-o como sintoma de anorexia. Sob o pretexto de que as mulheres alcançariam posição espiritual mais elevada, conservando-se distantes dos prazeres sexuais e comprometendo-se com Deus, a Idade Média as forçou a praticar o jejum. O registro da manifestação da anorexia, no entanto, não teve início nesse período, mas este é, sem dúvida, um momento de capital importância no estudo dos possíveis paralelos entre as diversas culturas históricas.
A anorexia nervosa é um transtorno alimentar cujo quadro psiquiátrico é de 95% dos casos em mulheres adolescentes e adultas jovens, que perdem o senso crítico em relação à imagem corpórea. Sua etiologia, na essência, é pouco conhecida. Pode ser determinada por diversos fatores que interagem entre si de modo complexo para produzir, e muitas vezes perpertuar, a enfermidade. Fatores genéticos, psicológicos, sociais, culturais, nutricionais, neuroquímicos e hormonais atuam como predisponentes, desencadeantes ou precipitantes e mantenedores do quadro patológico.
Os transtornos alimentares também costumam ter como desencadeante algum evento significativo como perdas, separações, mudanças, doenças orgânicas, distúrbios da imagem corporal (como a insatisfação da semelhança corporal da mãe), depressão, ansiedade e até mesmo traumas de infância. Na anorexia nervosa, traços como baixa autoestima ou auto-avaliação negativa, obsessividade, introversão e perfeccionismo são comuns e geralmente permanecem estáveis mesmo após a recuperação do peso corporal.
Sob o ponto de vista espírita, afirmamos que a causa do distúrbio dessa “doença nervosa” pode ter a sua matriz nos arcanos profundos do inconsciente. Aí estão registrados com som, imagens e movimentos os históricos de vida de cada um. Nesse sentido, a anorexia é um reflexo dos complexos adquiridos em vidas pregressas e/ou concomitante aos registros das experiências de período infantil da vida atual. Os dardos magnéticos acondicionados no “corpo espiritual” (termo usado por Paulo de Tarso), são projetados na indumentária física, desarranjando, por conseqüência, as funções endocrínicas e neurológicas, culminando no aparecimento de doenças físicas e psicológicas de muitos realces que desafiam a medicina contemporânea. Ainda sob a perspectiva kadeciana, podemos afirmar que o maior agravante de qualquer doença é a obsessão espiritual, hoje uma verdadeira pandemia na Terra.
A sociedade vem sofrendo processos obsessórios preocupantes. A influência do materialismo cresce incessantemente. Os valores morais estão sendo corrompidos com espantosa velocidade. Nunca o mundo precisou tanto dos ensinos espíritas como nos tempos atuais, em que anoréxicos definham seus corpos até a morte. Vivenciamos instantes em que se aguça o individualismo, enodoando o tecido social, e nos vendavais da tecnologia somos remetidos aos acirramentos das desigualdades e isolamentos, estabelecendo-se níveis de conforto e exclusão sociais nunca antes experimentados.
Nesse autêntico amálgama, usando e abusando do livre arbítrio, cada qual vai colhendo vitórias ou amargando derrotas, segundo o grau de experiência conquistada. Uns riem hoje, para chorarem amanhã, e outros que agora se exaltam, serão humilhados depois. Devemos interrogar a própria consciência, passando em revista os atos cotidianos, para a identificação dos desvios do deveres que deveriam ter sido cumpridos e dos motivos alheios de queixa por conta dos nossos atos. Revisemos periodicamente nossas quedas e deslizes no campo moral, ativando a memória para nos lembrarmos dos tantos espinhos que já trazemos cravados na "carne do espírito"(2), tal como ensina o “convertido de Damasco”. Estes espinhos nos lembrarão a nossa condição de enfermos em estágio de longa recuperação, necessitados de cautela.
Na anorexia de matizes nervosas a cura não é fácil e exige apoio familiar, porque é uma patologia com raízes sociomentosomático e espiritual. O primeiro passo, e o mais importante, é convencer o anoréxico que está doente, que deve ser tratado antes que seja tarde demais. Não obstante, o emprego de fármacos para o tratamento ter poucos efeitos concretos, motivo pelo qual seu uso tem sido limitado. Todavia – graças a Deus! – o mal não é invencível; pelo contrário! Nos centros espíritas, podem-se encontrar tratamentos eficazes através do passe magnético, da água fluidificada, do atendimento fraterno, da desobsessão.
