Uma jovem desencarnou após ter recebido 80 chibatadas em Bangladesh, como punição por ter tido um relacionamento extraconjugal com um primo (casado). A sentença foi decretada por um tribunal religioso de Shariatpur, no sudoeste do país, a 56 quilômetros da capital, Daca. A adolescente desmaiou enquanto recebia as chibatadas e chegou a ser levada para um hospital local, mas não resistiu aos ferimentos, falecendo seis dias após ter sido internada.
O clérigo muçulmano Mofiz Uddin foi o responsável pela fatwah (sentença) contra Hena, que foi presa juntamente com outras três pessoas. Os religiosos disseram à polícia que Hena teria sido pega em flagrante. Porém, Dorbesh Khan, o pai da adolescente dissse: “Que tipo de justiça é essa? Minha filha foi espancada em nome do fanatismo religioso. Se tivesse sido julgada por um tribunal do Estado, minha filha jamais teria morrido”. Em verdade, punições realizadas em nome da sharia (legislação sagrada islâmica) e decretos religiosos foram proibidos em Bangladesh, por isso, um grupo de moradores de Shariatpur foi às ruas em protesto contra a fatwa e contra os autores da sentença.
Para comentar o fato sob o viés kardeciano, é importante destacar que em qualquer análise que façamos sobre o comportamento sexual dessa ou daquela pessoa, somos obrigados a lembrar sempre de Deus, “que julga em última instância, que vê os movimentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censuramos, ou reprova o que relevamos, porque conhece o móvel de todos os atos. Lembremo-nos de que nós, que clamamos em altas vozes anátemas, teremos quiçá cometido falta mais grave” (1) do que a pessoa que censuramos.
No caso Hena, alguns dizem que ela sofreu violência sexual, contudo há os que afirmam que houve o adultério cometido pelo primo. De qualquer modo, o episódio remete-nos aos Códigos de Jesus, que proclamou a sentença: “atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado”(2). Essa advertência faz da comiseração uma obrigação para nós outros, porque ninguém há que não necessite, para si próprio, de indulgência. “Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos. Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.”(3) É importante observar que Jesus, avaliando equívocos e quedas, nas aldeias do espírito, haja selecionado aquela da mulher, em falhas do sexo, para emitir a sua memorável sentença: "aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra".
O sábio Espírito Emmanuel explica que “no rol das defecções, deserções, fraquezas e delitos do mundo, os problemas afetivos se mostram de tal modo encravados no ser humano que pessoa alguma da Terra haja escapado, no conjunto das existências consecutivas, aos chamados "erros do amor".”(4) Penetremos cada um de nós nos recessos da própria alma, e, se conseguimos apresentar comportamento irrepreensível, no imediatismo da vida prática ante os dias que correm, indaguemo-nos, com sinceridade, quanto às próprias tendências. “Quem não haja varado transes difíceis, nas áreas do coração, no período da reencarnação em que se encontre, investigue as próprias inclinações e anseios no campo íntimo, e, em sã consciência, verificará que não se acha ausente do emaranhado de conflitos, que remanescem do acervo de lutas sexuais da Humanidade.”(5)
Por essas razões, personalizando na mulher sofredora a família humana, Jesus pronunciou a inesquecível sentença “atire-lhe a primeira pedra”, convocando os homens, supostamente puros em matéria de sexualidade, a lançarem sobre a mulher infeliz a primeira pedra.
Em verdade, quando respeitarmos nosso semelhante em seu foro íntimo, os conceitos de adultério se farão distanciados do cotidiano, de vez que a compreensão apaziguará o coração humano e a chamada desventura afetiva não terá razão de ser, ou seja, ninguém trairá ninguém em matéria afetiva.
Abstenhamo-nos, sob qualquer hipótese, de censurar e condenar seja lá quem for em matéria de comportamento sexual. Recordemos que estamos emergindo de um passado longínquo, em que estivemos mergulhados nos labirintos dos desequilíbrios na área afetiva, a fim de que as bênçãos do aprendizado se nos fixem na consciência a Lei do amor. Achamo-nos muito longe da pureza do coração , por isso mesmo, se alguém nos parece cair, sob enganos do sentimento, não critiquemos , ao invés disso silenciemos e oremos a seu benefício.
Para com qualquer pessoa que se nos afigura desmoronar em delito sentimental, sejamos caridosos!.Nenhum de nós consegue conhecer-se tão exatamente, a ponto de saber hoje qual a dimensão da experiência afetiva que nos espera no futuro. Silenciemos ante as supostas culpas do próximo, porquanto nenhum de nós, por agora, é capaz de medir a parte de responsabilidade que nos compete a cada um nas irreflexões e desequilíbrios dos outros.
Jamais esqueçamos que todos somos componentes de uma só família (encarnada e desencarnada), operando em dois mundos, simultaneamente. Somos incapazes de examinar as consciências alheias e cada um de nós, ante a Sabedoria Divina, é um caso particular, em matéria de amor, reclamando compreensão. “A vista disso, muitos de nossos erros imaginários no mundo são caminhos certos para o bem, ao passo que muitos de nossos acertos hipotéticos são trilhas para o mal de que nos desvencilharemos, um dia!... Abençoai e amai sempre. Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for, colocai-vos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai, no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo: "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.”(6)
Jorge Hessen
http://jorgehessen.net
Referências bibliográficas:
(1) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 16, do Cap. X, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1991
(2) João Cp. 8:7
(3) ______, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 13, do Cap. X, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1991
(4) Xavier, Francisco Cândido. Vida e Sexo, ditado pelo espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2000, Cap. 22
(5) Idem
(6) Idem Cap. 26
O clérigo muçulmano Mofiz Uddin foi o responsável pela fatwah (sentença) contra Hena, que foi presa juntamente com outras três pessoas. Os religiosos disseram à polícia que Hena teria sido pega em flagrante. Porém, Dorbesh Khan, o pai da adolescente dissse: “Que tipo de justiça é essa? Minha filha foi espancada em nome do fanatismo religioso. Se tivesse sido julgada por um tribunal do Estado, minha filha jamais teria morrido”. Em verdade, punições realizadas em nome da sharia (legislação sagrada islâmica) e decretos religiosos foram proibidos em Bangladesh, por isso, um grupo de moradores de Shariatpur foi às ruas em protesto contra a fatwa e contra os autores da sentença.
Para comentar o fato sob o viés kardeciano, é importante destacar que em qualquer análise que façamos sobre o comportamento sexual dessa ou daquela pessoa, somos obrigados a lembrar sempre de Deus, “que julga em última instância, que vê os movimentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censuramos, ou reprova o que relevamos, porque conhece o móvel de todos os atos. Lembremo-nos de que nós, que clamamos em altas vozes anátemas, teremos quiçá cometido falta mais grave” (1) do que a pessoa que censuramos.
No caso Hena, alguns dizem que ela sofreu violência sexual, contudo há os que afirmam que houve o adultério cometido pelo primo. De qualquer modo, o episódio remete-nos aos Códigos de Jesus, que proclamou a sentença: “atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado”(2). Essa advertência faz da comiseração uma obrigação para nós outros, porque ninguém há que não necessite, para si próprio, de indulgência. “Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos. Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.”(3) É importante observar que Jesus, avaliando equívocos e quedas, nas aldeias do espírito, haja selecionado aquela da mulher, em falhas do sexo, para emitir a sua memorável sentença: "aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra".
O sábio Espírito Emmanuel explica que “no rol das defecções, deserções, fraquezas e delitos do mundo, os problemas afetivos se mostram de tal modo encravados no ser humano que pessoa alguma da Terra haja escapado, no conjunto das existências consecutivas, aos chamados "erros do amor".”(4) Penetremos cada um de nós nos recessos da própria alma, e, se conseguimos apresentar comportamento irrepreensível, no imediatismo da vida prática ante os dias que correm, indaguemo-nos, com sinceridade, quanto às próprias tendências. “Quem não haja varado transes difíceis, nas áreas do coração, no período da reencarnação em que se encontre, investigue as próprias inclinações e anseios no campo íntimo, e, em sã consciência, verificará que não se acha ausente do emaranhado de conflitos, que remanescem do acervo de lutas sexuais da Humanidade.”(5)
Por essas razões, personalizando na mulher sofredora a família humana, Jesus pronunciou a inesquecível sentença “atire-lhe a primeira pedra”, convocando os homens, supostamente puros em matéria de sexualidade, a lançarem sobre a mulher infeliz a primeira pedra.
