A modulação das tuas ideias deve ser coerente com a harmonia do Universo, para serem compatíveis com o amor e a verdade. A distorção deste princípio tornar-se-á em desarmonia da tua vida. A mente da alma deve ser por natureza, uma harpa divina, oferecendo condições para que as leis da natureza se mostrem em cadência com a vida que ela se propõe a viver, dentro das condições da eternidade.
Sê o vigilante das tuas próprias ideias; elas são tuas. Poderás compartilhar na formação dos teus pensamentos, drenando-os para a compreensão e ativando-os para a justiça com feição do amor. Quem assiste à formação das nossas ideias somos nós mesmos, e os responsáveis por elas não podem ser outros.
Os pensamentos são sementes, que podem ser de luz ou de trevas, do bem ou do mal; depende de quem está pensando. As ideias formadas são forças que, depois de geradas, ajustadas aos canais competentes para saírem de nós pela força mental ou pelas palavras, tornar-se-ão difíceis de serem desfeitas. Não percas as oportunidades de vigiar a formação das tuas ideias e criares um hábito de assim fazê-lo. Esse pode ser e é, um condicionamento de luz, que pelo esforço tornar-se-á instintivo, com o processamento no tempo, na conjuntura do espaço. Não existe confusão neste trabalho: falta-nos, às vezes, paciência no trabalho do auto-aperfeiçoamento. Se passamos milênios fazendo o mal, haveremos, por lei, de retificar o que fizemos fora da lei de justiça e de amor. Não deves te esquecer da gratidão, gratidão à Força Soberana, pelas oportunidades diversas a nós oferecidas, de melhorar, de compreender, aceitar e viver as leis naturais.
Quem pensa na harmonia, quem fala na harmonia, em determinado momento passará a viver essa harmonia. Até que encontrará a felicidade que todos buscamos. Não permitas, meu filho, que ideias falsas se formem em tua cabeça. Se tens o hábito de formá-las, procura curar-te desse mal. Faze um pouco de esforço, que alguém que não estás vendo te ajudará, mas depende de ti dar o primeiro passo. O teu todo é um carro; se deres a partida, ela andará. A nossa conversa pode parecer meio mística, com entendimento difícil, mas não é. São “toques” para que as almas sintam a verdade por elas mesmas e acendam a luz do próprio coração.
Queremos dizer a todos que a força do pensamento ainda é desconhecida entre os homens. Ela dorme por faltar renovação das criaturas. Disse Jesus: Os meus discípulos serão reconhecidos por muito se amarem. O amor é a maior fonte de todas as energias que conhecemos, e ele tem gradação infinita: quanto mais te elevares, mais aprenderás a amar, granjeando luz para o celeiro da tua própria paz espiritual.
A saúde do espírito depende do amor que ele desenvolveu e vive. Não deixes a tristeza invadir teu coração; corta-a logo que a descobrires. Já sabes como mudar as ideias que te fazem sofrer: formando novas ideias.
Pelo Espírito: Miramez
Psicografia de: João Nunes Maia
Livro: Força Soberana
5ª Edição 2002 – Editora Espírita Fonte Viva
Páginas: 17 até 20 – Belo Horizonte – 1986
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Em verdade Jesus, durante milênios, enviou seus emissários para instruir povos, raças e civilizações com conhecimentos e princípios da lei natural.
Além disso, há dois mil anos, veio pessoalmente ratificar os conhecimentos já existentes, deixando a Boa Nova como patrimônio para toda Humanidade.
Para o célebre pedagogo e gênio de Lyon, Allan Kardec, o Cristo foi "Espírito superior da ordem mais elevada, Messias, Espírito Puro, Enviado de Deus e, finalmente, Médium de Deus.". Não há dúvidas que Jesus foi o Doutrinador Divino e por excelência o "Médico Divino", segundo André Luiz.
Quando Allan Kardec questionou os Espíritos sobre quem teria sido o ser mais evoluído da Terra, recebeu uma resposta tão curta quanto profunda: "Jesus!".
Sua lição é não só a pedra angular do Consolador Prometido, da Doutrina dos Espíritos, mas a régua de medida, o referencial universal com que aferiremos o nosso proceder, o nosso avanço ou o nosso recuo no processo de espiritualização que nos propusermos: a visão real do que somos no íntimo de nossa consciência e quão perto ou distante estejamos do amado Mestre Jesus que nos exorta a amarmos uns aos outros como Ele nos amou.
Além disso, há dois mil anos, veio pessoalmente ratificar os conhecimentos já existentes, deixando a Boa Nova como patrimônio para toda Humanidade.
Para o célebre pedagogo e gênio de Lyon, Allan Kardec, o Cristo foi "Espírito superior da ordem mais elevada, Messias, Espírito Puro, Enviado de Deus e, finalmente, Médium de Deus.". Não há dúvidas que Jesus foi o Doutrinador Divino e por excelência o "Médico Divino", segundo André Luiz.
Quando Allan Kardec questionou os Espíritos sobre quem teria sido o ser mais evoluído da Terra, recebeu uma resposta tão curta quanto profunda: "Jesus!".
Sua lição é não só a pedra angular do Consolador Prometido, da Doutrina dos Espíritos, mas a régua de medida, o referencial universal com que aferiremos o nosso proceder, o nosso avanço ou o nosso recuo no processo de espiritualização que nos propusermos: a visão real do que somos no íntimo de nossa consciência e quão perto ou distante estejamos do amado Mestre Jesus que nos exorta a amarmos uns aos outros como Ele nos amou.