A revista Reformador, da FEB, entrevistou o Dr. Elias Barbosa e o indagou se, na condição de dirigente espírita ou psiquiatra, teve oportunidade de interagir com o Chico Xavier para o atendimento de pessoas em desequilíbrio. O médico espírita explicou que “em todos os casos gravíssimos, geralmente de esquizofrenia e anorexia nervosa, sempre solicitava ao Chico para que o ajudasse no Sanatório, às vezes com a simples imposição das mãos sobre os enfermos.”.(3)
Buscar o perfeito equilíbrio entre o corpo físico e o espiritual é tarefa que compete a cada um de nós, porque, por intermédio do primeiro temos ensejo de realizar atividades no bem na matéria; por intermédio do segundo depuramos aquele e chegamos a planos mais evoluídos da Criação. Não esquecendo que Deus tem Suas leis regendo todas as nossas ações. Se as violamos, assumimos os ônus. “Indubitavelmente, quando alguém comete um excesso qualquer, Deus não profere contra ele um julgamento. Ele traçou um limite. As enfermidades e, muitas vezes a morte, são consequência dos excessos. Eis, aí, a punição; é o resultado da infração da lei. Assim é tudo.”.(4)
Jorge Hessen
http://jorgehessen.net
Referências:
(1) Hessen, Jorge. Artigo “Somente Deus tem o direito de dispor da vida humana” disponível no site acesso em 09-01-2011
(2) 2ª Epístola de Paulo aos Coríntios- 7 – “E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar”.
(3) Elias Barbosa, entrevista para Reformado da FEB disponível no site http://www.febnet.org.br/reformadoronline/pagina/?id=199 acesso em 10-01-2011
(4) KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2000, questão 964
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"Todos nós sabemos, as energias negativas são uma das maiores preocupações do ser humano. Procurar fugir delas é besteira. Elas nos alcançam em qualquer lugar do planeta. Mas, podemos nos defender, começando a tomar uma série de atitudes e providências.
Abaixo, seguem seis dicas pessoais para começar a combatê-las.
1. NÃO TEMER NINGUÉM;
Uma das armas mais eficazes na subjugação de um ser é impingir-lhe o medo. Sentimento capaz de uma profunda perturbação interior, vindo até a provocar verdadeiros rombos na aura, deixando o indivíduo vulnerável a todos os ataques. Temer alguém significa colocar-se em posição inferior, temer significa não acreditar em si mesmo e em seus potenciais, temer significa falta de fé. O medo faz com que baixemos o nosso campo vibracional, tornando-nos assim vulneráveis às forças externas. Sentir medo de alguém é dar um atestado de que ele é mais forte e poderoso. Quanto mais você der força ao opressor, mais ele se fortalecerá.
2. NÃO SINTA CULPA;
Assim como o medo, a culpa é um dos piores estados de espírito que existem. Ela altera nosso campo vibracional, deixando nossa aura (campo de força) vulnerável ao agressor. A culpa enfraquece nosso sistema imunológico e fecha os caminhos para a prosperidade. Um dos maiores recursos utilizados pelos invejosos é fazer com que nos sintamos culpados pelas nossas conquistas. Não faça o jogo deles e saiba que o seu sucesso é merecido. Sustente as suas vitórias sempre!
3. ADOTE UMA POSTURA ATIVA;
Nem sempre adotar uma postura defensiva é o melhor negócio. Enfrente a situação. Lembre-se sempre do exemplo do cachorro: quem tem medo do animal e sai correndo, fatalmente será perseguido e mordido. Já quem mantém a calma e contorna a situação pode sair ileso. Ao invés de pensar que alguém pode influenciá-lo negativamente, por que não se adiantar e influenciá-lo beneficamente? Ou será que o mal dele é mais forte que o seu bem? Por que será que nós sempre nos colocamos numa atitude passiva de vítimas? Antes que o outro o alcance com sua maldade, atinja-o antecipadamente com muita luz e pensamentos de paz, compaixão e amor.
4. FIQUE SEMPRE DO SEU LADO;
A maior causa dos problemas de relacionamentos humanos é a "Auto-Obsessão". A influência negativa de uma pessoa sobre outra sempre existirá enquanto houver uma idéia de dominação, de desigualdade humana, enquanto um se achar mais e outro menos, enquanto nossas relações não forem pautadas pelo respeito mútuo. Mas grande parte dos problemas existe porque não nos relacionamos bem com nós mesmos. 'Auto-Obsessão' significa não se gostar, não se apoiar, se autoboicotar, se desvalorizar, não satisfazer suas necessidades pessoais e dar força ao outro, permitindo que ele influencie sua vida, achar que os outros merecem mais do que nós. Auto-obsediar-se é não ouvir a voz da nossa alma, é dar mais valor à opinião dos outros. Os que enveredam por esse caminho acabam perdendo sua força pessoal e abrem as portas para toda sorte de pessoas dominadoras e energias de baixo nível. A força interior é nossa maior defesa.