Em verdade, quando respeitarmos nosso semelhante em seu foro íntimo, os conceitos de adultério se farão distanciados do cotidiano, de vez que a compreensão apaziguará o coração humano e a chamada desventura afetiva não terá razão de ser, ou seja, ninguém trairá ninguém em matéria afetiva.
Abstenhamo-nos, sob qualquer hipótese, de censurar e condenar seja lá quem for em matéria de comportamento sexual. Recordemos que estamos emergindo de um passado longínquo, em que estivemos mergulhados nos labirintos dos desequilíbrios na área afetiva, a fim de que as bênçãos do aprendizado se nos fixem na consciência a Lei do amor. Achamo-nos muito longe da pureza do coração , por isso mesmo, se alguém nos parece cair, sob enganos do sentimento, não critiquemos , ao invés disso silenciemos e oremos a seu benefício.
Para com qualquer pessoa que se nos afigura desmoronar em delito sentimental, sejamos caridosos!.Nenhum de nós consegue conhecer-se tão exatamente, a ponto de saber hoje qual a dimensão da experiência afetiva que nos espera no futuro. Silenciemos ante as supostas culpas do próximo, porquanto nenhum de nós, por agora, é capaz de medir a parte de responsabilidade que nos compete a cada um nas irreflexões e desequilíbrios dos outros.
Jamais esqueçamos que todos somos componentes de uma só família (encarnada e desencarnada), operando em dois mundos, simultaneamente. Somos incapazes de examinar as consciências alheias e cada um de nós, ante a Sabedoria Divina, é um caso particular, em matéria de amor, reclamando compreensão. “A vista disso, muitos de nossos erros imaginários no mundo são caminhos certos para o bem, ao passo que muitos de nossos acertos hipotéticos são trilhas para o mal de que nos desvencilharemos, um dia!... Abençoai e amai sempre. Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for, colocai-vos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai, no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo: "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.”(6)
Jorge Hessen
http://jorgehessen.net
Referências bibliográficas:
(1) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 16, do Cap. X, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1991
(2) João Cp. 8:7
(3) ______, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 13, do Cap. X, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1991
(4) Xavier, Francisco Cândido. Vida e Sexo, ditado pelo espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2000, Cap. 22
(5) Idem
(6) Idem Cap. 26
Sem Categoria

A jovem francesa Isabelle Caro, após sofrer todo tipo de constrangimentos físicos e morais, desencarnou no dia 17 de novembro de 2010. Caro foi a “modelo” que se tornou mundialmente conhecida após mostrar seu corpo “esqueleticamente nu” para as imagens midiáticas, na tentativa altruística de advertir as jovens das passarelas da moda sobre as consequências da anorexia, doença que sofria desde os 13 anos.
Segundo o informe do Instituto Nacional de Saúde Mental Norte Americano (NIMH), as desordens alimentícias apresentam as taxas de mortalidade mais altas de todas as patologias mentais. Na década de 1970, Karen Carpenter, cantora do grupo Carpenters, também desenvolveu anorexia nervosa. Ela tentou, em 1982, tratamento com renomados psicanalistas americanos, porém, no ano seguinte, Karen, com 32 anos, desencarnou em decorrência de uma parada cardíaca.
Escrevemos para a Revista Eletrônica O Consolador um artigo (1) sobre o drama de Terri Schiavo, uma mulher da Flórida-EUA, que esteve em estado vegetativo por longos 15 anos e que foi desconectada do tubo que a alimentava, depois de um intenso debate entre seus familiares, o governo americano e os tribunais. Embora não seja citado no artigo, Schiavo sofreu um ataque cardíaco em 1990, decorrente de anorexia, o que a levou ao dramático estado de coma.
Nos anos que vão de 1200 a1500, na Europa Medieval, muitas mulheres faziam prolongados jejuns, e por se conservarem vivas apesar do seu estado de inanição, eram tidas como santas ou milagrosas. O termo "anorexia santa" foi cunhado por Rudolph Bell que, valendo-se de uma moderna teoria psicológica que explicava o jejum, classificou-o como sintoma de anorexia. Sob o pretexto de que as mulheres alcançariam posição espiritual mais elevada, conservando-se distantes dos prazeres sexuais e comprometendo-se com Deus, a Idade Média as forçou a praticar o jejum. O registro da manifestação da anorexia, no entanto, não teve início nesse período, mas este é, sem dúvida, um momento de capital importância no estudo dos possíveis paralelos entre as diversas culturas históricas.
A anorexia nervosa é um transtorno alimentar cujo quadro psiquiátrico é de 95% dos casos em mulheres adolescentes e adultas jovens, que perdem o senso crítico em relação à imagem corpórea. Sua etiologia, na essência, é pouco conhecida. Pode ser determinada por diversos fatores que interagem entre si de modo complexo para produzir, e muitas vezes perpertuar, a enfermidade. Fatores genéticos, psicológicos, sociais, culturais, nutricionais, neuroquímicos e hormonais atuam como predisponentes, desencadeantes ou precipitantes e mantenedores do quadro patológico.
Os transtornos alimentares também costumam ter como desencadeante algum evento significativo como perdas, separações, mudanças, doenças orgânicas, distúrbios da imagem corporal (como a insatisfação da semelhança corporal da mãe), depressão, ansiedade e até mesmo traumas de infância. Na anorexia nervosa, traços como baixa autoestima ou auto-avaliação negativa, obsessividade, introversão e perfeccionismo são comuns e geralmente permanecem estáveis mesmo após a recuperação do peso corporal.
Sob o ponto de vista espírita, afirmamos que a causa do distúrbio dessa “doença nervosa” pode ter a sua matriz nos arcanos profundos do inconsciente. Aí estão registrados com som, imagens e movimentos os históricos de vida de cada um. Nesse sentido, a anorexia é um reflexo dos complexos adquiridos em vidas pregressas e/ou concomitante aos registros das experiências de período infantil da vida atual. Os dardos magnéticos acondicionados no “corpo espiritual” (termo usado por Paulo de Tarso), são projetados na indumentária física, desarranjando, por conseqüência, as funções endocrínicas e neurológicas, culminando no aparecimento de doenças físicas e psicológicas de muitos realces que desafiam a medicina contemporânea. Ainda sob a perspectiva kadeciana, podemos afirmar que o maior agravante de qualquer doença é a obsessão espiritual, hoje uma verdadeira pandemia na Terra.
A sociedade vem sofrendo processos obsessórios preocupantes. A influência do materialismo cresce incessantemente. Os valores morais estão sendo corrompidos com espantosa velocidade. Nunca o mundo precisou tanto dos ensinos espíritas como nos tempos atuais, em que anoréxicos definham seus corpos até a morte. Vivenciamos instantes em que se aguça o individualismo, enodoando o tecido social, e nos vendavais da tecnologia somos remetidos aos acirramentos das desigualdades e isolamentos, estabelecendo-se níveis de conforto e exclusão sociais nunca antes experimentados.
Nesse autêntico amálgama, usando e abusando do livre arbítrio, cada qual vai colhendo vitórias ou amargando derrotas, segundo o grau de experiência conquistada. Uns riem hoje, para chorarem amanhã, e outros que agora se exaltam, serão humilhados depois. Devemos interrogar a própria consciência, passando em revista os atos cotidianos, para a identificação dos desvios do deveres que deveriam ter sido cumpridos e dos motivos alheios de queixa por conta dos nossos atos. Revisemos periodicamente nossas quedas e deslizes no campo moral, ativando a memória para nos lembrarmos dos tantos espinhos que já trazemos cravados na "carne do espírito"(2), tal como ensina o “convertido de Damasco”. Estes espinhos nos lembrarão a nossa condição de enfermos em estágio de longa recuperação, necessitados de cautela.
Na anorexia de matizes nervosas a cura não é fácil e exige apoio familiar, porque é uma patologia com raízes sociomentosomático e espiritual. O primeiro passo, e o mais importante, é convencer o anoréxico que está doente, que deve ser tratado antes que seja tarde demais. Não obstante, o emprego de fármacos para o tratamento ter poucos efeitos concretos, motivo pelo qual seu uso tem sido limitado. Todavia – graças a Deus! – o mal não é invencível; pelo contrário! Nos centros espíritas, podem-se encontrar tratamentos eficazes através do passe magnético, da água fluidificada, do atendimento fraterno, da desobsessão.