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A mediunidade é um canal entre nós
e a dimensão espiritual.
Ele pode ser de luz ou de sombras...
Cabe ao médium iluminar esse canal com os valores mais
nobres da vida, utilizando-o para a prática do bem...
... ou torná-lo em instrumento de interesses
rasteiros, gerando sofrimentos para si mesmo,
nesta mesma vida e em futuras reencarnações.
Muitos médiuns, antes da sua reencarnação, aceitaram a tarefa mediúnica como opção de resgate de erros de vidas passadas. Por isso não se trata de pessoas diferentes, favorecidas ou desfavorecidas pela vida.
Mas todo aquele que comece a sentir sintomas que indicam mediunidade, deve começar a pensar com seriedade sobre o assunto.
Não é em vão que os poderes superiores nos dão faculdades mediúnicas. Elas existem para podermos entrar em contato com o mundo espiritual, receber notícias dos que se foram, esclarecimentos sobre a vida nessa outra dimensão, sobre as leis naturais e sobre todos aqueles “porquês” que tanto angustiam a alma humana. Mas existem principalmente como instrumentos para a prática do bem, no atendimento a espíritos sofredores e obsessores, no consolo aos aflitos de toda natureza e para alívio e cura de enfermidades do corpo e da alma.Sabe-se que a tarefa mediúnica é programada antes da reencarnação e, muitas vezes, ela representa uma troca nas formas de resgate kármico. Digamos que um espírito, conhecendo ou lembrando-se de uma ou mais de suas vidas passadas, nas quais cometeu faltas graves perante a Lei Maior, decide-se a resgatá-las. Entende então, que para acabar com aquele remorso, retirar aqueles “pesos” de sua consciência profunda, precisa renascer na Terra e purgar suas culpas numa existência de sofrimentos ou limitações.
Nessas situações, e quando há merecimento de sua parte, ele pode conseguir uma troca. Em vez de reencarnar com um programa de vida repleto de dores e aflições, irá retornar á matéria trazendo um compromisso de trabalho mediúnico. É a permuta de sofrimentos por uma tarefa de amor. E lembramos, a propósito, que o apóstolo afirmou: “O amor cobre uma multidão de pecados”.
Assim, em vez da doença, da penúria, das deficiências físicas ou problemas semelhantes, esse espírito reencarna trazendo compromisso de trabalho mediúnico, inteiramente gratuito, visando apenas fazer o bem, ajudar o próximo necessitado.
Também é verdade que muitos médiuns sofrem... e muito. Sem dúvida sofreriam muito mais, não fosse a sua tarefa mediúnica.
Mas há também casos de mediunidade que não representam resgate, mas uma tarefa de amor que alguém resolveu assumir.
Se o sofrimento é caminho de evolução, também é instrumento de contenção e de equilíbrio. A dor, queiramos ou não, nos preserva de muitas quedas espirituais, e muitas almas valorosas não a dispensam de suas programações reencarnatórias.
Sempre que alguém vai voltar à terra comprometido com tarefa mediúnica, os mentores elaboram um planejamento para suas futuras atividades. Eles também o preparam devidamente, para poder servir, quando na Terra, como intermediário entre os encarnados e os desencarnados.
O futuro médium então renasce e cresce, recebendo os devidos cuidados da parte dos espíritos responsáveis pela sua tarefa.
Então, ao aproximar-se a época em que deve iniciar a sua atividade mediúnica, começam a lhe ocorrer coisas estranhas: perturbações as mais variadas, doenças que os médicos não conseguem diagnosticar, acidentes anormais, sensações perturbadoras como arrepios e formigamentos, sonhos esquisitos, pesadelos, dores de cabeça, visão ou audição de espíritos, e outras semelhantes.
Nessas ocasiões sempre aparece alguém para dizer que isto pode significar mediunidade.
Pois bem, quando o médium, obedecendo ao compromisso assumido, inicia o desenvolvimento de suas faculdades, também passa a merecer assistência dos bons espíritos, que irão orientá-lo e ajudá-lo de acordo com permissão superior. Mas, para que possa receber essa ajuda é necessário que se torne merecedor, sendo dedicado, responsável, e procurando melhorar sempre as próprias atitudes, tornado-as mais compatíveis com a nobreza de uma tarefa no bem.
O médium deve também trabalhar, sem cessar, pela própria evolução ou crescimento interior; dedicar-se a leituras de elevado teor espiritual, como por exemplo “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. A conduta reta e o amor fraterno representam a sua segurança e equilíbrio como medianeiro entre a dimensão material e a espiritual. Isto é fundamental para fortalecer o seu campo energético e situá-lo fora da faixa de sintonia com entidades inferiores.
Nos meios espíritas é onde poderá encontrar maior segurança para suas atividades, porque é onde melhor se conhece e mais seguramente se trabalha no campo mediúnico.
Mas a mediunidade também pode ser uma faca de dois gumes: com Cristo, na caridade mais pura e sob a direção de pessoas experientes e verdadeiramente fraternas, apresenta-se como ponte de luz entre a Terra e o Céu. Mas quando se propõe ao atendimento a interesses rasteiros, ao ganho de bens, de posições, de influência ou status, ou pior ainda, a fazer o mal, ela se transforma em canal para espíritos das sombras com resultados imprevisíveis, mas sempre muito ruins.