5. SUBA PARA POSIÇÕES ELEVADAS;
As flechas não alcançam o céu. Coloque-se sempre em posições elevadas com bons pensamentos, palavras, ações e sentimentos nobres e maduros. Uma atmosfera de pensamentos e sentimentos de alto nível faz com que as energias do mal, que têm pequeno alcance, não o atinjam. Essa é a melhor forma de criar 'incompatibilidade' com as forças do mal e energias incompatíveis não se misturam.
6. FECHE-SE ÀS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS.
As vias de acesso pelas quais as influências negativas podem entrar em nosso campo são as portas que levam à nossa alma, ou seja, a 'mente e o 'coração'. Além de manter o coração e mente sempre resguardados das energias dos maus pensamentos e sentimentos, fuja das conversas negativas, maldosas e depressivas. Evite lugares densos e de baixo nível. Quando não puder ajudar, afaste-se de pessoas que não lhe acrescentam nada e só o puxam para o lado negativo da vida. O mesmo vale para as leituras, programas de televisão, filmes , músicas e passatempos de baixo nível. "
Feng Shui

Livro: Os Grandes Vultos do Espiritismo
Autor: Paulo Alves Godoy
Alan Kardec
Estudos diversos comprovaram a consequência favorável que a prece produz. O médico e pensador Alexis Carrel (1) dizia frequentemente que o importante não é acrescentar anos à sua vida, mas vida aos seus anos. Em 1942, Carrel escreveu o artigo intitulado A Prece é Força, afirmando “que a oração é uma força tão real como a gravidade terrestre”. (2) E acrescentou: “no meu caráter de médico, tenho visto enfermos que, depois de tentarem, sem resultado, os outros meios terapêuticos, conseguiram libertar-se da melancolia e da doença, pelo sereno esforço da prece” (3). Naquela tumultuada década dos anos 40 do século XX(4), sobretudo para os médicos, era uma grande ousadia admitir as implicações da “prece” sobre a saúde. Todavia, o médico filósofo, contrariando seus colegas, proclamou a força da oração.
Sabe-se hoje que a prece realmente atua sobre os doentes, influenciando o sistema imunológico, segundo estudo realizado no ano de 1988, no Hospital Geral de São Francisco, na Califórnia. “Nesse hospital foi possível comprovar que os pacientes que foram alvos de preces apresentaram significativas melhoras, necessitando inclusive de menor quantidade de medicamentos.” (5)
A prece é recomendada por todos os Espíritos. Renunciar a ela é ignorar a bondade de Deus; é rejeitar para si mesmo a sua assistência; e para os outros, o bem que se poderia fazer. (6) O Espírito André Luiz, que foi médico em sua última reencarnação terrena, disse: “Ah! se os médicos orassem”. A exclamação consta no capítulo intitulado “Em aprendizado”, que revela o apoio que os benfeitores espirituais dão aos médicos que se disponham a abrir os seus canais de sensibilidade. “Todos os médicos, ainda mesmo quando materialistas de mente impermeável à fé religiosa, contam com amigos espirituais que os auxiliam” (7).
Alexis Carrel, sob a luz da inspiração, certificou que “quando oramos, ligamo-nos, nós mesmos, à inexaurível força motriz que aciona o universo. Pedimos que uma parcela desta força se aplique na devida proporção das nossas necessidades. Com o próprio ato de pedir, nossas deficiências humanas são supridas, e erguemo-nos fortalecidos e restaurados”. (8)
Os médicos americanos William Reed (9) e Roger Youmanas, quebrando os paradigmas e axiomas acadêmicos, defendem a necessidade da oração na hora da cirurgia. Para Reed o poder da oração pode garantir o sucesso de uma cirurgia, na atmosfera tensa de uma sala de operação. Quando uma enfermeira lhe passa um instrumento, o médico diz que faz sempre uma prece. Pede a Deus que o guie, de acordo com os seus desígnios. Para o cirurgião, a oração cria o clima de calma, necessário para o trabalho.