A revista Reformador, da FEB, entrevistou o Dr. Elias Barbosa e o indagou se, na condição de dirigente espírita ou psiquiatra, teve oportunidade de interagir com o Chico Xavier para o atendimento de pessoas em desequilíbrio. O médico espírita explicou que “em todos os casos gravíssimos, geralmente de esquizofrenia e anorexia nervosa, sempre solicitava ao Chico para que o ajudasse no Sanatório, às vezes com a simples imposição das mãos sobre os enfermos.”.(3)
Buscar o perfeito equilíbrio entre o corpo físico e o espiritual é tarefa que compete a cada um de nós, porque, por intermédio do primeiro temos ensejo de realizar atividades no bem na matéria; por intermédio do segundo depuramos aquele e chegamos a planos mais evoluídos da Criação. Não esquecendo que Deus tem Suas leis regendo todas as nossas ações. Se as violamos, assumimos os ônus. “Indubitavelmente, quando alguém comete um excesso qualquer, Deus não profere contra ele um julgamento. Ele traçou um limite. As enfermidades e, muitas vezes a morte, são consequência dos excessos. Eis, aí, a punição; é o resultado da infração da lei. Assim é tudo.”.(4)
Jorge Hessen
http://jorgehessen.net
Referências:
(1) Hessen, Jorge. Artigo “Somente Deus tem o direito de dispor da vida humana” disponível no site acesso em 09-01-2011
(2) 2ª Epístola de Paulo aos Coríntios- 7 – “E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar”.
(3) Elias Barbosa, entrevista para Reformado da FEB disponível no site http://www.febnet.org.br/reformadoronline/pagina/?id=199 acesso em 10-01-2011
(4) KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2000, questão 964
Sem Categoria

"Todos nós sabemos, as energias negativas são uma das maiores preocupações do ser humano. Procurar fugir delas é besteira. Elas nos alcançam em qualquer lugar do planeta. Mas, podemos nos defender, começando a tomar uma série de atitudes e providências.
Abaixo, seguem seis dicas pessoais para começar a combatê-las.
1. NÃO TEMER NINGUÉM;
Uma das armas mais eficazes na subjugação de um ser é impingir-lhe o medo. Sentimento capaz de uma profunda perturbação interior, vindo até a provocar verdadeiros rombos na aura, deixando o indivíduo vulnerável a todos os ataques. Temer alguém significa colocar-se em posição inferior, temer significa não acreditar em si mesmo e em seus potenciais, temer significa falta de fé. O medo faz com que baixemos o nosso campo vibracional, tornando-nos assim vulneráveis às forças externas. Sentir medo de alguém é dar um atestado de que ele é mais forte e poderoso. Quanto mais você der força ao opressor, mais ele se fortalecerá.
2. NÃO SINTA CULPA;
Assim como o medo, a culpa é um dos piores estados de espírito que existem. Ela altera nosso campo vibracional, deixando nossa aura (campo de força) vulnerável ao agressor. A culpa enfraquece nosso sistema imunológico e fecha os caminhos para a prosperidade. Um dos maiores recursos utilizados pelos invejosos é fazer com que nos sintamos culpados pelas nossas conquistas. Não faça o jogo deles e saiba que o seu sucesso é merecido. Sustente as suas vitórias sempre!
3. ADOTE UMA POSTURA ATIVA;
Nem sempre adotar uma postura defensiva é o melhor negócio. Enfrente a situação. Lembre-se sempre do exemplo do cachorro: quem tem medo do animal e sai correndo, fatalmente será perseguido e mordido. Já quem mantém a calma e contorna a situação pode sair ileso. Ao invés de pensar que alguém pode influenciá-lo negativamente, por que não se adiantar e influenciá-lo beneficamente? Ou será que o mal dele é mais forte que o seu bem? Por que será que nós sempre nos colocamos numa atitude passiva de vítimas? Antes que o outro o alcance com sua maldade, atinja-o antecipadamente com muita luz e pensamentos de paz, compaixão e amor.
4. FIQUE SEMPRE DO SEU LADO;
A maior causa dos problemas de relacionamentos humanos é a "Auto-Obsessão". A influência negativa de uma pessoa sobre outra sempre existirá enquanto houver uma idéia de dominação, de desigualdade humana, enquanto um se achar mais e outro menos, enquanto nossas relações não forem pautadas pelo respeito mútuo. Mas grande parte dos problemas existe porque não nos relacionamos bem com nós mesmos. 'Auto-Obsessão' significa não se gostar, não se apoiar, se autoboicotar, se desvalorizar, não satisfazer suas necessidades pessoais e dar força ao outro, permitindo que ele influencie sua vida, achar que os outros merecem mais do que nós. Auto-obsediar-se é não ouvir a voz da nossa alma, é dar mais valor à opinião dos outros. Os que enveredam por esse caminho acabam perdendo sua força pessoal e abrem as portas para toda sorte de pessoas dominadoras e energias de baixo nível. A força interior é nossa maior defesa.
5. SUBA PARA POSIÇÕES ELEVADAS;
As flechas não alcançam o céu. Coloque-se sempre em posições elevadas com bons pensamentos, palavras, ações e sentimentos nobres e maduros. Uma atmosfera de pensamentos e sentimentos de alto nível faz com que as energias do mal, que têm pequeno alcance, não o atinjam. Essa é a melhor forma de criar 'incompatibilidade' com as forças do mal e energias incompatíveis não se misturam.
6. FECHE-SE ÀS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS.
As vias de acesso pelas quais as influências negativas podem entrar em nosso campo são as portas que levam à nossa alma, ou seja, a 'mente e o 'coração'. Além de manter o coração e mente sempre resguardados das energias dos maus pensamentos e sentimentos, fuja das conversas negativas, maldosas e depressivas. Evite lugares densos e de baixo nível. Quando não puder ajudar, afaste-se de pessoas que não lhe acrescentam nada e só o puxam para o lado negativo da vida. O mesmo vale para as leituras, programas de televisão, filmes , músicas e passatempos de baixo nível. "
Feng Shui

Livro: Os Grandes Vultos do Espiritismo
Autor: Paulo Alves Godoy
Alan Kardec
Estudos diversos comprovaram a consequência favorável que a prece produz. O médico e pensador Alexis Carrel (1) dizia frequentemente que o importante não é acrescentar anos à sua vida, mas vida aos seus anos. Em 1942, Carrel escreveu o artigo intitulado A Prece é Força, afirmando “que a oração é uma força tão real como a gravidade terrestre”. (2) E acrescentou: “no meu caráter de médico, tenho visto enfermos que, depois de tentarem, sem resultado, os outros meios terapêuticos, conseguiram libertar-se da melancolia e da doença, pelo sereno esforço da prece” (3). Naquela tumultuada década dos anos 40 do século XX(4), sobretudo para os médicos, era uma grande ousadia admitir as implicações da “prece” sobre a saúde. Todavia, o médico filósofo, contrariando seus colegas, proclamou a força da oração.
Sabe-se hoje que a prece realmente atua sobre os doentes, influenciando o sistema imunológico, segundo estudo realizado no ano de 1988, no Hospital Geral de São Francisco, na Califórnia. “Nesse hospital foi possível comprovar que os pacientes que foram alvos de preces apresentaram significativas melhoras, necessitando inclusive de menor quantidade de medicamentos.” (5)
A prece é recomendada por todos os Espíritos. Renunciar a ela é ignorar a bondade de Deus; é rejeitar para si mesmo a sua assistência; e para os outros, o bem que se poderia fazer. (6) O Espírito André Luiz, que foi médico em sua última reencarnação terrena, disse: “Ah! se os médicos orassem”. A exclamação consta no capítulo intitulado “Em aprendizado”, que revela o apoio que os benfeitores espirituais dão aos médicos que se disponham a abrir os seus canais de sensibilidade. “Todos os médicos, ainda mesmo quando materialistas de mente impermeável à fé religiosa, contam com amigos espirituais que os auxiliam” (7).
Alexis Carrel, sob a luz da inspiração, certificou que “quando oramos, ligamo-nos, nós mesmos, à inexaurível força motriz que aciona o universo. Pedimos que uma parcela desta força se aplique na devida proporção das nossas necessidades. Com o próprio ato de pedir, nossas deficiências humanas são supridas, e erguemo-nos fortalecidos e restaurados”. (8)
Os médicos americanos William Reed (9) e Roger Youmanas, quebrando os paradigmas e axiomas acadêmicos, defendem a necessidade da oração na hora da cirurgia. Para Reed o poder da oração pode garantir o sucesso de uma cirurgia, na atmosfera tensa de uma sala de operação. Quando uma enfermeira lhe passa um instrumento, o médico diz que faz sempre uma prece. Pede a Deus que o guie, de acordo com os seus desígnios. Para o cirurgião, a oração cria o clima de calma, necessário para o trabalho.