E o pior ocorre no retorno ao mundo espiritual, depois da morte. Ali, o médium faltoso terá de amargar suas dores, seus remorsos e o resultado de suas ações irresponsáveis ou antifraternas, sem falar em que terá de recomeçar tudo outra vez, e em condições mais desfavoráveis.
Na maioria dos casos, o candidato a médium começa a receber o chamamento para a tarefa e não atende; muitos por medo, outros por acomodação e outros ainda, por causa de suas religiões, pois a maioria delas, sem conhecerem bem o assunto, condenam a mediunidade e a comunicação dos espíritos.
Mas as suas faculdades certamente começarão a aflorar, mesmo assim, no tempo previsto. Só que, pela falta de orientação adequada e pelo não cumprimento do compromisso assumido antes da reencarnação, elas podem transformar-se em canal para as mais diversas perturbações, podendo desembocar em doenças ou em desequilíbrios os mais variados, de conseqüências imprevisíveis.
É preciso, no entanto, ver que não foi a mediunidade a causadora desses problemas, mas sim, o descaso do próprio médium que deixou de cumprir seus compromissos.
PERGUNTA FREQUENTE
É possível que todas as pessoas sejam médiuns?
De certa forma todas as pessoas são médiuns, porque todas são passíveis de serem influenciadas pelos espíritos, mas quando falamos em médium a referência é feita aos que tem essas faculdades mais desenvolvidas, capazes de transmitir o pensamento dos espíritos, ou servir como veículo para suas manifestações na matéria.
Há médiuns, desde aqueles que possuem faculdades apenas latentes, até aqueles outros nos quais elas se apresentam com toda a sua potencialidade.
Os primeiros, regra geral, não têm maiores compromissos nesse terreno, enquanto uma mediunidade estuante certamente está informando que há tarefas de maior ou menor abrangência em sua pauta reencarnatória.
Também há casos em que a tarefa é ampliada no decorrer dos anos, a depender do desempenho do médium, enquanto em outros ela não chega a ser cumprida em sua totalidade. E há também aqueles, infelizmente muitos, que a abandonam a meio do caminho, sem falar nos que nem chegam a iniciá-la.
Na maioria dos centros espíritas há cursos para médiuns, com estudos doutrinários e sobre mediunidade, nos quais os participantes vão aprendendo a se concentrar e a educar suas faculdades. Isto é muito importante para que a sua tarefa possa desenvolver-se com equilíbrio e dentro dos princípios de ética ensinados pelo Espiritismo.
A mediunidade praticada com amor, dedicação e desprendimento é fator de equilíbrio e paz para seu portador.
PERGUNTA FREQÜENTE
Quais são as principais atividades mediúnicas desenvolvidas num centro espírita?
As principais atividades mediúnicas nos centros espíritas são a desobsessão e o atendimento a espíritos sofredores.
Alguns centros também se dedicam a curas através da mediunidade, nos mais variados formatos.
Mas as faculdades mediúnicas também são utilizadas para contatos com espíritos orientadores, para recepção de mensagens, para escrita de livros, e muitas outras finalidades voltadas para o bem.
E há ainda a pintura de quadros, por espíritos de pintores, a composição de músicas, etc.
Mediunidade - Médiuns

Sabe-se que nos primórdios do cristianismo essa ideia era aceita e chegou a ser ensinada por alguns “pais da Igreja” como Orígenes, Plotino e Clemente de Alexandria. Até mesmo Santo Agostinho, em “Confissões, I, cap. VI”, escreveu: “
Mas quando o cristianismo instituiu-se, assumindo o formato da Igreja Católica, acomodando-se ao paganismo de Roma, adotando e adaptando algumas das suas práticas, tais como os rituais, a hierarquia, as imagens, etc., afastando-se do modelo ensinado por Jesus que era o da simplicidade, da pobreza e do amor acima de tudo, precisou eliminar aquela idéia. Se não o fizesse, acabaria desestruturando seu edifício e perdendo o bastão do próprio poder, porque a reencarnação é um conhecimento que liberta. Já não seria a Igreja a detentora das chaves do Céu. Seu poder se esvairia como fumaça se os fiéis não mais pudessem ser atemorizados com as ameaças das chamas do inferno, ou atraídos pelas glórias e delícias do Céu.
Então, todos os cristãos, sob pena de serem tachados de hereges, foram forçados a acreditar no dogma que afirma ser o espírito criado na concepção.
Tal crença, incutida no psiquismo dos fiéis ao longo dos séculos (sempre acompanhada do medo de pecar e sofrer por isso terríveis castigos e conseqüências) criou poderosas algemas do pensamento, que foram se cristalizando mais e mais a cada nova encarnação ocorrida num meio cristão. Tanto que, hoje, o simples fato de tentar questionar algum dogma da Igreja católica ou das evangélicas deixa o fiel apavorado, pelo medo de estar cometendo terrível pecado e ter de pagar por ele.
Mas Jesus disse: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará.”
A qual verdade estaria o Mestre se referindo? Certamente a nada que Ele ensinara, porque disse “conhecereis”, ou seja, no futuro. E nem Ele, nem seus seguidores apresentaram algum novo conhecimento que poderia representar tal verdade.