William Reed e Youmanas citam o caso de hemorragias subitamente controladas ou paradas cardíacas prontamente resolvidas. E o próprio Reed teve prova disso com seu filho de dois anos. A criança estava com pneumonia e de repente parecia que ia morrer. Salvou-o com respiração artificial, depois que pediu a Deus para que não tirasse a vida de seu filhinho. Roger Youmanas, cirurgião da Califórnia, confirma que sempre reza durante 30 segundos quando se vê diante de um caso difícil. Acredita que a prece em favor de um doente pode ajudar. E acredita que um cirurgião possa fazer uma operação melhor se tiver inspiração divina. ”(10)
O Cristo disse: “por isso vos digo: todas as coisas que vós pedirdes orando, crede que as haveis de ter, e que assim vos sucederão.” (11) Para nós, espíritas, a prece se reveste de características especiais, pois a par da medicação ordinária, elaborada pela Ciência, o magnetismo nos dá a conhecer o poder da ação fluídica e o Espiritismo nos revela outra força poderosa na mediunidade curadora e a influência da oração. Allan Kardec, ao emitir seus comentários na questão 662 de O Livro dos Espíritos, afirma que “o pensamento e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além dos limites da nossa esfera corporal. A rigor, a eletricidade é energia dinâmica; o magnetismo é energia estática; o pensamento é força eletromagnética.”(12)
Há pessoas que negam a Eficácia da Prece com o argumento de que, se Deus conhece as nossas necessidades, desnecessário se torna expô-las. Acrescentam, tais descrentes, que as nossas súplicas não podem modificar os designo da Providência, porque todo o Universo está regido por leis eternas. “Contudo, o Espiritismo nos faz compreender que na oração, sendo um canal de ligação com o Criador, podemos solicitar, enaltecer e agradecer. As preces dirigidas a Deus são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução dos Seus desígnios; as que são dirigidas aos Bons Espíritos vão também para Deus.” (13)
Quando o pensamento se dirige para algum ser, na terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece de um a outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som. A energia da corrente está na razão direta da energia do pensamento e da vontade. “É assim que a prece é ouvida pelos Espíritos, onde quer que eles se encontrem. “Pela prece, o homem atrai o concurso dos Bons Espíritos, que o vêm sustentar nas suas boas resoluções e inspirar-lhe bons pensamentos.” (14)
O mestre de Lyon explana que “a prece do homem de bem tem mais merecimento aos olhos de Deus, e sempre maior eficácia. Porque o homem vicioso e mau não pode orar com o fervor e a confiança que só o sentimento da verdadeira piedade pode dar. Do coração do egoísta, daquele que só ora com os lábios, não poderiam sair mais do que palavras, e nunca os impulsos da caridade, que dão à prece toda a sua força.” (15) Porém, quem não se julga suficientemente bom para exercer uma influência salutar, não deve deixar de orar por outro, por pensar que não é digno de ser ouvido. “A consciência de sua inferioridade é uma prova de humildade, sempre agradável a Deus, que leva em conta a sua intenção caridosa. A prece que é repelida é a do orgulhoso, que só tem fé no seu poder e nos seus méritos, e julga poder substituir-se à vontade do Eterno.” (16)
Outra questão importante para o tema é a prece coletiva; será que tem ação mais poderosa? Sim! Quando todos os que a fazem se associam de coração num mesmo pensamento e têm a mesma finalidade, porque então é como se muitos clamassem juntos e em uníssono. “Mas que importaria estarem reunidos em grande número, se cada qual agisse isoladamente e por sua própria conta? Cem pessoas reunidas podem orar como egoístas, enquanto duas ou três, ligadas por uma aspiração comum, orarão como verdadeiros irmãos em Deus, e sua prece terá mais força do que a daquelas cem.” (17)
"E quando orais, não faleis muito, como os gentios; pois cuidam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Quando orais, não haveis de ser como os hipócritas, que gostam de orar em pé nas sinagogas, para serem vistos pelos homens".(18) Por isso que as formas e as fórmulas utilizadas para a oração se fazem secundárias, sendo indispensável a intenção do suplicante, cujo propósito estimula o dínamo cerebral a liberar a onda psíquica vigorosa que lhe conduzirá a vontade. O pensamento, portanto, ligado a Deus, ao bem, ao amor, ao desejo sincero de ajudar, eis a oração que todos podem e devem utilizar, a fim de que a paz se instale por definitivo nos corações.
Sabe-se hoje que a prece realmente atua sobre os doentes, influenciando o sistema imunológico, segundo estudo realizado no ano de 1988, no Hospital Geral de São Francisco, na Califórnia. “Nesse hospital foi possível comprovar que os pacientes que foram alvos de preces apresentaram significativas melhoras, necessitando inclusive de menor quantidade de medicamentos.” (5)
A prece é recomendada por todos os Espíritos. Renunciar a ela é ignorar a bondade de Deus; é rejeitar para si mesmo a sua assistência; e para os outros, o bem que se poderia fazer. (6) O Espírito André Luiz, que foi médico em sua última reencarnação terrena, disse: “Ah! se os médicos orassem”. A exclamação consta no capítulo intitulado “Em aprendizado”, que revela o apoio que os benfeitores espirituais dão aos médicos que se disponham a abrir os seus canais de sensibilidade. “Todos os médicos, ainda mesmo quando materialistas de mente impermeável à fé religiosa, contam com amigos espirituais que os auxiliam” (7).
