Agradeço Senhor, Quando me dizes «não» As suplicas indébitas que faço , Através da oração. Muitas daquelas dádivas que peço, Estima, concessão, posse, prazer, Em meu caso talvez fossem espinhos, Na senda que me deste a percorrer. De outras vezes, imploro-te favores, Entre lamentação, choro, barulho, Mero capricho, simples algazarra, Que me escapam do orgulho ... Existem privilégios que desejo, Reclamando-te o «sim», Que, se me florescessem na existência, Seriam desvantagens contra mim. Em muitas circunstancias rogo afeto, Sem achar companhia em qualquer parte, Quando me das à solidão por guia Que me inspire a buscar-te. Ensina-me que estou no lugar certo, Que a ninguém me ligaste de improviso, E que desfruto, agora a melhor tempo De melhorar-me em tudo o que preciso. Não me escutes as exigências loucas, Faze-me perceber Que alcançarei alem do necessário, Se cumprir meu dever. Agradeço, meu Deus, Quando me dizes «não» com teu amor, E sempre que te rogue o que não deva, Não me atendas, Senhor. João de Deus por Francisco Cândido Xavier da obra Antologia da Espiritualidade. |
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