Isto está cristalinamente claro.
Quando disse “A verdade vos libertará”, deixou claro que seus seguidores se encontravam e continuariam se encontrando prisioneiros de algum engano, até que o conhecimento da verdade, no futuro, viesse libertá-los.
Não há qualquer arranjo teológico que possa mostrar outra verdade libertadora que veio depois de Jesus, a não ser o conhecimento da reencarnação e da lei de causa e efeito, trazida pelo espírito que se assinou como A Verdade, apresentando na seqüência todo um universo de informações que foram magnificamente codificadas por Allan Kardec. (V. O Livro dos Espíritos)
Convém observar também que as verdades que o Mestre ensinou não eram de molde a libertar alguém. Uns dirão que elas libertam do pecado, mas o mundo cristão continua tão “pecador” como sempre. Portanto, se alguém analisar estas questões em profundidade e sem as amarras do condicionamento psicológico a que nos referimos anteriormente, acaba ficando maravilhado com tamanha lógica e tal demonstração da sabedoria e de amor do nosso Criador, ao criar a lei que determina a evolução dos seres através das vidas sucessivas.
Essa sim é uma verdade realmente libertadora. Quem acredita na reencarnação e na lei de causa e efeito sente-se realmente livre, dono de si mesmo e único responsável pelos próprios passos, sabendo, no entanto, que tudo que semear, terá de colher.
Outra questão perturbadora é o fato de cada uma das centenas de religiões cristãs afirmar que é a única, a verdadeira, a legítima representante de Deus. Então, se sou da religião X e acredito firmemente que a minha é a verdadeira, como fica a situação das pessoas das outras religiões que também acreditam, com toda firmeza e sinceridade que as suas religiões são as verdadeiras? Se a linha demarcadora entre elas é tão tênue, como pode alguém saber qual é a legítima?
No entanto Jesus não criou qualquer religião. Ele apenas ensinou uma ética de vida, afirmando em várias oportunidades que a cada um será dado de acordo com suas obras.
Ele nunca disse que alguém vai para o inferno porque acredita nisso ou naquilo, mas sempre ensinou a vivência dos valores da alma.
Quanto à idéia da reencarnação, é muito antiga. É encontrada em quase todos os sistemas religiosos do mundo, mesmo entre as tribos selvagens mais afastadas umas das outras; em todos os continentes da Terra e desde os povos mais antigos. Isto mostra que essa idéia não foi inventada. É como se ela tivesse surgido junto com o ser humano, um conhecimento do próprio espírito.
Grandes pensadores como Pitágoras, Sócrates e Platão, tinham-na como fundamento filosófico.
Mas as idéias da reencarnação e da lei de causa e efeito (carma) também estão expressas em vários momentos na própria Bíblia.
No episódio da transfiguração, depois que Jesus conversou com Moisés e Elias na presença de Pedro, Tiago e João, estes lhe perguntaram: “Por que dizem os escribas ser necessário que Elias venha primeiro? Ao que o Mestre respondeu dizendo que Elias já viera, mas não o reconheceram. Então os discípulos entenderam que Ele falava de João Batista” (Mateus 17:12 e 13).
Ora, se Elias foi também João Batista, isto só pode ter se dado mediante a reencarnação, porque diante de Jesus ele apresentou-se em sua antiga forma, quando fora profeta do Velho Testamento.
Em Mat.11:14, essa assertiva é confirmada por Jesus, quando, referindo-se a João Batista, diz: “Se puderdes compreender, ele mesmo é Elias que devia vir”. Observe-se que o Mestre tinha dúvidas sobre a capacidade de entendimento dos discípulos, porque disse: “Se puderdes compreender…”
A idéia da reencarnação também aparece em outros textos:
Em Mat. 16:13 e 14 se diz: “E Jesus perguntou aos seus discípulos: Quem dizem os homens que eu sou? E responderam: uns, João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou algum dos profetas”.
Ora, como poderia ser Jesus algum desses profetas do Antigo Testamento, a não ser pela reencarnação?
Já com Nicodemus, que era doutor da lei, o Mestre foi mais explícito:
“O que é nascido da carne, é carne; o que é nascido do espírito é espírito; não te admires de eu dizer: “Necessário vos é nascer de novo” (João 3:6).”
Fonte: Mundo Espiritual
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As Alterações realizadas na Bíblia ao longo dos séculos, para adaptá-las às novas doutrinas teológicas, são “um caso muito sério”.
Por José Reis Chaves
Teósofo e biblista
Faz uns três anos, mais ou menos, que uma freira me disse que muitas autoridades religiosas gostariam de escrever para um jornal de grande circulação, tal como é O Tempo, acordando os assuntos desta coluna, mas que não podem fazê-lo pelo seu compromisso de obediência à hierarquia eclesiástica. E acrescentou que a Igreja precisa de indivíduos como eu, que, segundo ela, sabem das coisas, são livres para expô-las de público e tem coragem para isso.
Pode-se dizer que assim como há ditaduras políticas, há também as religiosas. E, ao raiar a liberdade democrática em uma nação, entre as primeiras providências advindas do novo regime democrático incluem-se os preparativos para que se promulgue logo uma nova constituição, com o objetivo de se aprimorar os direitos consentâneos à cidadania dos seus compatriotas.