Alexis Carrel, sob a luz da inspiração, certificou que “quando oramos, ligamo-nos, nós mesmos, à inexaurível força motriz que aciona o universo. Pedimos que uma parcela desta força se aplique na devida proporção das nossas necessidades. Com o próprio ato de pedir, nossas deficiências humanas são supridas, e erguemo-nos fortalecidos e restaurados”. (8)
Os médicos americanos William Reed (9) e Roger Youmanas, quebrando os paradigmas e axiomas acadêmicos, defendem a necessidade da oração na hora da cirurgia. Para Reed o poder da oração pode garantir o sucesso de uma cirurgia, na atmosfera tensa de uma sala de operação. Quando uma enfermeira lhe passa um instrumento, o médico diz que faz sempre uma prece. Pede a Deus que o guie, de acordo com os seus desígnios. Para o cirurgião, a oração cria o clima de calma, necessário para o trabalho.
William Reed e Youmanas citam o caso de hemorragias subitamente controladas ou paradas cardíacas prontamente resolvidas. E o próprio Reed teve prova disso com seu filho de dois anos. A criança estava com pneumonia e de repente parecia que ia morrer. Salvou-o com respiração artificial, depois que pediu a Deus para que não tirasse a vida de seu filhinho. Roger Youmanas, cirurgião da Califórnia, confirma que sempre reza durante 30 segundos quando se vê diante de um caso difícil. Acredita que a prece em favor de um doente pode ajudar. E acredita que um cirurgião possa fazer uma operação melhor se tiver inspiração divina. ”(10)
O Cristo disse: “por isso vos digo: todas as coisas que vós pedirdes orando, crede que as haveis de ter, e que assim vos sucederão.” (11) Para nós, espíritas, a prece se reveste de características especiais, pois a par da medicação ordinária, elaborada pela Ciência, o magnetismo nos dá a conhecer o poder da ação fluídica e o Espiritismo nos revela outra força poderosa na mediunidade curadora e a influência da oração. Allan Kardec, ao emitir seus comentários na questão 662 de O Livro dos Espíritos, afirma que “o pensamento e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além dos limites da nossa esfera corporal. A rigor, a eletricidade é energia dinâmica; o magnetismo é energia estática; o pensamento é força eletromagnética.”(12)
Há pessoas que negam a Eficácia da Prece com o argumento de que, se Deus conhece as nossas necessidades, desnecessário se torna expô-las. Acrescentam, tais descrentes, que as nossas súplicas não podem modificar os designo da Providência, porque todo o Universo está regido por leis eternas. “Contudo, o Espiritismo nos faz compreender que na oração, sendo um canal de ligação com o Criador, podemos solicitar, enaltecer e agradecer. As preces dirigidas a Deus são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução dos Seus desígnios; as que são dirigidas aos Bons Espíritos vão também para Deus.” (13)
Quando o pensamento se dirige para algum ser, na terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece de um a outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som. A energia da corrente está na razão direta da energia do pensamento e da vontade. “É assim que a prece é ouvida pelos Espíritos, onde quer que eles se encontrem. “Pela prece, o homem atrai o concurso dos Bons Espíritos, que o vêm sustentar nas suas boas resoluções e inspirar-lhe bons pensamentos.” (14)
O mestre de Lyon explana que “a prece do homem de bem tem mais merecimento aos olhos de Deus, e sempre maior eficácia. Porque o homem vicioso e mau não pode orar com o fervor e a confiança que só o sentimento da verdadeira piedade pode dar. Do coração do egoísta, daquele que só ora com os lábios, não poderiam sair mais do que palavras, e nunca os impulsos da caridade, que dão à prece toda a sua força.” (15) Porém, quem não se julga suficientemente bom para exercer uma influência salutar, não deve deixar de orar por outro, por pensar que não é digno de ser ouvido. “A consciência de sua inferioridade é uma prova de humildade, sempre agradável a Deus, que leva em conta a sua intenção caridosa. A prece que é repelida é a do orgulhoso, que só tem fé no seu poder e nos seus méritos, e julga poder substituir-se à vontade do Eterno.” (16)
Outra questão importante para o tema é a prece coletiva; será que tem ação mais poderosa? Sim! Quando todos os que a fazem se associam de coração num mesmo pensamento e têm a mesma finalidade, porque então é como se muitos clamassem juntos e em uníssono. “Mas que importaria estarem reunidos em grande número, se cada qual agisse isoladamente e por sua própria conta? Cem pessoas reunidas podem orar como egoístas, enquanto duas ou três, ligadas por uma aspiração comum, orarão como verdadeiros irmãos em Deus, e sua prece terá mais força do que a daquelas cem.” (17)
"E quando orais, não faleis muito, como os gentios; pois cuidam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Quando orais, não haveis de ser como os hipócritas, que gostam de orar em pé nas sinagogas, para serem vistos pelos homens".(18) Por isso que as formas e as fórmulas utilizadas para a oração se fazem secundárias, sendo indispensável a intenção do suplicante, cujo propósito estimula o dínamo cerebral a liberar a onda psíquica vigorosa que lhe conduzirá a vontade. O pensamento, portanto, ligado a Deus, ao bem, ao amor, ao desejo sincero de ajudar, eis a oração que todos podem e devem utilizar, a fim de que a paz se instale por definitivo nos corações.