William Reed e Youmanas citam o caso de hemorragias subitamente controladas ou paradas cardíacas prontamente resolvidas. E o próprio Reed teve prova disso com seu filho de dois anos. A criança estava com pneumonia e de repente parecia que ia morrer. Salvou-o com respiração artificial, depois que pediu a Deus para que não tirasse a vida de seu filhinho. Roger Youmanas, cirurgião da Califórnia, confirma que sempre reza durante 30 segundos quando se vê diante de um caso difícil. Acredita que a prece em favor de um doente pode ajudar. E acredita que um cirurgião possa fazer uma operação melhor se tiver inspiração divina. ”(10)
O Cristo disse: “por isso vos digo: todas as coisas que vós pedirdes orando, crede que as haveis de ter, e que assim vos sucederão.” (11) Para nós, espíritas, a prece se reveste de características especiais, pois a par da medicação ordinária, elaborada pela Ciência, o magnetismo nos dá a conhecer o poder da ação fluídica e o Espiritismo nos revela outra força poderosa na mediunidade curadora e a influência da oração. Allan Kardec, ao emitir seus comentários na questão 662 de O Livro dos Espíritos, afirma que “o pensamento e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além dos limites da nossa esfera corporal. A rigor, a eletricidade é energia dinâmica; o magnetismo é energia estática; o pensamento é força eletromagnética.”(12)
Há pessoas que negam a Eficácia da Prece com o argumento de que, se Deus conhece as nossas necessidades, desnecessário se torna expô-las. Acrescentam, tais descrentes, que as nossas súplicas não podem modificar os designo da Providência, porque todo o Universo está regido por leis eternas. “Contudo, o Espiritismo nos faz compreender que na oração, sendo um canal de ligação com o Criador, podemos solicitar, enaltecer e agradecer. As preces dirigidas a Deus são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução dos Seus desígnios; as que são dirigidas aos Bons Espíritos vão também para Deus.” (13)
Quando o pensamento se dirige para algum ser, na terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece de um a outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som. A energia da corrente está na razão direta da energia do pensamento e da vontade. “É assim que a prece é ouvida pelos Espíritos, onde quer que eles se encontrem. “Pela prece, o homem atrai o concurso dos Bons Espíritos, que o vêm sustentar nas suas boas resoluções e inspirar-lhe bons pensamentos.” (14)
O mestre de Lyon explana que “a prece do homem de bem tem mais merecimento aos olhos de Deus, e sempre maior eficácia. Porque o homem vicioso e mau não pode orar com o fervor e a confiança que só o sentimento da verdadeira piedade pode dar. Do coração do egoísta, daquele que só ora com os lábios, não poderiam sair mais do que palavras, e nunca os impulsos da caridade, que dão à prece toda a sua força.” (15) Porém, quem não se julga suficientemente bom para exercer uma influência salutar, não deve deixar de orar por outro, por pensar que não é digno de ser ouvido. “A consciência de sua inferioridade é uma prova de humildade, sempre agradável a Deus, que leva em conta a sua intenção caridosa. A prece que é repelida é a do orgulhoso, que só tem fé no seu poder e nos seus méritos, e julga poder substituir-se à vontade do Eterno.” (16)
Outra questão importante para o tema é a prece coletiva; será que tem ação mais poderosa? Sim! Quando todos os que a fazem se associam de coração num mesmo pensamento e têm a mesma finalidade, porque então é como se muitos clamassem juntos e em uníssono. “Mas que importaria estarem reunidos em grande número, se cada qual agisse isoladamente e por sua própria conta? Cem pessoas reunidas podem orar como egoístas, enquanto duas ou três, ligadas por uma aspiração comum, orarão como verdadeiros irmãos em Deus, e sua prece terá mais força do que a daquelas cem.” (17)
"E quando orais, não faleis muito, como os gentios; pois cuidam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Quando orais, não haveis de ser como os hipócritas, que gostam de orar em pé nas sinagogas, para serem vistos pelos homens".(18) Por isso que as formas e as fórmulas utilizadas para a oração se fazem secundárias, sendo indispensável a intenção do suplicante, cujo propósito estimula o dínamo cerebral a liberar a onda psíquica vigorosa que lhe conduzirá a vontade. O pensamento, portanto, ligado a Deus, ao bem, ao amor, ao desejo sincero de ajudar, eis a oração que todos podem e devem utilizar, a fim de que a paz se instale por definitivo nos corações.
Sabe-se hoje que a prece realmente atua sobre os doentes, influenciando o sistema imunológico, segundo estudo realizado no ano de 1988, no Hospital Geral de São Francisco, na Califórnia. “Nesse hospital foi possível comprovar que os pacientes que foram alvos de preces apresentaram significativas melhoras, necessitando inclusive de menor quantidade de medicamentos.” (5)
A prece é recomendada por todos os Espíritos. Renunciar a ela é ignorar a bondade de Deus; é rejeitar para si mesmo a sua assistência; e para os outros, o bem que se poderia fazer. (6) O Espírito André Luiz, que foi médico em sua última reencarnação terrena, disse: “Ah! se os médicos orassem”. A exclamação consta no capítulo intitulado “Em aprendizado”, que revela o apoio que os benfeitores espirituais dão aos médicos que se disponham a abrir os seus canais de sensibilidade. “Todos os médicos, ainda mesmo quando materialistas de mente impermeável à fé religiosa, contam com amigos espirituais que os auxiliam” (7).
Alexis Carrel, sob a luz da inspiração, certificou que “quando oramos, ligamo-nos, nós mesmos, à inexaurível força motriz que aciona o universo. Pedimos que uma parcela desta força se aplique na devida proporção das nossas necessidades. Com o próprio ato de pedir, nossas deficiências humanas são supridas, e erguemo-nos fortalecidos e restaurados”. (8)
Os médicos americanos William Reed (9) e Roger Youmanas, quebrando os paradigmas e axiomas acadêmicos, defendem a necessidade da oração na hora da cirurgia. Para Reed o poder da oração pode garantir o sucesso de uma cirurgia, na atmosfera tensa de uma sala de operação. Quando uma enfermeira lhe passa um instrumento, o médico diz que faz sempre uma prece. Pede a Deus que o guie, de acordo com os seus desígnios. Para o cirurgião, a oração cria o clima de calma, necessário para o trabalho.
William Reed e Youmanas citam o caso de hemorragias subitamente controladas ou paradas cardíacas prontamente resolvidas. E o próprio Reed teve prova disso com seu filho de dois anos. A criança estava com pneumonia e de repente parecia que ia morrer. Salvou-o com respiração artificial, depois que pediu a Deus para que não tirasse a vida de seu filhinho. Roger Youmanas, cirurgião da Califórnia, confirma que sempre reza durante 30 segundos quando se vê diante de um caso difícil. Acredita que a prece em favor de um doente pode ajudar. E acredita que um cirurgião possa fazer uma operação melhor se tiver inspiração divina. ”(10)
O Cristo disse: “por isso vos digo: todas as coisas que vós pedirdes orando, crede que as haveis de ter, e que assim vos sucederão.” (11) Para nós, espíritas, a prece se reveste de características especiais, pois a par da medicação ordinária, elaborada pela Ciência, o magnetismo nos dá a conhecer o poder da ação fluídica e o Espiritismo nos revela outra força poderosa na mediunidade curadora e a influência da oração. Allan Kardec, ao emitir seus comentários na questão 662 de O Livro dos Espíritos, afirma que “o pensamento e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além dos limites da nossa esfera corporal. A rigor, a eletricidade é energia dinâmica; o magnetismo é energia estática; o pensamento é força eletromagnética.”(12)
Há pessoas que negam a Eficácia da Prece com o argumento de que, se Deus conhece as nossas necessidades, desnecessário se torna expô-las. Acrescentam, tais descrentes, que as nossas súplicas não podem modificar os designo da Providência, porque todo o Universo está regido por leis eternas. “Contudo, o Espiritismo nos faz compreender que na oração, sendo um canal de ligação com o Criador, podemos solicitar, enaltecer e agradecer. As preces dirigidas a Deus são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução dos Seus desígnios; as que são dirigidas aos Bons Espíritos vão também para Deus.” (13)
Quando o pensamento se dirige para algum ser, na terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece de um a outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som. A energia da corrente está na razão direta da energia do pensamento e da vontade. “É assim que a prece é ouvida pelos Espíritos, onde quer que eles se encontrem. “Pela prece, o homem atrai o concurso dos Bons Espíritos, que o vêm sustentar nas suas boas resoluções e inspirar-lhe bons pensamentos.” (14)
O mestre de Lyon explana que “a prece do homem de bem tem mais merecimento aos olhos de Deus, e sempre maior eficácia. Porque o homem vicioso e mau não pode orar com o fervor e a confiança que só o sentimento da verdadeira piedade pode dar. Do coração do egoísta, daquele que só ora com os lábios, não poderiam sair mais do que palavras, e nunca os impulsos da caridade, que dão à prece toda a sua força.” (15) Porém, quem não se julga suficientemente bom para exercer uma influência salutar, não deve deixar de orar por outro, por pensar que não é digno de ser ouvido. “A consciência de sua inferioridade é uma prova de humildade, sempre agradável a Deus, que leva em conta a sua intenção caridosa. A prece que é repelida é a do orgulhoso, que só tem fé no seu poder e nos seus méritos, e julga poder substituir-se à vontade do Eterno.” (16)
Outra questão importante para o tema é a prece coletiva; será que tem ação mais poderosa? Sim! Quando todos os que a fazem se associam de coração num mesmo pensamento e têm a mesma finalidade, porque então é como se muitos clamassem juntos e em uníssono. “Mas que importaria estarem reunidos em grande número, se cada qual agisse isoladamente e por sua própria conta? Cem pessoas reunidas podem orar como egoístas, enquanto duas ou três, ligadas por uma aspiração comum, orarão como verdadeiros irmãos em Deus, e sua prece terá mais força do que a daquelas cem.” (17)
"E quando orais, não faleis muito, como os gentios; pois cuidam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Quando orais, não haveis de ser como os hipócritas, que gostam de orar em pé nas sinagogas, para serem vistos pelos homens".(18) Por isso que as formas e as fórmulas utilizadas para a oração se fazem secundárias, sendo indispensável a intenção do suplicante, cujo propósito estimula o dínamo cerebral a liberar a onda psíquica vigorosa que lhe conduzirá a vontade. O pensamento, portanto, ligado a Deus, ao bem, ao amor, ao desejo sincero de ajudar, eis a oração que todos podem e devem utilizar, a fim de que a paz se instale por definitivo nos corações.