Como religião, o Cristianismo não escapou de sua fase ditatorial, quando certas doutrinas teológicas polêmicas foram impostas à força pela ala ortodoxa da Igreja apoiada pelo poder temporal. E que é uma das reformas que deveriam ser feitas depois que o Tribunal do Santo Ofício chegou ao fim?
É estranho que certas doutrinas que os cristãos eram obrigados a aceitar – sob pena de serem condenados, inclusive à pena de morte na fogueira da Inquisição –, continuem em vigor. Tal como acontece com o fim dos regimes de força, o mesmo deveria ocorrer com as doutrinas religiosas impostas à força no passado, ferindo o direito humano de crer ou não crer naquilo que, reciprocamente, está de acordo ou não com a voz de sua consciência.
E, assim, toda doutrina religiosa que prevaleceu não pela lógica e pela razão, mas por coação, deveria ser revista. Esse é o problema mais grave do Cristianismo. E as autoridades eclesiásticas sabem disso – e como sabem –, mas nada fazem. Enquanto isso, o cristão anda cada vez mais descrente.
Nunca foi minha intenção desmoralizar a Igreja ou qualquer outra religião. Pelo contrário, até desejo que elas reencontrem o caminho certo do verdadeiro Cristianismo. A verdade é que alguns dogmas polêmicos só são aceitos por pessoas que não estudam a Bíblia, a teologia e a história do Cristianismo; ou então, que os estudam, mas com viseiras, pois que são comprometidas, profissionalmente, com seu sistema religioso, do qual tiram a sua subsistência.
Mas já havia advertido o Nazareno que não podemos servir a Deus e a mamon (dinheiro).
E o “Apóstolo dos Gentios” dizia que ele trabalha para seu sustento, evitando, assim, pesar para seus irmãos. Como sobejamente se sabe, as autoridades religiosas prestam uma obediência cega às que lhes são hierarquicamente superiores. E sua disciplina é tão rigorosa quanto a militar, ou às vezes até mesmo mais rigorosas do que a dos militares.
Confidenciou-me um padre que Jesus protege de fato a Igreja, caso contrário, ela já teria sucumbido, pois que o clero e os teólogos cristãos vem fazendo tudo para destruí-la, ao longo dos séculos. E embora eu não concorde totalmente com o renomado teólogo Albert Schweitzer, uma advertência sua incomoda-nos: “Quem é vacinado com o soro da teologia cristã, está imunizado contra o espírito do Cristo”.
Mas o certo é que a Bíblia, no decorrer dos séculos, sofreu várias transformações justamente para que fosse adaptada às novas doutrinas teológicas. E há pessoas ingênuas que ainda acham que a Bíblia é “ipsis litteris” a palavra de Deus. Segundo o maior biblista do mundo, Bart. D. Ehrman – Ph.D em Teologia em Princeton University, diretor do Departamento de Estudos Religioso da University of North Carolina e autor de “O que Jesus Disse? O que Jesus não Disse?” (Editorial Prestígio, 2006), a Bíblia tem cerca de 400.000 alterações, o que é um caso muito sério.
Por José Reis Chaves
Teósofo e biblista
Faz uns três anos, mais ou menos, que uma freira me disse que muitas autoridades religiosas gostariam de escrever para um jornal de grande circulação, tal como é O Tempo, acordando os assuntos desta coluna, mas que não podem fazê-lo pelo seu compromisso de obediência à hierarquia eclesiástica. E acrescentou que a Igreja precisa de indivíduos como eu, que, segundo ela, sabem das coisas, são livres para expô-las de público e tem coragem para isso.
Pode-se dizer que assim como há ditaduras políticas, há também as religiosas. E, ao raiar a liberdade democrática em uma nação, entre as primeiras providências advindas do novo regime democrático incluem-se os preparativos para que se promulgue logo uma nova constituição, com o objetivo de se aprimorar os direitos consentâneos à cidadania dos seus compatriotas.
Como religião, o Cristianismo não escapou de sua fase ditatorial, quando certas doutrinas teológicas polêmicas foram impostas à força pela ala ortodoxa da Igreja apoiada pelo poder temporal. E que é uma das reformas que deveriam ser feitas depois que o Tribunal do Santo Ofício chegou ao fim?
É estranho que certas doutrinas que os cristãos eram obrigados a aceitar – sob pena de serem condenados, inclusive à pena de morte na fogueira da Inquisição –, continuem em vigor. Tal como acontece com o fim dos regimes de força, o mesmo deveria ocorrer com as doutrinas religiosas impostas à força no passado, ferindo o direito humano de crer ou não crer naquilo que, reciprocamente, está de acordo ou não com a voz de sua consciência.
E, assim, toda doutrina religiosa que prevaleceu não pela lógica e pela razão, mas por coação, deveria ser revista. Esse é o problema mais grave do Cristianismo. E as autoridades eclesiásticas sabem disso – e como sabem –, mas nada fazem. Enquanto isso, o cristão anda cada vez mais descrente.
Nunca foi minha intenção desmoralizar a Igreja ou qualquer outra religião. Pelo contrário, até desejo que elas reencontrem o caminho certo do verdadeiro Cristianismo. A verdade é que alguns dogmas polêmicos só são aceitos por pessoas que não estudam a Bíblia, a teologia e a história do Cristianismo; ou então, que os estudam, mas com viseiras, pois que são comprometidas, profissionalmente, com seu sistema religioso, do qual tiram a sua subsistência.