Jorge Hessen
http://jorgehessen.net
http://jorgehessen.net
Referências bibliográficas:
(1) Ganhador do Prêmio Nobel de Medicina por seus trabalhos em sutura de vasos sanguíneos e autor do livro “O Homem, Esse Desconhecido”
(2) publicado Revista Reader's Digest.Reader's Digest de fevereiro de 1942
(3) idem
(4) Em 1942 as nações mais ricas da Europa e a própria América, onde Dr. Carrel vivia, estavam engalfinhadas na Segunda Guerra Mundial
(5) Artigo de Kátia Penteado intitulado Efeitos da Prece na Saúde : a Ciência confirma a Doutrina Espírita - Nov/2004
(6) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: Ed. FEB 1990, cap 27
(7) Xavier, Francisco Cândido. Libertação, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1990
(8) publicado Revista Reader's Digest.Reader's Digest de fevereiro de 1942
(9) William Reed é presidente a Fundação Médica Cristã que possue mais de 3.000 médicos associados
(10) Publicado na Revista O Espírita setembro / dezembro de 2001, nº 110 Ano XXIII
(11) Mc, XI: 24)
(12) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1994, questão 662
(13) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: Ed. FEB 1990, cap 27
(14) idem
(15) idem
(16) idem
(17) idem
(18) Mt, VI:5
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“Tudo é possível ao que crê” – Marcos 9:23
A confiança em si mesmo e em Deus é condição essencial para enfrentarmos com equilíbrio as dores do mundo. A confiança, mãe da calma e da perseverança, nos possibilita convivência pacífica com as adversidades. Jesus se utiliza da alegoria da “fé que transporta montanhas”(1) para nos esclarecer sobre este tema.
Como fazer para adquirir esta confiança? Respondemos: meditando sobre fatos que estão ao nosso dispor. Procuremos relacionar alguns argumentos neste sentido, construindo uma base racional forte e durável para edificarmos a fé.
O estudo do espiritismo resulta em confiança, pois descobrimos como a vida funciona e o porquê de estarmos aqui. Conhecendo o Consolador Prometido por Jesus, nos identificamos como filhos de Deus. Percebemos Sua infinita bondade para conosco e entendemos as causas de nossos sofrimentos. Assimilamos as verdades espirituais. Este aprendizado gera paciência, calma, resignação, coragem, esperança, otimismo, enfim, forças para transportamos as montanhas das dores.
A ciência assevera que a vontade do paciente é fator preponderante para sua cura. Comprovando assim o que dizia Jesus nas diversas curas que operava, como, por exemplo, quando, dialogando com o pai do epiléptico, faz a afirmativa assinalada em epígrafe. O espiritismo explica a ação magnética que imprimimos aos fluidos através da vontade. Quanto mais confiança, mais cercados por fluidos benéficos; quanto mais pessimismo, mais envolvidos em fluidos maléficos. O bem atrai o bem, o mal atrai o mal.
Entretanto, não podemos confundir fé racional com presunção, nem permitir que ela produza fanatismo. O processo de entendimento não é superficial, pois que tem suas raízes fincadas na compreensão da lei de causa e efeito, no “a cada um será dado segundo suas obras”(2). Esta fé não gera privilégios, mas faz-nos fortes para enfrentarmos as dores necessárias ao crescimento.
O meio de avaliarmos se estamos conquistando a fé, desenvolvida pela compreensão, é observarmos se ela está produzindo frutos de caridade em favor do próximo. Esta é uma característica da verdadeira fé. Se o entendimento das verdades espirituais e a conseqüente confiança não resultam bem algum para a Humanidade, de nada servirá e será como a figueira que secou, em outra alegoria de Jesus.
Aquele que possui fé não se desespera diante da morte, da perda de emprego, de doença grave, de dificuldades materiais, pois confia que tudo está sob o controle de Deus e da Sua justiça, mas se esforça por eliminar as causas destes sofrimentos, trabalhando no bem e orando.
Afirmam-nos os benfeitores espirituais que “a confiança nas suas próprias forças torna o homem capaz de executar coisas materiais, que não consegue fazer quem duvida de si.”(3) Esforcemo-nos, portanto, para adquirir esta confiança que trará paz relativa, comportamento reto e pensamentos harmonizados, a fim de que um dia possamos ouvir de Jesus a frase que pronunciava quando curava: “a tua fé te salvou!”(4).