Jorge Hessen
http://jorgehessen.net
http://jorgehessen.net
Referências bibliográficas:
(1) Ganhador do Prêmio Nobel de Medicina por seus trabalhos em sutura de vasos sanguíneos e autor do livro “O Homem, Esse Desconhecido”
(2) publicado Revista Reader's Digest.Reader's Digest de fevereiro de 1942
(3) idem
(4) Em 1942 as nações mais ricas da Europa e a própria América, onde Dr. Carrel vivia, estavam engalfinhadas na Segunda Guerra Mundial
(5) Artigo de Kátia Penteado intitulado Efeitos da Prece na Saúde : a Ciência confirma a Doutrina Espírita - Nov/2004
(6) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: Ed. FEB 1990, cap 27
(7) Xavier, Francisco Cândido. Libertação, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1990
(8) publicado Revista Reader's Digest.Reader's Digest de fevereiro de 1942
(9) William Reed é presidente a Fundação Médica Cristã que possue mais de 3.000 médicos associados
(10) Publicado na Revista O Espírita setembro / dezembro de 2001, nº 110 Ano XXIII
(11) Mc, XI: 24)
(12) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1994, questão 662
(13) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: Ed. FEB 1990, cap 27
(14) idem
(15) idem
(16) idem
(17) idem
(18) Mt, VI:5
Sem Categoria
“Tudo é possível ao que crê” – Marcos 9:23
A confiança em si mesmo e em Deus é condição essencial para enfrentarmos com equilíbrio as dores do mundo. A confiança, mãe da calma e da perseverança, nos possibilita convivência pacífica com as adversidades. Jesus se utiliza da alegoria da “fé que transporta montanhas”(1) para nos esclarecer sobre este tema.
Como fazer para adquirir esta confiança? Respondemos: meditando sobre fatos que estão ao nosso dispor. Procuremos relacionar alguns argumentos neste sentido, construindo uma base racional forte e durável para edificarmos a fé.
O estudo do espiritismo resulta em confiança, pois descobrimos como a vida funciona e o porquê de estarmos aqui. Conhecendo o Consolador Prometido por Jesus, nos identificamos como filhos de Deus. Percebemos Sua infinita bondade para conosco e entendemos as causas de nossos sofrimentos. Assimilamos as verdades espirituais. Este aprendizado gera paciência, calma, resignação, coragem, esperança, otimismo, enfim, forças para transportamos as montanhas das dores.
A ciência assevera que a vontade do paciente é fator preponderante para sua cura. Comprovando assim o que dizia Jesus nas diversas curas que operava, como, por exemplo, quando, dialogando com o pai do epiléptico, faz a afirmativa assinalada em epígrafe. O espiritismo explica a ação magnética que imprimimos aos fluidos através da vontade. Quanto mais confiança, mais cercados por fluidos benéficos; quanto mais pessimismo, mais envolvidos em fluidos maléficos. O bem atrai o bem, o mal atrai o mal.
Entretanto, não podemos confundir fé racional com presunção, nem permitir que ela produza fanatismo. O processo de entendimento não é superficial, pois que tem suas raízes fincadas na compreensão da lei de causa e efeito, no “a cada um será dado segundo suas obras”(2). Esta fé não gera privilégios, mas faz-nos fortes para enfrentarmos as dores necessárias ao crescimento.
O meio de avaliarmos se estamos conquistando a fé, desenvolvida pela compreensão, é observarmos se ela está produzindo frutos de caridade em favor do próximo. Esta é uma característica da verdadeira fé. Se o entendimento das verdades espirituais e a conseqüente confiança não resultam bem algum para a Humanidade, de nada servirá e será como a figueira que secou, em outra alegoria de Jesus.
Aquele que possui fé não se desespera diante da morte, da perda de emprego, de doença grave, de dificuldades materiais, pois confia que tudo está sob o controle de Deus e da Sua justiça, mas se esforça por eliminar as causas destes sofrimentos, trabalhando no bem e orando.
Afirmam-nos os benfeitores espirituais que “a confiança nas suas próprias forças torna o homem capaz de executar coisas materiais, que não consegue fazer quem duvida de si.”(3) Esforcemo-nos, portanto, para adquirir esta confiança que trará paz relativa, comportamento reto e pensamentos harmonizados, a fim de que um dia possamos ouvir de Jesus a frase que pronunciava quando curava: “a tua fé te salvou!”(4).
(1) Mateus 17; 20
(2) Mateus 16; 27
(3) O Evangelho segundo o espiritismo – capítulo XIX – item 2
(4) Lucas 18; 42
Autor: Alberto Leitão Rosa
Jornal “O Espírita Fluminense”
Instituto Espírita Bezerra de Menezes – IEBM – Niterói – RJ
Setembro / Outubro 2011
Espiritismo - Fé

Todos ansiamos a conquista da paz e procuramos a alegria de viver na Terra. Porém, que tipo de felicidade é essa que quanto mais se caça mais afastada permanece? Para que verdadeiramente conquistemos a paz e a felicidade, é urgente reconhecermos nossas fraquezas morais e colocarmos em prática a melhoria pessoal. Das diferentes angústias que nos afastam da paz e da felicidade, a mágoa tem lugar de relevo. Pensando nisso, deliberamos escrever a respeito do perdão, por considerar ser uma das grandes virtudes, por via das quais conseguiremos a paz e a felicidade cobiçadas.
A ordem “perdoar setenta vezes sete vezes” proferida por Jesus precisa ser aplicada ao limite máximo das nossas experiências cotidianas. Não obstante, excepcionalmente conseguimos perdoar pessoas que nos causaram algum agravo, lesão, perda ou ofensa, pois quase sempre elegemos permanecer zangados, desgostosos, melindrados ou magoados (às vezes por uma vida inteira ou várias encarnações). Há casos em que alguns instantes após a ocorrência da ofensa, quiçá, o agressor que nos danificou já tenha esquecido a expressão infeliz ou o insulto a nós dirigido. No que tange ao nosso sentimento de justiça, experimentamos em cada afronta sofrida a cólera ou a aversão e diversas ocasiões podemos escolher espaçar no tempo esses sentimentos destrutivos, na forma de rancor, preservando no recesso de nossa mente a aflição, a agonia, a ansiedade por alongados anos.
Jesus ensinou: "Se perdoardes aos homens as ofensas que vos fazem, também vosso Pai celestial vos perdoará os vossos pecados. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará os vossos pecados".(1) Perdoar é atitude sublime, além de imperativo, já que para que sejamos perdoados é mister que absolvamos o ofensor. O Criador tem nos indultado desde sempre. Tomando-se por base o convite ao perdão, ensinado e exemplificado pelo Cristo, aprendamos a não permitir que consternações, injúrias, danos morais de qualquer espécie nos causem repugnâncias, desapontamentos e agressividades delituosas. Temos na figura incomparável do Crucificado o exemplo culminante de clemência.