Mas já havia advertido o Nazareno que não podemos servir a Deus e a mamon (dinheiro).
E o “Apóstolo dos Gentios” dizia que ele trabalha para seu sustento, evitando, assim, pesar para seus irmãos. Como sobejamente se sabe, as autoridades religiosas prestam uma obediência cega às que lhes são hierarquicamente superiores. E sua disciplina é tão rigorosa quanto a militar, ou às vezes até mesmo mais rigorosas do que a dos militares.
Confidenciou-me um padre que Jesus protege de fato a Igreja, caso contrário, ela já teria sucumbido, pois que o clero e os teólogos cristãos vem fazendo tudo para destruí-la, ao longo dos séculos. E embora eu não concorde totalmente com o renomado teólogo Albert Schweitzer, uma advertência sua incomoda-nos: “Quem é vacinado com o soro da teologia cristã, está imunizado contra o espírito do Cristo”.
Mas o certo é que a Bíblia, no decorrer dos séculos, sofreu várias transformações justamente para que fosse adaptada às novas doutrinas teológicas. E há pessoas ingênuas que ainda acham que a Bíblia é “ipsis litteris” a palavra de Deus. Segundo o maior biblista do mundo, Bart. D. Ehrman – Ph.D em Teologia em Princeton University, diretor do Departamento de Estudos Religioso da University of North Carolina e autor de “O que Jesus Disse? O que Jesus não Disse?” (Editorial Prestígio, 2006), a Bíblia tem cerca de 400.000 alterações, o que é um caso muito sério.
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A harmonia mental e o equilíbrio evangélico nutrem as energias benfeitoras que circulam pelo perispírito, aumentando-lhe a luz e vitalidade, as quais, por força de sua alta vibração, também fluem para o meio exterior depois de utilizadas em
nível mental superior. Mas, quando a alma se degrada na prática de atos aviltantes e exaure suas forças para alimentar a violência ou a crueldade, ocorre um abaixamento vibratório tão nefasto, que se poderia descrever como sendo uma "carbonização" das energias astrais em torno do seu corpo fluídico. No caso da harmonia mental, as energias circulantes representam o "maná" que nutre o espírito em sua dinâmica angélica; mas o desequilíbrio perturba as forças operantes e então surgem os resíduos cáusticos, que depois se depositam na delicadeza circulatória do perispírito, formando uma crosta ácida, coleante e viscosa, que corrói, sufoca e alucina. Eis, então, as toxinas que os pântanos das trevas umbralinas depois absorvem no serviço rude da cura espiritual, e cujo processo resulta em atroz sofrimento para a alma, assim como, no benefício das intervenções cirúrgicas do vosso mundo, a dor está presente mas sem representar a punição do enfermo.
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A Lei Cármica não pune, mas "reajusta". O processo de retificação espiritual propende para um só objetivo, que é consolidar a consciência ignorante e depois emancipá-la na sua configuração individual no Cosmo. É um processo severo e discipl
inado, mas sempre ascensional, visando a ventura do espírito, o qual, à medida que gradativamente aumenta ou amplia a sua área de consciência e afina o seu sentimento, opera a metamorfose do animal em anjo. No caminho da evolução espiritual, a Lei Cármica encarrega-se de indicar o caminho certo ao viajante despreocupado e teimoso, corrigindo os desvios que o retardam no caminho da angelitude. Desde o princípio do mundo o Criador tem enviado aos homens instrutores espirituais, que encarnam em todas as latitudes geográficas e entre os povos mais exóticos do orbe terráqueo, dando-lhes em linguagem pátria e acessível a todo entendimento as rotas exatas do caminho certo e das realizações ascensionais do espírito. Eles têm aconselhado tudo o que se deve fazer em todos os momentos de angústias e complicações humanas, apontando os labirintos ilusórios e afastando as sombras perturbadoras. Hão deixado sobre a Terra ensinamentos de todos os matizes e em todas as línguas, nos moldes mais científicos ou nas asas da poesia mais pitoresca, tudo de conformidade com a ética divina e a legislação da verdadeira e definitiva pátria espiritual. Nenhum povo e nenhuma criatura deixou de ser atendida, pois cada homem é o prolongamento de uma extensa cadeia de renascimentos em que, através de várias raças, ambientes e oportunidades diferentes, o seu espírito trava conhecimento com todas as formas de doutrinas e ensinamentos ministrados pela pedagogia sideral, a fim de desenvolver em si mesmo o sentido da universalidade e a definitiva consciência de sua imortalidade.