(1) Mateus 17; 20
(2) Mateus 16; 27
(3) O Evangelho segundo o espiritismo – capítulo XIX – item 2
(4) Lucas 18; 42
Autor: Alberto Leitão Rosa
Jornal “O Espírita Fluminense”
Instituto Espírita Bezerra de Menezes – IEBM – Niterói – RJ
Setembro / Outubro 2011
Espiritismo - Fé

Todos ansiamos a conquista da paz e procuramos a alegria de viver na Terra. Porém, que tipo de felicidade é essa que quanto mais se caça mais afastada permanece? Para que verdadeiramente conquistemos a paz e a felicidade, é urgente reconhecermos nossas fraquezas morais e colocarmos em prática a melhoria pessoal. Das diferentes angústias que nos afastam da paz e da felicidade, a mágoa tem lugar de relevo. Pensando nisso, deliberamos escrever a respeito do perdão, por considerar ser uma das grandes virtudes, por via das quais conseguiremos a paz e a felicidade cobiçadas.
A ordem “perdoar setenta vezes sete vezes” proferida por Jesus precisa ser aplicada ao limite máximo das nossas experiências cotidianas. Não obstante, excepcionalmente conseguimos perdoar pessoas que nos causaram algum agravo, lesão, perda ou ofensa, pois quase sempre elegemos permanecer zangados, desgostosos, melindrados ou magoados (às vezes por uma vida inteira ou várias encarnações). Há casos em que alguns instantes após a ocorrência da ofensa, quiçá, o agressor que nos danificou já tenha esquecido a expressão infeliz ou o insulto a nós dirigido. No que tange ao nosso sentimento de justiça, experimentamos em cada afronta sofrida a cólera ou a aversão e diversas ocasiões podemos escolher espaçar no tempo esses sentimentos destrutivos, na forma de rancor, preservando no recesso de nossa mente a aflição, a agonia, a ansiedade por alongados anos.
Jesus ensinou: "Se perdoardes aos homens as ofensas que vos fazem, também vosso Pai celestial vos perdoará os vossos pecados. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará os vossos pecados".(1) Perdoar é atitude sublime, além de imperativo, já que para que sejamos perdoados é mister que absolvamos o ofensor. O Criador tem nos indultado desde sempre. Tomando-se por base o convite ao perdão, ensinado e exemplificado pelo Cristo, aprendamos a não permitir que consternações, injúrias, danos morais de qualquer espécie nos causem repugnâncias, desapontamentos e agressividades delituosas. Temos na figura incomparável do Crucificado o exemplo culminante de clemência.
Infelizmente, quase sempre optamos por não perdoar no sentido mais exato do termo perdão. Criamos imagens sobre a ofensa sofrida e permanecemos reproduzindo a mágoa a todos que atravessam o nosso caminho, e muitas vezes chegamos às lágrimas, nos fazendo de vítimas quase sempre diante de tudo e de todos. Quando não topamos com alguma pessoa disposta a escutar a nossa lamúria, continuamos reprisando de contínuo a história do insulto em nosso coração. Essa sensação nos deteriora as ideias e ocupa um imenso espaço em nossa mente. É uma categoria de auto-obsessão. Com a mente embebida de pensamentos de “vingança e justiça com as próprias mãos”, não alcançamos raciocínios lógicos; não localizamos expedientes criativos para as dificuldades mais simples, arruinamos a aptidão de concentração, nos tornamos irrequietos e enfadados com pequeninas coisas.
“O perdão do Senhor é sempre transformação do mal no bem, com renovação de nossas oportunidades de luta e resgate, no grande caminho da vida. O perdão é em qualquer tempo, sempre um traço de luz conduzindo a nossa vida à comunhão com Jesus.”(2) Mas quando optamos por não perdoar (ou tão somente perdoar da “boca para fora”), denunciamos o outro pela nossa desdita, o que equivale a responsabilizar o próximo pela nossa condição de vítima em infindável amargura. Agindo assim, estamos oferecendo autoridade ao ofensor sobre nós, ou seja, a faculdade de despedaçar a nossa paz, a nossa calma, o nosso prazer de viver (felicidade) e sobretudo a nossa preciosa saúde.
Não desconhecemos que nosso estado emocional conduz a saúde de todos os complexos fisiológicos. Quando sustentamos bons pensamentos e emoções serenas, geramos frequências magnéticas que alcançam todas as estruturas celulares, conduzindo as reações eletrobioquímicas, a seiva imunológica, a divisão das células, a simbiose entre os tecidos, a alimentação, as funções neuropsíquicas, a pujança de ânimo, enfim, o vigor e a harmonia do arcabouço orgânico.