Infelizmente, quase sempre optamos por não perdoar no sentido mais exato do termo perdão. Criamos imagens sobre a ofensa sofrida e permanecemos reproduzindo a mágoa a todos que atravessam o nosso caminho, e muitas vezes chegamos às lágrimas, nos fazendo de vítimas quase sempre diante de tudo e de todos. Quando não topamos com alguma pessoa disposta a escutar a nossa lamúria, continuamos reprisando de contínuo a história do insulto em nosso coração. Essa sensação nos deteriora as ideias e ocupa um imenso espaço em nossa mente. É uma categoria de auto-obsessão. Com a mente embebida de pensamentos de “vingança e justiça com as próprias mãos”, não alcançamos raciocínios lógicos; não localizamos expedientes criativos para as dificuldades mais simples, arruinamos a aptidão de concentração, nos tornamos irrequietos e enfadados com pequeninas coisas.
“O perdão do Senhor é sempre transformação do mal no bem, com renovação de nossas oportunidades de luta e resgate, no grande caminho da vida. O perdão é em qualquer tempo, sempre um traço de luz conduzindo a nossa vida à comunhão com Jesus.”(2) Mas quando optamos por não perdoar (ou tão somente perdoar da “boca para fora”), denunciamos o outro pela nossa desdita, o que equivale a responsabilizar o próximo pela nossa condição de vítima em infindável amargura. Agindo assim, estamos oferecendo autoridade ao ofensor sobre nós, ou seja, a faculdade de despedaçar a nossa paz, a nossa calma, o nosso prazer de viver (felicidade) e sobretudo a nossa preciosa saúde.
Não desconhecemos que nosso estado emocional conduz a saúde de todos os complexos fisiológicos. Quando sustentamos bons pensamentos e emoções serenas, geramos frequências magnéticas que alcançam todas as estruturas celulares, conduzindo as reações eletrobioquímicas, a seiva imunológica, a divisão das células, a simbiose entre os tecidos, a alimentação, as funções neuropsíquicas, a pujança de ânimo, enfim, o vigor e a harmonia do arcabouço orgânico.
Sem sombra de dúvida, o máximo de benefício do perdão é para quem perdoa incondicionalmente. O infrator que nos ocasionou determinado agravo não está torturado com a nossa situação emocional. “Quem bate esquece” - diz o jargão popular – é verdade! O ofensor, via de regra, esquece a injúria que suscitou o nosso ajuizamento com a consequente condenação. Em boa medida, perdoar constitui desanuviar o coração; arrancar um espinho encravado n’alma, ter domínio sobre a tão procurada felicidade e conquistar a paz.
A ordem “perdoar setenta vezes sete vezes” proferida por Jesus precisa ser aplicada ao limite máximo das nossas experiências cotidianas. Não obstante, excepcionalmente conseguimos perdoar pessoas que nos causaram algum agravo, lesão, perda ou ofensa, pois quase sempre elegemos permanecer zangados, desgostosos, melindrados ou magoados (às vezes por uma vida inteira ou várias encarnações). Há casos em que alguns instantes após a ocorrência da ofensa, quiçá, o agressor que nos danificou já tenha esquecido a expressão infeliz ou o insulto a nós dirigido. No que tange ao nosso sentimento de justiça, experimentamos em cada afronta sofrida a cólera ou a aversão e diversas ocasiões podemos escolher espaçar no tempo esses sentimentos destrutivos, na forma de rancor, preservando no recesso de nossa mente a aflição, a agonia, a ansiedade por alongados anos.
Jesus ensinou: "Se perdoardes aos homens as ofensas que vos fazem, também vosso Pai celestial vos perdoará os vossos pecados. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará os vossos pecados".(1) Perdoar é atitude sublime, além de imperativo, já que para que sejamos perdoados é mister que absolvamos o ofensor. O Criador tem nos indultado desde sempre. Tomando-se por base o convite ao perdão, ensinado e exemplificado pelo Cristo, aprendamos a não permitir que consternações, injúrias, danos morais de qualquer espécie nos causem repugnâncias, desapontamentos e agressividades delituosas. Temos na figura incomparável do Crucificado o exemplo culminante de clemência.
Infelizmente, quase sempre optamos por não perdoar no sentido mais exato do termo perdão. Criamos imagens sobre a ofensa sofrida e permanecemos reproduzindo a mágoa a todos que atravessam o nosso caminho, e muitas vezes chegamos às lágrimas, nos fazendo de vítimas quase sempre diante de tudo e de todos. Quando não topamos com alguma pessoa disposta a escutar a nossa lamúria, continuamos reprisando de contínuo a história do insulto em nosso coração. Essa sensação nos deteriora as ideias e ocupa um imenso espaço em nossa mente. É uma categoria de auto-obsessão. Com a mente embebida de pensamentos de “vingança e justiça com as próprias mãos”, não alcançamos raciocínios lógicos; não localizamos expedientes criativos para as dificuldades mais simples, arruinamos a aptidão de concentração, nos tornamos irrequietos e enfadados com pequeninas coisas.
“O perdão do Senhor é sempre transformação do mal no bem, com renovação de nossas oportunidades de luta e resgate, no grande caminho da vida. O perdão é em qualquer tempo, sempre um traço de luz conduzindo a nossa vida à comunhão com Jesus.”(2) Mas quando optamos por não perdoar (ou tão somente perdoar da “boca para fora”), denunciamos o outro pela nossa desdita, o que equivale a responsabilizar o próximo pela nossa condição de vítima em infindável amargura. Agindo assim, estamos oferecendo autoridade ao ofensor sobre nós, ou seja, a faculdade de despedaçar a nossa paz, a nossa calma, o nosso prazer de viver (felicidade) e sobretudo a nossa preciosa saúde.
Não desconhecemos que nosso estado emocional conduz a saúde de todos os complexos fisiológicos. Quando sustentamos bons pensamentos e emoções serenas, geramos frequências magnéticas que alcançam todas as estruturas celulares, conduzindo as reações eletrobioquímicas, a seiva imunológica, a divisão das células, a simbiose entre os tecidos, a alimentação, as funções neuropsíquicas, a pujança de ânimo, enfim, o vigor e a harmonia do arcabouço orgânico.
Sem sombra de dúvida, o máximo de benefício do perdão é para quem perdoa incondicionalmente. O infrator que nos ocasionou determinado agravo não está torturado com a nossa situação emocional. “Quem bate esquece” - diz o jargão popular – é verdade! O ofensor, via de regra, esquece a injúria que suscitou o nosso ajuizamento com a consequente condenação. Em boa medida, perdoar constitui desanuviar o coração; arrancar um espinho encravado n’alma, ter domínio sobre a tão procurada felicidade e conquistar a paz.
Jorge Hessen
http://jorgehessen.net
http://jorgehessen.net
Referência bibliográfica:
(1)Mateus, VI: 14-15
(2)Xavier, Francisco Cândido. Pai Nosso, ditado pelo Espírito Meimei, Rio de Janeiro: Ed. FEB,
Perdoar - Poder
O termo desonestidade é empregado para descrever os atos velhacos, a corrupção, a falta de probidade, a ausência de integridade, o mentir ou ser deliberadamente falaz. O mau caráter é adverso ao decoro; é indecente; é desonrado; é escandaloso e assim vai...
A propósito, será que realmente somos honestos? Não somos mentirosos? Contemporizamos com a rapina, com as fraudes, a sonegação de impostos, a falcatrua. A rigor, ser incorruptível requer disciplina. Ser honesto demanda disciplina moral e ética, fadiga para abater más tendências, diligência por não se consentir desabar na perdição das trapaças.
A desonestidade remete à fantasia instantânea de levar vantagem inescrupulosa, contudo certamente ficaremos a mercê da inevitável cobrança da consciência e não há como enganá-la. A consciência não se corrompe; nela estão assentadas as Leis de Deus, é ela que nos espicaça e traz a realidade das circunstâncias e atos que praticamos quando agindo de má fé, utilizando-nos da infeliz lei do proveito insensato.
Quando alguma pessoa nos indaga se somos incorruptíveis, normalmente a indignação nos invade a mente, só em ajuizar que alguém hesite de que somos honestos. Muitas vezes nos pronunciamos honrados, mas será que verdadeiramente o somos a todo instante ou é só de fachada essa virtude?