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A definição de entidade "menos digna" prende-se a várias interpretações das quais será oportuno cogitar. Minuto a minuto, no labor comum da vida humana, o espírito é chamado a se comunicar com entidades menos dignas, da censura, da vaidade,
da mentira, do orgulho, da maledicência, do amor-próprio, da pretensão, da impiedade, da luxúria, da presunção e da cólera! O problema mais grave da criatura não é o de evitar comunicação com entidades menos dignas, mas sim o de como passar a agir após o contato com elas. Na hipótese de sermos entidade menos digna, cremos que o maior perigo para o médium, ou para vós que nos ouvis, não seria a nossa personalidade, mas sim as possíveis indignidades que despertassem em vós, devido à nossa influência. O perigo estaria, portanto, na simpatia que pudesse resultar entre vós e aquilo que fosse indigno. Muitos homens se consideram virtuosos porque deixaram de fumar; no entanto, o que mais lhes causa temor é o verem outros homens fumarem, porque ainda não venceram completamente o vício, que os espreita como um contínuo desejo oculto. Do mesmo modo, as criaturas realmente dignas nunca poderão temer que as encaminharemos para o mal, salvo se ainda lhes vive, oculto, o desejo para o mal. Encontrai-vos rodeados de tantas influências menos dignas que, de modo nenhum, poderíamos significar para vós um perigo, ao pôr em relevo as vossas responsabilidades. Satanás — entidade menos digna — não conseguiu perverter a alma de Jesus; no entanto, invocando legiões de anjos e cantando hosanas ao Cristo, os sacerdotes matavam criaturas nas fogueiras da Inquisição e os protestantes assassinavam os seus irmãos no Novo Mundo!
Espíritos
A obsessão é o domínio que alguns Espíritos inferiores logram adquirir sobre outros Espíritos, que se opera por meio da sintonia mental ou influência magnética, em que os fluidos perispirituais exercem papel fundamental.
É um fenômeno que, graças à conscientização de alguns psiquiatras espíritas, vem sendo estudado nos meios acadêmicos, facultando os diagnósticos e os tratamentos de certas enfermidades psíquicas, porém, ainda há muita ignorância no meio científico, razão pela qual, mesmo na atualidade, pessoas são internadas como se fossem loucas, quando não passam de obsidiadas. Precisam também de tratamento espiritual, sem que o terminam enlouquecendo de fato.
A obsessão apresenta surtos epidêmicos que vêm se acentuando nos últimos tempos, em que “[...] A mente humana abre-se, cada vez mais, para o contato com as expressões invisíveis”, e em que a Humanidade experimenta os efeitos da transição para o mundo de regeneração. A violência é o sintoma mais declarado dessa epidemia obsessiva que ronda a Humanidade, não só a violência coletiva, via de regra açulada pelo comportamento de massa, mas também a violência individual e também aquela que ocorre na intimidade das famílias ou mesmo nos locais públicos.
A obsessão, alçada à categoria de expiação, funciona também como prova, com vistas ao despertamento do Espírito para novos valores morais. Todos estamos sujeitos a ela, sejamos ou não espíritas, sejamos ou não médiuns ostensivos. As obsessões, classificadas por Kardec como simples, fascinação e subjugação, sempre existiram, nominadas, em o Novo Testamento, como “possessão”.
Na obsessão simples, o médium sabe que está sendo assediado por um Espírito perseguidor e este não disfarça. É um inimigo declarado, do qual é mais fácil se defender. Por isso, o médium se mantém em guarda e raramente é enganado. Entretanto, a pessoa não consegue se livrar deste tipo de assédio com facilidade, devido à persistência do obsessor. Apesar de tudo isso, a obsessão simples pode ser vencida pela própria vítima, sem a ajuda de terceiros, desde que conserve firme a vontade.
Já a fascinação é uma modalidade de obsessão mais acentuada, devido à ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento da pessoa, a qual lhe confunde o raciocínio, inibindo a sua capacidade de julgar as comunicações, visto que o fascinado não acredita que esteja sendo iludido. Toda vigilância é pouca, pois até mesmo os mais instruídos podem se enganados. Aqui, as consequências da interferência espiritual são mais graves: o obsessor, extremamente astuto e hipócrita – pois apresenta falsos aspectos de virtude -, convence a vítima a aceitar teorias e idéias absurdas. A tática principal do obsessor, nesta hipótese, é afastar o obsidiado das pessoas das quais depende para furtar-se ao processo obsessivo ou daqueles que poderiam advertir a vítima do seu erro.
A subjugação, também conhecida como “possessão”, conforme já visto, é outro tipo de obsessão. Assemelha-se muito à fascinação, porém, aqui, o obsessor atua com maior intensidade, uma vez que manipula o médium não apenas no aspecto psicológico, mas também no aspecto físico, sem que isto implique coabitação corporal permanente. A subjugação – psicológica ou corporal – é uma interferência do obsessor que paralisa ou anula a vontade e o livre-arbítrio daquele que a sofre e o faz agir contra a própria vontade.
A obsessão pode acontecer de várias maneiras: de encarnado para encarnado; de desencarnado para desencarnado; de desencarnado para encarnado; de encarnado para desencarnado; auto-obsessão; e obsessão recíproca.
As causas da obsessão variam de acordo com o caráter dos Espíritos envolvidos, mas a raiz dela está sempre nas enfermidades morais, características comuns aos habitantes dos planetas de provas e expiações, como é a Terra, tais quais vingança (muitas vezes de um inimigo do passado), ódio, inveja, orgulho, ira, ciúme, avareza, egoísmo, vaidade, maledicência, etc.
As consequências da obsessão dependem do grau de influência dos Espíritos e do poder de defesa e reação do obsidiado, podendo ir de um simples mal-estar até os desequilíbrios mentais e físicos de todos os matizes. Nos casos de fascinação e subjugação, se não forem tratadas a tempo, graças ao contato prolongado dos fluidos malsãos com as moléculas do organismo, podem levar à dominação completa, gerando enfermidades orgânicas e psicológicas graves que põem em risco a sanidade e a vida do paciente, caso em que se faz necessário, também, o tratamento médico convencional.