Sem sombra de dúvida, o máximo de benefício do perdão é para quem perdoa incondicionalmente. O infrator que nos ocasionou determinado agravo não está torturado com a nossa situação emocional. “Quem bate esquece” - diz o jargão popular – é verdade! O ofensor, via de regra, esquece a injúria que suscitou o nosso ajuizamento com a consequente condenação. Em boa medida, perdoar constitui desanuviar o coração; arrancar um espinho encravado n’alma, ter domínio sobre a tão procurada felicidade e conquistar a paz.
A ordem “perdoar setenta vezes sete vezes” proferida por Jesus precisa ser aplicada ao limite máximo das nossas experiências cotidianas. Não obstante, excepcionalmente conseguimos perdoar pessoas que nos causaram algum agravo, lesão, perda ou ofensa, pois quase sempre elegemos permanecer zangados, desgostosos, melindrados ou magoados (às vezes por uma vida inteira ou várias encarnações). Há casos em que alguns instantes após a ocorrência da ofensa, quiçá, o agressor que nos danificou já tenha esquecido a expressão infeliz ou o insulto a nós dirigido. No que tange ao nosso sentimento de justiça, experimentamos em cada afronta sofrida a cólera ou a aversão e diversas ocasiões podemos escolher espaçar no tempo esses sentimentos destrutivos, na forma de rancor, preservando no recesso de nossa mente a aflição, a agonia, a ansiedade por alongados anos.
Jesus ensinou: "Se perdoardes aos homens as ofensas que vos fazem, também vosso Pai celestial vos perdoará os vossos pecados. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará os vossos pecados".(1) Perdoar é atitude sublime, além de imperativo, já que para que sejamos perdoados é mister que absolvamos o ofensor. O Criador tem nos indultado desde sempre. Tomando-se por base o convite ao perdão, ensinado e exemplificado pelo Cristo, aprendamos a não permitir que consternações, injúrias, danos morais de qualquer espécie nos causem repugnâncias, desapontamentos e agressividades delituosas. Temos na figura incomparável do Crucificado o exemplo culminante de clemência.
Infelizmente, quase sempre optamos por não perdoar no sentido mais exato do termo perdão. Criamos imagens sobre a ofensa sofrida e permanecemos reproduzindo a mágoa a todos que atravessam o nosso caminho, e muitas vezes chegamos às lágrimas, nos fazendo de vítimas quase sempre diante de tudo e de todos. Quando não topamos com alguma pessoa disposta a escutar a nossa lamúria, continuamos reprisando de contínuo a história do insulto em nosso coração. Essa sensação nos deteriora as ideias e ocupa um imenso espaço em nossa mente. É uma categoria de auto-obsessão. Com a mente embebida de pensamentos de “vingança e justiça com as próprias mãos”, não alcançamos raciocínios lógicos; não localizamos expedientes criativos para as dificuldades mais simples, arruinamos a aptidão de concentração, nos tornamos irrequietos e enfadados com pequeninas coisas.
“O perdão do Senhor é sempre transformação do mal no bem, com renovação de nossas oportunidades de luta e resgate, no grande caminho da vida. O perdão é em qualquer tempo, sempre um traço de luz conduzindo a nossa vida à comunhão com Jesus.”(2) Mas quando optamos por não perdoar (ou tão somente perdoar da “boca para fora”), denunciamos o outro pela nossa desdita, o que equivale a responsabilizar o próximo pela nossa condição de vítima em infindável amargura. Agindo assim, estamos oferecendo autoridade ao ofensor sobre nós, ou seja, a faculdade de despedaçar a nossa paz, a nossa calma, o nosso prazer de viver (felicidade) e sobretudo a nossa preciosa saúde.
Não desconhecemos que nosso estado emocional conduz a saúde de todos os complexos fisiológicos. Quando sustentamos bons pensamentos e emoções serenas, geramos frequências magnéticas que alcançam todas as estruturas celulares, conduzindo as reações eletrobioquímicas, a seiva imunológica, a divisão das células, a simbiose entre os tecidos, a alimentação, as funções neuropsíquicas, a pujança de ânimo, enfim, o vigor e a harmonia do arcabouço orgânico.
Sem sombra de dúvida, o máximo de benefício do perdão é para quem perdoa incondicionalmente. O infrator que nos ocasionou determinado agravo não está torturado com a nossa situação emocional. “Quem bate esquece” - diz o jargão popular – é verdade! O ofensor, via de regra, esquece a injúria que suscitou o nosso ajuizamento com a consequente condenação. Em boa medida, perdoar constitui desanuviar o coração; arrancar um espinho encravado n’alma, ter domínio sobre a tão procurada felicidade e conquistar a paz.
Jorge Hessen
http://jorgehessen.net
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Referência bibliográfica:
(1)Mateus, VI: 14-15
(2)Xavier, Francisco Cândido. Pai Nosso, ditado pelo Espírito Meimei, Rio de Janeiro: Ed. FEB,
Perdoar - Poder
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