Se raspamos ou amassamos involuntariamente um automóvel no estacionamento, cujo dono não está presente, tendemos fugir do local, em vez de colocarmos um aviso do incidente, deixando nosso telefone num bilhete para contato. Quantos são os que não obedecem a ordem de uma fila dos bancos, cinemas, hospitais etc, e arquitetam meios escusos para ocupar o local reservado aos que chegaram antes?
Habituamos aquilatar negativamente assaltantes vigaristas, homicidas, encarcerados de penitenciária de forma geral. Todavia, será que fora das prisões há superávit de gente honesta? Quantas vezes compramos produtos de origem duvidosa para sonegarmos impostos? Quantas vezes devolvemos o troco que o caixa do supermercado nos deu a mais? Quantos mecânicos de automóveis, técnicos de geladeiras, de televisão, máquinas de lavar, de computadores, mentem para cobrar mais caro?
Quantas vezes estacionamos na vaga de idoso ou deficiente sem sermos um idoso ou deficiente? Quantos usam de sua autoridade para anular multas de trânsito? Quantos bebem alcoólicos e assumem a direção de veículo nas estradas? Não assombra que administradores se apropriem das verbas publicas, e que empresários demitam para terem máximo lucro.
Segundo estatísticas consagradas, o Brasil é um dos países campeões mundiais em corrupção, fazendo associação a determinados países africanos diminutos. Que tipo de ambição exorbitante e estúpida está na base da deficiência de caráter capaz de olvidar todos os escrúpulos para com a consciência e arremessar-se tão sagazmente no cofre do Estado? Não somos o primeiro, o único ou o último a anunciar esse séquito de vícios, contudo a mídia, frequentemente, noticia e expõe tais fatos francamente execráveis e com grande repercussão negativa.
Algumas vezes pronunciamos da tribuna que o verdadeiro espírita é honesto em tudo que faz. Se for presidente de uma casa espírita, precisa apresentar as movimentações financeiras aos frequentadores. É indispensável haver transparência na prestação de contas, mensalmente, com os contribuintes da casa espírita. Cremos que é simples obrigação afixar, no “quadro de avisos” ao público, a comprovação da correta aplicação dos recursos recebidos. Os dirigentes que assim procedem veem patenteadas a credibilidade da instituição que administram e a pureza de suas intenções.
Quando os dirigentes são omissos e não prestam contas, é evidente que ficamos atônitos e envergonhados, principalmente quando sabemos, pela imprensa, que algumas instituições "filantrópicas" desviam recursos, emitem recibos forjados de falsas doações, deixam de pagar impostos etc...
É imperdoável haver instituições que recebem, à guisa de doações, roupas, calçados, alimentos, eletrodomésticos etc, e os administrantes se apropriem delas. É irredimível existir instituições que aceitem doações, até de objetos valiosos, e seus diretores se apropriem das melhores peças antes de os exporem em bazares ditos "beneficentes".
A prudência continua sendo a nossa melhor conselheira. Por questão de consciência ética, sabemos que um autêntico espírita tem que ser fiel aos princípios que a Doutrina dos Espíritos impõe e ter noção de que honestidade é prática obrigatória para todo ser humano, sobretudo para um cristão. Ou será que devemos reivindicar pedestais nos panteões terrenos por executarmos dignamente aquilo o que é nossa obrigação fazer? É imperiosa a quebra de valores invertidos, com o banho de ética, com a recuperação da honestidade.
Na condição de espíritas cristãos, sabemos que, para a consubstanciação da "Pátria do Evangelho", será imperativa uma renovação mental e comportamental urgente no País. Se quisermos viver um panorama social harmônico, devemos nos empenhar para promover uma reforma ética generalizada, entronizando a força da integridade moral.Jorge Hessen
http://jorgehessen.net
A propósito, será que realmente somos honestos? Não somos mentirosos? Contemporizamos com a rapina, com as fraudes, a sonegação de impostos, a falcatrua. A rigor, ser incorruptível requer disciplina. Ser honesto demanda disciplina moral e ética, fadiga para abater más tendências, diligência por não se consentir desabar na perdição das trapaças.
A desonestidade remete à fantasia instantânea de levar vantagem inescrupulosa, contudo certamente ficaremos a mercê da inevitável cobrança da consciência e não há como enganá-la. A consciência não se corrompe; nela estão assentadas as Leis de Deus, é ela que nos espicaça e traz a realidade das circunstâncias e atos que praticamos quando agindo de má fé, utilizando-nos da infeliz lei do proveito insensato.
Quando alguma pessoa nos indaga se somos incorruptíveis, normalmente a indignação nos invade a mente, só em ajuizar que alguém hesite de que somos honestos. Muitas vezes nos pronunciamos honrados, mas será que verdadeiramente o somos a todo instante ou é só de fachada essa virtude?
Se raspamos ou amassamos involuntariamente um automóvel no estacionamento, cujo dono não está presente, tendemos fugir do local, em vez de colocarmos um aviso do incidente, deixando nosso telefone num bilhete para contato. Quantos são os que não obedecem a ordem de uma fila dos bancos, cinemas, hospitais etc, e arquitetam meios escusos para ocupar o local reservado aos que chegaram antes?
Habituamos aquilatar negativamente assaltantes vigaristas, homicidas, encarcerados de penitenciária de forma geral. Todavia, será que fora das prisões há superávit de gente honesta? Quantas vezes compramos produtos de origem duvidosa para sonegarmos impostos? Quantas vezes devolvemos o troco que o caixa do supermercado nos deu a mais? Quantos mecânicos de automóveis, técnicos de geladeiras, de televisão, máquinas de lavar, de computadores, mentem para cobrar mais caro?
Quantas vezes estacionamos na vaga de idoso ou deficiente sem sermos um idoso ou deficiente? Quantos usam de sua autoridade para anular multas de trânsito? Quantos bebem alcoólicos e assumem a direção de veículo nas estradas? Não assombra que administradores se apropriem das verbas publicas, e que empresários demitam para terem máximo lucro.
Segundo estatísticas consagradas, o Brasil é um dos países campeões mundiais em corrupção, fazendo associação a determinados países africanos diminutos. Que tipo de ambição exorbitante e estúpida está na base da deficiência de caráter capaz de olvidar todos os escrúpulos para com a consciência e arremessar-se tão sagazmente no cofre do Estado? Não somos o primeiro, o único ou o último a anunciar esse séquito de vícios, contudo a mídia, frequentemente, noticia e expõe tais fatos francamente execráveis e com grande repercussão negativa.
Algumas vezes pronunciamos da tribuna que o verdadeiro espírita é honesto em tudo que faz. Se for presidente de uma casa espírita, precisa apresentar as movimentações financeiras aos frequentadores. É indispensável haver transparência na prestação de contas, mensalmente, com os contribuintes da casa espírita. Cremos que é simples obrigação afixar, no “quadro de avisos” ao público, a comprovação da correta aplicação dos recursos recebidos. Os dirigentes que assim procedem veem patenteadas a credibilidade da instituição que administram e a pureza de suas intenções.
Quando os dirigentes são omissos e não prestam contas, é evidente que ficamos atônitos e envergonhados, principalmente quando sabemos, pela imprensa, que algumas instituições "filantrópicas" desviam recursos, emitem recibos forjados de falsas doações, deixam de pagar impostos etc...
É imperdoável haver instituições que recebem, à guisa de doações, roupas, calçados, alimentos, eletrodomésticos etc, e os administrantes se apropriem delas. É irredimível existir instituições que aceitem doações, até de objetos valiosos, e seus diretores se apropriem das melhores peças antes de os exporem em bazares ditos "beneficentes".
A prudência continua sendo a nossa melhor conselheira. Por questão de consciência ética, sabemos que um autêntico espírita tem que ser fiel aos princípios que a Doutrina dos Espíritos impõe e ter noção de que honestidade é prática obrigatória para todo ser humano, sobretudo para um cristão. Ou será que devemos reivindicar pedestais nos panteões terrenos por executarmos dignamente aquilo o que é nossa obrigação fazer? É imperiosa a quebra de valores invertidos, com o banho de ética, com a recuperação da honestidade.
Na condição de espíritas cristãos, sabemos que, para a consubstanciação da "Pátria do Evangelho", será imperativa uma renovação mental e comportamental urgente no País. Se quisermos viver um panorama social harmônico, devemos nos empenhar para promover uma reforma ética generalizada, entronizando a força da integridade moral.Jorge Hessen
http://jorgehessen.net
Chico xavier - Espiritismo

Quando pessoa querida desencarna é crucial resignar-nos, observando no fenômeno da “morte” a manifestação da Lei de Deus que governa a vida. A desencarnação é a única certeza futura que temos. Todos passaremos por essa provisória despedida. Não há como tapearmos o pensamento a respeito desse impositivo da natureza. Em face disso, permitamos que o pensamento sobre a “morte” componha de forma ininterrupta e serena nossos estados mentais, reflexão sem a qual estaremos desaparelhados, ou para o regresso inevitável ou despreparados para arrostarmos com quietação a “morte” dos nossos entes queridos.