Independente do tipo de obsessão, porém, ela somente se inicia no caso de o obsidiado consentir, seja pela sua invigilância, seja pela sua fraqueza ou por nesta se comprazer. Daí a importância de o paciente mudar o seu comportamento, que, muitas vezes, é o fomentador da obsessão. Por isso, a recomendação de Jesus à mulher adúltera igualmente serve a todos nós: “Vai e não peques mais”, isto é, corrijamo-nos moralmente, evitando reincidir no erro, para que outros obsessores não sejam de novo atraídos pela nossa conduta irrefletida.
Os meios preventivos da obsessão são os mais eficazes e relativamente simples, pois encontram nos ensinamentos de Jesus remédios morais infalíveis, quando seguidos à risca. A prática do bem em todos os sentidos, a vigilância mental, o estudo, o trabalho, a oração pelo obsessor e por si mesmo, o perdão, a transformação íntima, a substituição de certos hábitos por outros mais elevados, contribuem muito para se evitar a influência dos irmãos infelizes, os quais, mesmo que perseverem com sua presença indesejável, acabam, não raras vezes, mudando de ideia e seguindo os bons exemplos da vítima e, às vezes, até perdoando o desafeto. Mesmo que o obsessor não se sensibilize com a conduta exemplar, muitas vezes acaba desistindo da perseguição, ao perceber que a vítima não está iludida e que lhe é impossível enganá-la. Assim, a confiança irrestrita em Deus e nas suas leis imutáveis constitui excelente antídoto contra a obsessão.
Já os casos de obsessão mais graves, uma vez instalados, exigem tratamento especializado, que geralmente são feitos nas reuniões doutrinárias de desobsessão, em que os perseguidores são esclarecidos sobre os problemas que os atormentam, num trabalho de orientação fraterna, com vistas a persuadi-los do erro em que incorrem.
As sessões de exorcismo, que consistem na prática de “expulsar” os chamados “demônios”, por meio de fórmulas e rituais místicos, muito utilizadas no passado e ainda atualmente, embora com menor intensidade, por certas doutrinas religiosas, mostraram-se ineficazes no tratamento da obsessão. O êxito do tratamento depende mais da autoridade moral do religioso do que de fórmulas ritualísticas ou ordens imperativas para que o Espírito obsessor se afaste. O Espiritismo não adota essa prática, porque não professa a crença na existência dos “demônios” como seres devotados eternamente ao mal, uma vez que eles nada mais são do que os Espíritos desencarnados (homens e mulheres que viveram na Terra), e ainda não evoluíram, como muitos de nós, e que constituem os enfermos que necessitam de remédio.
O Evangelho no Lar e a água fluidificada também são tratamentos muito eficazes, assim como os passes magnéticos, estes utilizados na Casa Espírita, geralmente empregados em complementação às sessões de evangelização dos Espíritos, com vistas à renovação dos fluidos malsãos que afligem os obsidiados.
Como ensinam os Espíritos, o mais poderoso meio de se combater a influência dos maus Espíritos é lutar, o máximo possível, para conquistar a virtude dos bons. Enfim, evangelizar-se, pois, no fundo, a obsessão é um problema educativo. Todos nós, sem exceção, estamos lutando para nos libertar das influências do mal, que, a rigor, reside em nós mesmos. Sem negligenciar-mos a saúde corporal, devemos dar prioridade à saúde da alma e, assim, como ensinou Jesus, seremos médicos de nós mesmos!
Autor (a): Christiano Torchi
Reformador (Revista de Espiritismo Cristão) – Federação Espírita Brasileira –
Ano: 127 – Nº 2.160 – Páginas: 31 à 33 – Fevereiro/2009
Livros Pesquisados:
KARDEC, Allan – O Livro dos Médiuns – 8º Edição – Federação Espírita Brasileira (FEB) – Cap.: 23, itens: 237 até 254 – Rio de Janeiro – 2007.
XAVIER, Francisco Cândido – Nos Domínios da Mediunidade – Pelo Espírito de André Luiz – 34ª Edição – 1ª Reimpressão – Cap.: 01 – Federação Espírita Brasileira (FEB) – Rio de Janeiro – 2008.
KARDEC, Allan – Obras Póstumas – 4ª Edição – Parte 1 Manifestações dos Espíritos, § 7, item 56 – Federação Espírita Brasileira (FEB) – Rio de Janeiro – 2007.
XAVIER, Francisco Cândido – Os Mensageiros – Pelo Espírito André Luiz – 45ª Edição – 1ª Reimpressão – Cap.: 05 – Federação Espírita Brasileira (FEB) – Rio de Janeiro – 2008.
KARDEC, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo – 127ª Edição – Cap.: 03, itens: 01 à 19 – Federação Espírita Brasileira (FEB) – Rio de Janeiro – 2007.
KARDEC, Allan – A Gênese – 52ª Edição – 1ª Reimpressão – Cap.: 14, itens: 45 à 49 – Federação Espírita Brasileira (FEB) – Rio de Janeiro – 2008.
Trechos da Bíblia – Novo Testamento
Marcos, Cap.: 01 Versículos: 21 à 27
LUCAS, Cap.: 4 Versículos: 31 à 41
JOÃO, Cap.: 8 Versículo: 11
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