Compreendemos que “nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio. Ver a névoa da morte estampar-se, inexorável, na fisionomia dos que mais amamos, e cerrar-lhes os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a própria alma e prosseguir vivendo.” (1)
Em verdade, depois do desenlace, sobrevém ao “falecido” um período de inquietação transitória, variando obviamente de espírito a espírito, consoante seu talhe moral, mormente no que tange ao desprendimento das coisas materiais. Em verdade, nem todo Espírito se desune imediatamente da carcaça biológica. Entretanto, em qualquer circunstância, jamais escasseará o socorro espiritual, sobretudo aos que fazem jus, proporcionado pelos bons espíritos. É como elucidou Jesus: "Em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a “morte”." (2)
Quando a desencarnação de ente amado nos bata à porta, dominemos o desespero e dissolvamos a corrente da aflição no manancial da prece, porquanto os desencarnados são tão somente ausentes e os pingos de nossas lágrimas lhes açoitam a consciência como chuva de fel. “Eles pensam e lutam, sentem e choram, inquietam-se pelos que ficam. Ouvem-nos os gritos e as súplicas, na onda mental que rompe a barreira da grande sombra e tremem cada vez que os laços afetivos da retaguarda se rendem à inconformação.” (3)
O luto (4) pode variar muito dependendo das pessoas, do tipo de “morte” e da cultura, mas que o caminho mais comum é entender que a pessoa partiu e redefinir a vida com a ausência do ente querido. Uma das teorias mais consagradas para elucidar a reação humana durante o luto é a dos “cinco estágios”, desenvolvida pela psiquiatra suíça e reencarnacionista Elizabeth Kübler-Ross, em 1969. Segundo Kübler-Ross, até superar uma perda, as pessoas enlutadas passam por fases sucessivas de negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Cerca de 50% das pessoas lidam muito bem com a “perda” e volta à vida normal em semanas. Apenas 15 % de enlutados desenvolvem graves dificuldades que afetam a convivência social, possivelmente porque o “aceitar perdas”, especialmente aquelas referentes aos sentimentos, é enormemente complexo e trabalhoso para tais pessoas.
Se o luto não é essencialmente tão insuportável quanto se concebia, e se a maior parte dos enlutados conseguem suplantar bem uma “perda”, por que razão algumas pessoas não conseguem superar o trauma? Pois os 15% atravessam anos sobrevivendo como nos primeiros e mais complicados períodos do luto. Essas pessoas não conseguem retomar a vida. Cultuam a dor, em uma espécie de luto crônico, chamado pelos psiquiatras de “luto patológico” ou “luto complicado”.
Transportando o sentimento para a família, o luto pode provocar uma grave crise doméstica, pois exige a tarefa de renúncia, de excluir e incluir novos papéis na cena familiar. Sigmund Freud, em “Luto e Melancolia”, remete-nos para ponderações razoáveis sobre o desencadear patológico da “perda” afetiva pela desencarnação. Entre suas teses, o pai da psicanálise assegura que o luto é a resposta emocional benéfica, adequada para a ocorrência da “perda”, já que há necessidade do enlutado de reconhecer a “morte” como evento, como realidade que se apresenta e que naturalmente suscita constrangimento. O “pai da psicanálise” afiança que na melancolia o enlutado identifica-se com o morto e, ao deparar com essa “perda”, a pessoa entende que parte dela também está indo; há uma identificação patológica com o “de cujus”. Vemos então que no enlutamento melancólico há o que Freud chama de estado psicótico, em que o ego não suporta essa ruptura e adoece gravemente.
A revelação Espírita demonstra que “morte” física não é o extermínio das aspirações e anseios no bem, porém o ingresso para a existência autêntica, para a vida real. Sim! A existência física é ilusória, fugaz, transitória demais. A separação do corpo pela “morte” não é uma anomalia da natureza. Simplesmente transfere-se da dimensão física, para o sítio espiritual.
O chamado morto jaz na ligação pelo pensamento, de modo que ele captura as orações que lhe forem direcionadas e se sentirá apoiado com isso. Da mesma forma ficará descansado sabendo que os familiares estão resignados e trabalhando para que a vida terrena continue sem sobressaltos. Não olvidemos que em futuro mais próximo que imaginamos respiraremos entre os falecidos, comungando-lhes as necessidades e os problemas, porquanto terminaremos também a própria viagem no mar das provas terrenas.
Quando a saudade é dolorida, há os que buscam a instituição espírita para obter informações do finado, porém, nem sempre é possível obterem-se notícias sobre os parentes desencarnados; para tanto é necessário que eles tenham condições morais e a permissão dos Bons Espíritos. Mas, para abrando de alguns, existem episódios em que os saudosos poderão ter encontros com seus entes queridos no plano espiritual; isso poderá ocorrer durante o sono, quando os Benfeitores permitem essas aproximações, a fim de que sobrevenha renovação de ânimo entre encarnados e desencarnados.
De qualquer modo, o tema “morte” ainda se revela assunto quase inteiramente incompreendido na Terra. Efetivamente, “morrer” (término da vida biológica) e desencarnar (ruptura do laço magnético que une espírito ao corpo) são fenômenos que nem sempre acontecem simultaneamente. Os intervalos de tempo para desligar-se do corpo variam para cada Espírito. Para uns pode ser mais dilatado, para outros é uma passagem rápida.
A intermitência de tempo entre a “morte” biológica e a desencarnação tem relação direta com os pensamentos e ações praticados enquanto encarnado. Ninguém topará com o “céu” ou o “inferno” do lado de “lá”, porquanto o “empíreo” e a “geena” são conteúdos mentais construídos aqui no plano físico. Após o fenômeno da fatalidade biológica pela “morte”, cada Espírito irá deparar com o cárcere ou a liberdade a que faz merecer como fruto do desleixo ou disciplina mental que cultivou durante a experiência física.
Para os que alcançaram aproveitar a encarnação, sem viciações e apegos, os que cumpriram a lei de amor, tornam-se menos densos os laços magnéticos que prendem o Espírito ao corpo. Nesse caso, a desencarnação será rápida, proporcionando adequada liberdade, até mesmo antes de sua consumação. Todavia, os indisciplinados que se afundaram nos excessos, nas viciações, nos prazeres mundanos, cunham intensas impressões e vínculos magnéticos na matéria, e unicamente alcançarão a liberação após um intervalo de tempo, análogo ao tempo de desequilíbrio vivido na carne. Contudo, mesmo após a ruptura dos embaraços magnéticos, que o algemavam à vida física, padecerá, por tempo indefinido, dos tormentos disseminados nas vias de suas experiências no mal (eis aí a metáfora do inferno).
Ante os impositivos cristãos, devem-se emitir para os desencarnados, sem exceção, pensamentos de consideração, paz e desvelo, seja qual for a sua condição moral. Temos consciência da imortalidade, da vida além-túmulo.
Allan Kardec nos remete a Jesus, e com o Meigo Rabi certificamos que o fenômeno da “morte” é totalmente diferente. No túmulo de Jesus não há sinal de cinzas humanas, nem pedrarias, nem mármores luxuosos com frases que indiquem ali a presença de alguém. Quando os apóstolos visitaram o sepulcro, na gloriosa manhã da Ressurreição, não havia aí nem luto nem tristeza. Lá encontraram um mensageiro do reino espiritual que lhes afirmou: não está aqui. Os séculos se dissiparam e o túmulo [de Jesus] permanece aberto e vazio, há mais de dois mil anos. Seguindo, pois, com o Cristo, através da luta de cada dia, jamais localizaremos a amargura do luto por ensejo da “morte” de pessoa amada, e sim a vida em plenitude.
Jorge Hessen
http://jorgehessen.net
Referências bibliográficas:
(1) Xavier, Francisco Cândido. Religião dos Espíritos , ditado pelo espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1960
(2) JOÃO, 8:51
(3) _________ Francisco Cândido. Religião dos Espíritos , ditado pelo espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1960
(4) Luto [do latim luctu] – 1. Sentimento de pesar ou de dor pela morte de alguém.
Desencarne - Espiritismo
Assinar:
Postagens
(
Atom
)